Nesta segunda-feira (25)
aconteceu a primeira rodada de negociações da Campanha Salarial 2016 dos
vigilantes do Estado do Rio de Janeiro. Os Sindicatos de Petrópolis e região,
Niterói e região, Duque de Caxias, Mesquita/Nilópolis e São João de Meriti
apresentaram uma pauta unificada aos patrões. A reunião aconteceu na sede do
Sindesp/RJ (sindicato patronal). Os trabalhadores pedem reajuste salarial de
20%. No entanto, os empresários já deram o tom das negociações desse ano.
Ofereceram um aumento de apenas 50% da inflação. O INPC – Índice Nacional de
Preços ao Consumidor, que serve como base para medir a inflação do período e
parâmetro para as negociações, está em 11,27% no acumulado dos últimos 12
meses. A proposta dos patrões seria, portanto, 5,6% de reajuste. A oferta foi
recusada na mesa pelos representantes dos trabalhadores.
Diante do impasse, uma nova
rodada de negociações foi agendada para o dia 02 de fevereiro. Os dirigentes
sindicais apresentaram ainda outras reivindicações:
- Mudar a gratificação de 1% do triênio
para anuênio (ou seja, todos os anos receber o 1%);
- Gratificação de 10% para os
vigilantes brigadistas;
- Tíquete alimentação de R$ 23,00
(20% de reajuste);
- Gratificação para Vigilantes do
Pólo Gás Químico de 14% sobre o salário;
- Redução do desconto do tíquete
alimentação para 10% no contracheque do empregado;
- Bônus assiduidade de uma cesta
alimentação no valor mínimo de R$ 100;
- Auxílio filho excepcional;
- Fim do desconto de vale
transporte no contracheque do empregado;
- Redução da carga horária de 192
para 180 horas;
- R$ 150 para jornada especial em
eventos;
- Adicional noturno estendido de
20%;
- As empresas ficam obrigadas a
aceitar atestados médicos justificados de ausência de trabalho;
- Multa de 50% para as empresas
que atrasarem o pagamento do 13º salário.
Na reunião foi colocada a posição
contrária dos sindicatos à implantação do vigilante horista.
O presidente do Sindicato de
Petrópolis, Adriano Linhares, avaliou que os empresários querem culpar a crise
econômica para justificar o baixo índice oferecido.
“Como todo ano o chororô dos
empresários começou já na primeira rodada. Eles alegam que a crise do país, que
é uma crise mais política, está afetando os contratos das empresas. Eles
afirmam que os governos irão suspender as contratações de vigilantes. Essa é
mais uma desculpa para não conceder o índice que pedimos. Ainda não temos
notícias de perdas de contrato. Pelo contrário, na região de Petrópolis as
contratações estão crescendo. Um exemplo é a Transvip que fechou 2015 com 30%
de aumento de lucro no faturamento. Não existe crise para o setor de segurança
privada”, afirma Linhares.
Participaram da reunião: Sindicato
dos Vigilantes de Petrópolis e Região sendo representado por Adriano Linhares e
Nilson Araújo, Sindicato dos Vigilantes de Niterói e Região representado por
Cláudio José e Paulo, Sindicato dos Vigilantes de Duque de Caxias representado
por Carlos Gil de Souza, Sindicato de Mesquita e Nilópolis representado por
Sebastião Aquino, Sindicato dos Vigilantes de São João do Meriti representado
por René Batalha, e pelo patronal se fizeram presente varias representações:
Hopevig, BSS, Hercules, JF, Invernada, GP, Prosegur, HBS e Transvip.
Imprensa SindVig Petrópolis
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