Um grupo de senadoras de oposiçãopermanece há mais de cinco horas na mesa diretora do plenário do Senado, o que causou a interrupção da sessão sobre o projeto de "reforma" trabalhista (PLC 38), que o governo tenta votar a todo custo. No escuro, já que a presidência da Casa mandou apagar a luz, elas já fizeram refeição na própria mesa e pretendem continuar no local até que possam votar ao menos um destaque ao projeto. A ideia é aprovar uma alteração ao texto, o que permitiria o retorno do PLC 38 à Câmara.
Desde as 14h, um acordo está sendo tentado, com Paulo Paim (PT-RS) e Jáder Barbalho (PMDB-PA) atuando como intermediadores. "O que nós queremos é o compromisso... A gente sabe que não cabe ao presidente (Eunício Oliveira), cabe aos senadores. O que nós queremos é barrar, porque esse é um caminho sem volta. Esse é o verdadeiro golpe. Eles estão acabando com as condições de trabalho", afirmou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em transmissão por rede social.
As parlamentares continuam conversando sobre as consequências negativas do projeto do governo. Às 16h14, a luz foi acesa, o que pode indicar a retomada da sessão, interrompida desde o meio-dia. "Convençam os trabalhadores e trabalhadoras que essa proposta de legislação trabalhista vai gerar empregos", desafiou Fátima Bezerra (PT-RN). "Não há legitimidade sem ser pela urna", acrescentou, com um bottom com a inscrição "Diretas Já". Segundo ela, o PSDB é o "principal fiador" da atual agenda conservadora.
Fonte: Rede Brasil Atual
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