Enquanto a empresa que administra o presídio onde ocorreu o massacre de 56 presos no Amazonas, na última semana, a Umanizzare Gestão Prisional faturou R$ 651 milhões nos últimos três anos, grupo ligado à Umanizzare acumulou dívidas que hoje atingem os R$ 200 milhões.
O Grupo Coral é um conglomerado de 11 empresas, com sede em Goiás, que teve a decretação de sua falência em 2015. Antes atuante como uma das principais companhias em serviços de limpeza, conservação e vigilância, o Grupo entrou com pedido de recuperação na Justiça em 2011, anunciando dívidas de R$ 76 milhões. Em Petrópolis, a empresa também aplicou um calote em alguns trabalhadores. Três diretores do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região estão entre aqueles que não receberam os direitos.
Em 2015, a Coral não conseguiu se recuperar e teve falência decretada pelo Estado de Goiás. A massa falida, por outro lado, se manteve com uma dívida somente entre credores privados estimada em R$ 140 milhões.
As informações são do repórter Leandro Prazeres, do Uol, que levantou que das 11 empresas do grupo, 9 acumulavam dívidas de pelo menos R$ 61,7 milhões com a União. "Somadas, as dívidas do grupo com credores privados e a União totalizam aproximadamente R$ 201 milhões", calculou a reportagem.
Entretanto, não é apenas de dívidas que o cenário do conglomerado vive. Isso porque a suposta relação da gestora do presídio do Amazonas com o conglomerado não alterou o lucro que a Umanizzare Gestão Prisional Ltda. obteve de pelo menos R$ 650 milhões entre 2013 e 2016, na gestão de cinco unidades prisionais.
O elo entre as duas empresas seria o empresário Lélio Vieira Carneiro Filho, um dos sócios da Umanizzare, que chegou a ser CEO do Grupo Coral, além de filho do próprio fundador do conglomerado em Goiás.
Segundo levantamento do Portal da Transparência do Estado de Goiás, a Umanizzare faturou R$ 14,2 milhões em 2013, chegando a R$ 300,9 milhões em 2016.
Fonte: Jornal GGN
Fonte: Jornal GGN
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