terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Campanha Salarial: Proposta dos patrões não repõe inflação. Sindicato rejeita na mesa de negociação

Nesta segunda-feira (25) aconteceu a primeira rodada de negociações da Campanha Salarial 2016 dos vigilantes do Estado do Rio de Janeiro. Os Sindicatos de Petrópolis e região, Niterói e região, Duque de Caxias, Mesquita/Nilópolis e São João de Meriti apresentaram uma pauta unificada aos patrões. A reunião aconteceu na sede do Sindesp/RJ (sindicato patronal). Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 20%. No entanto, os empresários já deram o tom das negociações desse ano. Ofereceram um aumento de apenas 50% da inflação. O INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que serve como base para medir a inflação do período e parâmetro para as negociações, está em 11,27% no acumulado dos últimos 12 meses. A proposta dos patrões seria, portanto, 5,6% de reajuste. A oferta foi recusada na mesa pelos representantes dos trabalhadores.

Diante do impasse, uma nova rodada de negociações foi agendada para o dia 02 de fevereiro. Os dirigentes sindicais apresentaram ainda outras reivindicações:

- Mudar a gratificação de 1% do triênio para anuênio (ou seja, todos os anos receber o 1%);

- Gratificação de 10% para os vigilantes brigadistas;

- Tíquete alimentação de R$ 23,00 (20% de reajuste);

- Gratificação para Vigilantes do Pólo Gás Químico de 14% sobre o salário;

- Redução do desconto do tíquete alimentação para 10% no contracheque do empregado;

- Bônus assiduidade de uma cesta alimentação no valor mínimo de R$ 100;

- Auxílio filho excepcional;

- Fim do desconto de vale transporte no contracheque do empregado;

- Redução da carga horária de 192 para 180 horas;

- R$ 150 para jornada especial em eventos;

- Adicional noturno estendido de 20%;

- As empresas ficam obrigadas a aceitar atestados médicos justificados de ausência de trabalho;
- Multa de 50% para as empresas que atrasarem o pagamento do 13º salário.

Na reunião foi colocada a posição contrária dos sindicatos à implantação do vigilante horista.

O presidente do Sindicato de Petrópolis, Adriano Linhares, avaliou que os empresários querem culpar a crise econômica para justificar o baixo índice oferecido.

“Como todo ano o chororô dos empresários começou já na primeira rodada. Eles alegam que a crise do país, que é uma crise mais política, está afetando os contratos das empresas. Eles afirmam que os governos irão suspender as contratações de vigilantes. Essa é mais uma desculpa para não conceder o índice que pedimos. Ainda não temos notícias de perdas de contrato. Pelo contrário, na região de Petrópolis as contratações estão crescendo. Um exemplo é a Transvip que fechou 2015 com 30% de aumento de lucro no faturamento. Não existe crise para o setor de segurança privada”, afirma Linhares.


Participaram da reunião: Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e Região sendo representado por Adriano Linhares e Nilson Araújo, Sindicato dos Vigilantes de Niterói e Região representado por Cláudio José e Paulo, Sindicato dos Vigilantes de Duque de Caxias representado por Carlos Gil de Souza, Sindicato de Mesquita e Nilópolis representado por Sebastião Aquino, Sindicato dos Vigilantes de São João do Meriti representado por René Batalha, e pelo patronal se fizeram presente varias representações: Hopevig, BSS, Hercules, JF, Invernada, GP, Prosegur, HBS e Transvip.

Imprensa SindVig Petrópolis

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