A Confederação Nacional dos
Vigilantes (CNTV) marcou presença no IV Congresso Mundial da UNI Global Union,
realizado entre os dias 7 e 10 de dezembro, na Cidade do Cabo, na África do
Sul. O encontro mundial recebeu mais de 420 organizações sindicais de todo o mundo
para dialogar sobre os problemas trabalhistas dos países.
A UNI, sindicato global que
representa mais de 20 milhões de trabalhadores, na qual a CNTV é filiada, agrega
os sindicatos do setor de serviços. Os dirigentes sindicais brasileiros
formaram uma delegação significativa, representando os setores de segurança
privada, limpeza, bancários, comunicação, gráficos e comerciários.
Representantes de sindicatos de
vigilantes de todas as partes do mundo também participaram das atividades do IV
Congresso, possibilitando, assim, a troca de
informações, experiências de luta
e fortalecimento das alianças internacionais e solidariedade de classe entre as
entidades. Vigilantes da América, Europa, Ásia, África e Oceania dialogaram em
uma só língua: proteção, respeito e valorização.
O Congresso
No IV Congresso, a UNI e os
sindicatos de vigilantes trabalharam para ampliar os acordos globais com as empresas
do setor de segurança, como já fez com as
gigantes multinacionais G4S e
Securitas. Os parâmetros para estabelecer os acordos têm como base a dignidade
dos trabalhadores, melhores condições de trabalho, direito e
liberdade de organização dos
trabalhadores em sindicatos e o direito à vida.
Um acordo global com a empresa
espanhola Prosegur se tornou um dos desafios das entidades. Na Espanha, a companhia
trata bem seus empregados, mas, na América
Latina, ataca violentamente os
direitos humanos, o direito de organização sindical e a dignidade dos
trabalhadores.
No Brasil, apenas os sindicatos
que acatam os desmandos do patrão são bem vistos pela empresa. As entidades que
enfrentam e combatem o descaso da Prosegur são coagidos
e se tornam vítimas de campanhas
contra o Sindicato, como está acontecendo com os companheiros de Alagoas.
A atuação repressora da empresa
se estende aos países vizinhos. No Paraguai, o direito universal de greve não é
respeitado e os trabalhadores que aderem ao movimento
são demitidos. Na Colômbia, os
sindicatos sofrem ameaças, os dirigentes sindicais são agredidos e a empresa paga
propina ao trabalhador que se desfilia do sindicato.
No Peru, onde os vigilantes lutam
inclusive pela faxina nos carros-fortes, as lideranças sindicais são atacadas e
agredidas.
As entidades, sob a liderança da
UNI Américas, se mobilizam contra os ataques da Prosegur e organizaram um
abaixo-assinado para proteger os trabalhadores da
Colômbia e do Peru da truculência
e violência dos gestores da empresa.
A CNTV foi representada pelo
presidente da entidade, José Boaventura e pelo secretário de Relações
Internacionais da CNTV, Adriano Linhares, que participaram das atividades do IV
Congresso da UNI.
Fonte: CNTV
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