terça-feira, 20 de maio de 2014

Relatório da OIT afirma que número de submetidos ao trabalho forçado no mundo chega a 21 milhões, e gera lucro de US$ 150 bilhões anualmente

Um relatório da Organização Internacional do Trabalho trouxe um dado alarmante sobre o trabalho forçado no mundo. Ao todo 21 milhões de pessoas são submetidas ao trabalho forçado, o que gera um lucro de US$ 150 bilhões. Dessas, 22% por exploração sexual e 78% por exploração ilegal do trabalho. Ao todo, 56% dos casos estão na Ásia, mas o Brasil não fica muito longe. A notícia boa é que os números vêm caindo.
A OIT fez um esforço muito grande para fazer este relatório porque queria tornar os números mais precisos e mostrar quanto a atividade ilegal ganha com o trabalho forçado, que inclui trabalho escravo, infantil ou exploração sexual. Tem que ter algum tipo de coerção para entrar nessa classificação.
No Brasil os dados têm melhorado, mas precisa mais fiscalização e que as leis sobre isso avancem. O Brasil está com uma PEC – Proposta de Emenda Constitucional - do trabalho escravo parada há muito tempo porque não aprovam. Ela toma a terra de quem pratica o trabalho escravo.
A lista suja do trabalho escravo, que publica o nome das empresas pegas em flagrantes, tem a divulgação combatida pelo setor ruralista. É uma informação importante para que o consumidor participe do processo para evitar que isso aconteça.
O boicote às empresas é uma maneira de pressão, porque muitas delas fornecem para grandes empresas, que colocam o produto na sua mesa.
É o lucro do atraso, de um Brasil que deveria ter acabado com a escravidão há 126 anos. Mas há 15 anos a PEC tramita, está parada no Senado. São mecanismos para impedir que isso prospere. Uma reportagem do Globo publicou neste fim de semana um material mostrando que mais de 12 mil crianças de até cinco anos foram encontradas pela fiscalização, de 2011 para cá, e 80% em trabalho perigoso.
Fonte: G1

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