A Confederação Nacional dos
Vigilantes (CNTV) chega aos 24 anos de existência contabilizando vitórias
determinantes para os mais de 2 milhões de vigilantes do Brasil. Foi Piso,
risco de vida, 30% de periculosidade, o colete como EPI (primeiro no carro-forte,
depois no patrimonial), reblindagem e a manutenção dos rádios nos
carros-fortes, defesa e o reconhecimento legal da jornada 12x36, Dia Nacional
do Vigilante (20 de junho), entre outras importantes conquistas.
Ninguém pode negar que estas
conquistas foram articuladas, coordenadas nacionalmente, conduzidas por uma
entidade criada, bancada e sustentada por sindicatos de luta. O próprio
processo de regulamentação da lei da periculosidade foi um exemplo disso,
quando num grupo tripartite (governo, patrões e trabalhares) foi a CNTV que
unificou a posição da bancada dos trabalhadores (de cinco), onde alguns
defendiam parcelar os 30% até 2017 ou até deixar de fora os vigilantes
desarmados, ou mesmo na luta contra o fim da 12x36, quando não aceitamos
negociar outras escalas, enquanto alguns já negociavam escalas diversas, tipo a
4x4x4.
Uma Confederação que unificava os
Sindicatos (mesmo os amarelos ou pelegos), que liderou a conquista dos 30%, a
reblindagem e não aceitava o fim da 12x36 e tinha a ousadia de já iniciar uma
nova campanha pelo Piso de R$ 3 mil, o combate e a denuncia contra as empresas
estrangeiras que escravizam os trabalhadores era uma “carreta desgovernada” e
tinha de ser parada.
A ideia dos patrões retrógrados,
reacionários e antissindicais foi buscar num grupo de sindicalistas
“cordeiros”, “amigos” e “dóceis” os aliados para dividir os trabalhadores e
“parar a carreta desgovernada”. Neste grupo tem os que defendem que o vigilante
“pague o curso de reciclagem”, os que são contra o Piso Salarial de R$ 3 mil e
os que fazem sindicato como “negócio de família, negócio particular ou meio de
ostentação”. Nunca a defesa dos interesses dos trabalhadores.
Nosso aniversário de 24 anos é
motivo de muita comemoração. Muitas e determinantes conquistas. Mas também é
motivo de reafirmar que só temos UM lado: o lado dos trabalhadores, o lado das
e dos vigilantes. Não acendemos uma vela para Deus e outra para o diabo. Não
traímos os vigilantes, não fazemos sindicato como meio de enriquecimento, não
misturamos sindicato com negócios. Não baixaremos a guarda para patrão ladrão
de direitos, caloteiro e explorador.
Nossas posições são claras:
Piso Salarial de R$ 3 mil;
Não abrir mão da 12x36;
Abertura ampla, geral e
irrestrita para capital estrangeiro;
Melhor armamento;
Lei anticalote para todos;
Plano de segurança para todos os
postos e proteção a vida dos vigilantes.
Conquistamos, avançamos e
resistiremos aos patrões, aos ladrões de direitos dos vigilantes, aos
caloteiros, pelegos e traidores dos vigilantes.
José Boaventura – Presidente da
CNTV 22 de novembro de 2016
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