segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Durante Congresso Mundial, CNTV participa de debate contra o desrespeito aos trabalhadores

A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) marcou presença no IV Congresso Mundial da UNI Global Union, realizado entre os dias 7 e 10 de dezembro, na Cidade do Cabo, na África do Sul. O encontro mundial recebeu mais de 420 organizações sindicais de todo o mundo para dialogar sobre os problemas trabalhistas dos países.

A UNI, sindicato global que representa mais de 20 milhões de trabalhadores, na qual a CNTV é filiada, agrega os sindicatos do setor de serviços. Os dirigentes sindicais brasileiros formaram uma delegação significativa, representando os setores de segurança privada, limpeza, bancários, comunicação, gráficos e comerciários.

Representantes de sindicatos de vigilantes de todas as partes do mundo também participaram das atividades do IV Congresso, possibilitando, assim, a troca de
informações, experiências de luta e fortalecimento das alianças internacionais e solidariedade de classe entre as entidades. Vigilantes da América, Europa, Ásia, África e Oceania dialogaram em uma só língua: proteção, respeito e valorização.

O Congresso

No IV Congresso, a UNI e os sindicatos de vigilantes trabalharam para ampliar os acordos globais com as empresas do setor de segurança, como já fez com as
gigantes multinacionais G4S e Securitas. Os parâmetros para estabelecer os acordos têm como base a dignidade dos trabalhadores, melhores condições de trabalho, direito e
liberdade de organização dos trabalhadores em sindicatos e o direito à vida.

Um acordo global com a empresa espanhola Prosegur se tornou um dos desafios das entidades. Na Espanha, a companhia trata bem seus empregados, mas, na América
Latina, ataca violentamente os direitos humanos, o direito de organização sindical e a dignidade dos trabalhadores.

No Brasil, apenas os sindicatos que acatam os desmandos do patrão são bem vistos pela empresa. As entidades que enfrentam e combatem o descaso da Prosegur são coagidos
e se tornam vítimas de campanhas contra o Sindicato, como está acontecendo com os companheiros de Alagoas.

A atuação repressora da empresa se estende aos países vizinhos. No Paraguai, o direito universal de greve não é respeitado e os trabalhadores que aderem ao movimento
são demitidos. Na Colômbia, os sindicatos sofrem ameaças, os dirigentes sindicais são agredidos e a empresa paga propina ao trabalhador que se desfilia do sindicato.

No Peru, onde os vigilantes lutam inclusive pela faxina nos carros-fortes, as lideranças sindicais são atacadas e agredidas.

As entidades, sob a liderança da UNI Américas, se mobilizam contra os ataques da Prosegur e organizaram um abaixo-assinado para proteger os trabalhadores da
Colômbia e do Peru da truculência e violência dos gestores da empresa.

A CNTV foi representada pelo presidente da entidade, José Boaventura e pelo secretário de Relações Internacionais da CNTV, Adriano Linhares, que participaram das atividades do IV Congresso da UNI.


Fonte: CNTV

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