Um dos assuntos mais comentados
em todas as rodas de vigilantes é o possível fim da jornada 12x36. O presidente
da CNTV – Confederação Nacional dos Vigilantes, José Boaventura, afirmou que
não haverá negociação sobre o tema.
“Eles querem discutir conosco uma
pauta nojenta. Fizemos um dia nacional de protesto denunciando a chantagem
patronal. No dia 14 de setembro, o presidente da Fenavist afirmou, durante uma
reunião no sul do país, que nunca quis acabar com a escala 12x36. Nós da CNTV
fizemos o seguinte diagnóstico, o fim da 12x36 é uma chantagem”, disse
Boaventura.
Para o advogado da CNTV e do
Sindicato dos Vigilantes de Brasília, Dr Jonas Duarte, o que os patrões querem
é resolver o problema do pagamento do intervalo que o vigilante tem direito. Os
patrões se recusam a pagar o tempo do intervalo e atacam a jornada 12x36.
“A escala 12x36 não incomoda os
empresários. O que eles querem é que os trabalhadores resolvam a questão do
intervalo, que eles não querem pagar”, declara Jonas.
“Isso é uma discussão jurídica. É
uma marginalidade econômica a tentativa de furtar o direito a receber pelo
intervalo que é um direito do trabalhador”, acrescenta Dr Fragoso, advogado do
Sindicato dos Vigilantes de Pernambuco.
A jornada 12x36 surgiu em 1979
durante uma greve em plena ditadura militar que considerava crime o movimento
paredista. A nova jornada possibilitou o trabalhador a ter mais de um emprego.
A escala não está expressa em lei, mas é regulamentada através das convenções
coletivas e reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego e a Justiça do
Trabalho.
Outras questões que também estão
nos corredores de boatos são as possíveis escalas de 8 horas, 6 horas e, até
mesmo, 4 por 4 horas, que significaria que o vigilante que trabalhasse de
08:00hs da manhã às 12:00hs, folgaria as próximas quatro horas e retornaria ao
trabalho às 16:00hs para uma jornada até as 20:00hs. Isso é totalmente
rechaçado pela CNTV, federações e sindicatos filiados.
“Acabar com a 12x36 somente se
tiver dirigente sindical sem vergonha. Não pode ser uma decisão unilateral. O
trabalhador não quer jornada de 8 horas, de seis horas, muito menos de 4horas em
4 horas”, afiança Boaventura.
Fonte: CNTV
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