Vigilantes de todo estado do Rio
iniciaram mais uma campanha salarial. A
primeira mesa de negociação aconteceu nesta segunda-feira, 21, na sede do
sindicato patronal. No encontro nada avançou. Os dirigentes sindicais
representantes dos trabalhadores informaram aos patrões a necessidade do
cumprimento da lei 12.740/12 que concede adicional de periculosidade para toda
categoria. Na oportunidade também foi entregue a pauta de reivindicações da
categoria.
Entre um discurso e outro, os empresários
se queixaram da forma de pagar os 30% e alegaram que no futuro os trabalhadores
teriam problemas com aposentadoria, caso o benefício fosse pago antes da
regulamentação da lei pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Eles pedem cautela
nas negociações.
Em defesa da categoria, o
presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Cláudio Vigilante, pediu a
palavra e alertou os patrões para a real situação, segundo ele, criada por eles
mesmos, já que tentaram impedir a todo modo o andamento dos projetos de lei que
versavam sobre o risco de vida no Congresso Nacional. Cláudio afirmou ainda que
estava em pauta era o cumprimento da lei e sua regulamentação deveria ser
discutida posteriormente.
Outro problema que o presidente
do SVNIT levantou foi, caso o patronato não cumpra a lei, no futuro ações
exigindo pagamentos retroativos serão comuns forçando as empresas a se
desprenderem de altos valores de uma só vez. “Isso significa a criação de
passivo muito grande e que poderá levar muitas empresas à falência. Acredito que
não seja isso que os empresários queiram. Por isso, vamos cumprir a lei, pagar
os 30% e discutir outras cláusulas sociais da nossa Convenção Coletiva de
Trabalho. Os vigilantes aguardam respostas”, afirmou Cláudio Vigilante, com o
respaldo do presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis, Adriano
Linhares.
Em uma decisão nacional, a
categoria decidiu uma greve em todo país no dia 1º de fevereiro. A paralisação
deverá durar 24 horas. Uma nova reunião ainda esta semana poderá mudar o
panorama das negociações caso os patrões apresentem uma fórmula de pagamento
dos 30%. Os dirigentes sindicais aguardam contato do sindicato patronal.
Em 2013, novamente os 15
sindicatos que representam a categoria no Estado do Rio decidiram unificar a
campanha salarial, a exemplo do ano passado. O resultado positivo obtido em
2012 reforçou o espírito de luta conjunta. As negociações deverão se estender
até a data base da categoria que é em primeiro de março.
Willian Chaves
WMC Assessoria de Comunicação
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