Após os dois dias de reunião do
Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) constituído pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) para elaborar o regulamento da Lei 12.740, ficou claro que os
patrões “perderam o primeiro e o segundo tempo do jogo, e agora querem virar na
prorrogação”, segundo José Boaventura, presidente da Confederação Nacional dos
Vigilantes (CNTV).
Sem qualquer fundamento os
patrões defendem estender os trabalhos do grupo por 180 dias, excluir os
vigilantes desarmados da periculosidade, parcelar os percentuais que ainda
faltam em alguns poucos estados para completar os 30% e jogar para “perícias” a
definição (mesmo de armados) de quem corre risco.
No texto de quatro itens
elaborado pelo MTE somente houve consenso ou acordo no título. Nos demais,
houve acordo na maior parte do texto entre a bancada do governo e dos
trabalhadores, ficando os patrões contrários a quase tudo.
A bancada dos trabalhadores,
formada por quatro lideranças sindicais da categoria (José Boaventura,
presidente da CNTV; Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de
Petrópolis/RJ; Fernando Bandeira, presidente do Sindicato dos Vigilantes do
Município do Rio de Janeiro; e Pedro Araújo, presidente da Federação dos
Vigilantes de São Paulo), mais o Companheiro Ademir Wierderker, secretário de
Imprensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro
(Contraf-CUT), resistiu bravamente neste dois dias à investida da bancada
patronal, formada por patrões de vigilância, bancos, indústria e comércio. A
categoria não abrirá mão de uma vírgula sequer das suas conquistas: risco de
vida para todos, 30% integral e retroativo a dezembro de 2012, sem perícia ou
qualquer outra “medição” de risco.
Nova rodada de negociação ficou
agendada para o próximo dia 13 de agosto no MTE, em Brasília.
Neste ínterim, é preciso que cada
vigilante participe de forma ativa desta “prorrogação”. Mande mensagens e
e-mail ao ministro do Trabalho, deputados, à presidente Dilma, denunciando as
manobras indecentes dos patrões e pedindo a regulamentação rápida e honesta da
periculosidade.
Fonte: CNTV
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