quarta-feira, 22 de julho de 2015

Equipamentos de segurança irregulares ameaçam a vida de vigilantes

De acordo com o Decreto 89.056/1983, que regulamenta a Lei 7.102/1983 referente aos serviços de vigilância e de transporte de valores, todo o profissional da área de segurança, durante o exercício de sua atividade, deve estar obrigatoriamente uniformizado e munido de equipamentos de segurança com plenas condições de uso a fim de impedir ou inibir uma possível ação criminosa.

Ainda segundo a Portaria nº 191/2006, do Ministério do Trabalho, o vigilante precisa utilizar, obrigatoriamente, o colete balístico, como Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Contrariando todas estas determinações legais, uma reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, denunciou fabricação e venda de materiais de segurança irregulares para profissionais de segurança em várias cidades do país. Conforme a reportagem, oficiais do Exército Brasileiro receberam propina para comercializar produtos da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) incapazes de garantir a proteção que deveriam ao trabalhador.

Com isso, devido à falta de condições de trabalho seguras, no início de maio, um policial rodoviário federal morreu na cidade de Ouro Branco, localizada no sertão de Alagoas. No dia, o policial usava um colete à prova de balas da CBC, que deveria combater um tiro de arma de calibre 44, morreu imediatamente após ser atingido por três tiros, de uma arma de calibre inferior (38) por um criminoso.

“A partir desta ocorrência, fica evidente o cenário de perigo e de insegurança que todos os vigilantes do Brasil estão submetidos. A Confederação Nacional dos Vigilantes está notificando as possíveis irregularidades, junto ao Ministério Público e Ministério da Justiça, para tomar as devidas providências a fim de averiguar a qualidade dos coletes e evitar novos acidentes fatais na segurança privada”, ressalta o presidente dos Vigilantes de Barueri e diretor da CNTV, Amaro Pereira.

Após esta denúncia, desde o início deste mês, corporações de polícia vêm enviando amostras de coletes comprados da CBC para testes com o intuito de identificar falhas e comprovar a real eficácia dos materiais, antes de os fornecerem aos profissionais.

“É importante que empresas de vigilância privada, que tenham adquirido os coletes desta mesma Companhia, também façam as averiguações técnicas necessárias em respeito à segurança dos vigilantes”, pontua Amaro Pereira. 

Fonte: CNTV e Sindicato dos Vigilantes de Barueri/SP

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