quarta-feira, 13 de setembro de 2017

No Senado, pleitos da CNTV em defesa dos vigilantes são acatados

Sempre em defesa dos trabalhadores, a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) garantiu nesta quarta-feira (13), na Audiência Pública da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, a supressão do artigo que atacava o direito constitucional de greve no Estatuto da Segurança Privada. O diálogo continuará até o relator apresentar seu texto. O objetivo é garantir o máximo de avanços para os trabalhadores.

Segundo o parágrafo 1º do artigo 31, os serviços bancários e os inerentes à sua consecução seriam considerados como essenciais. A lei, que trata originalmente como essenciais os serviços hospitalares, segurança pública e fornecimento de água e energia, elevava os bancos ao mesmo patamar. Na prática, tanto vigilantes quanto trabalhadores do ramo financeiros estariam impedidos de fazer greve. Após provar que o artigo é inconstitucional e fere os direitos dos empregados, CNTV e Contraf-CUT conseguiram com que o item fosse retirado do texto.

“Às vezes precisamos fazer greve para que os bancos reabram as agências que estão fechadas porque foram atacadas. Nesses casos, os bancários usam do direito constitucional de greve para obrigar o banco a reabrir a agência. O direito de greve é muito mais amplo do que a gente acha e procuramos através desse direito constitucional garantir que a população volte a ter um banco, e banco seguro”, defendeu o coordenador do Coletivo Nacional de Segurança da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga.

Para o presidente da CNTV, José Boaventura, a Audiência foi muito positiva e mostrou a força da categoria. “Ao contrário de outras entidades que se dizem representantes dos trabalhadores, mas que em conluio com os empresários enviou documento pedindo que o texto fosse aprovado da forma que estava, trazendo grande prejuízo aos trabalhadores, nós investimos no diálogo. Como resultado, conseguimos retirar itens que traziam prejuízos e temos esperança de avançar ainda mais”, avaliou.

A CNTV e a Contraf-CUT foram as duas únicas entidades representando os trabalhadores, enquanto outras sete defendiam interesses dos empresários ou do governo.

Fonte: CNTV

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