quinta-feira, 25 de julho de 2013

Grupo de trabalho para regulamentar periculosidade encerra dois dias de reunião sem acordo

Após os dois dias de reunião do Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) constituído pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para elaborar o regulamento da Lei 12.740, ficou claro que os patrões “perderam o primeiro e o segundo tempo do jogo, e agora querem virar na prorrogação”, segundo José Boaventura, presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).

Sem qualquer fundamento os patrões defendem estender os trabalhos do grupo por 180 dias, excluir os vigilantes desarmados da periculosidade, parcelar os percentuais que ainda faltam em alguns poucos estados para completar os 30% e jogar para “perícias” a definição (mesmo de armados) de quem corre risco.

No texto de quatro itens elaborado pelo MTE somente houve consenso ou acordo no título. Nos demais, houve acordo na maior parte do texto entre a bancada do governo e dos trabalhadores, ficando os patrões contrários a quase tudo. 

A bancada dos trabalhadores, formada por quatro lideranças sindicais da categoria (José Boaventura, presidente da CNTV; Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis/RJ; Fernando Bandeira, presidente do Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio de Janeiro; e Pedro Araújo, presidente da Federação dos Vigilantes de São Paulo), mais o Companheiro Ademir Wierderker, secretário de Imprensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), resistiu bravamente neste dois dias à investida da bancada patronal, formada por patrões de vigilância, bancos, indústria e comércio. A categoria não abrirá mão de uma vírgula sequer das suas conquistas: risco de vida para todos, 30% integral e retroativo a dezembro de 2012, sem perícia ou qualquer outra “medição” de risco.

Nova rodada de negociação ficou agendada para o próximo dia 13 de agosto no MTE, em Brasília.

Neste ínterim, é preciso que cada vigilante participe de forma ativa desta “prorrogação”. Mande mensagens e e-mail ao ministro do Trabalho, deputados, à presidente Dilma, denunciando as manobras indecentes dos patrões e pedindo a regulamentação rápida e honesta da periculosidade.

Fonte: CNTV

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