O ano de 2019 mal começou e o calote nos
vigilantes já é praticado pela empresa GP – Guarda Patrimonial São Paulo que
perdeu o contrato do banco do Itaú no Estado do Rio de Janeiro. Quem assume os
postos é a empresa Seguridade. Nesta segunda-feira (07/01), o Sindicato se reúne,
às 19h, com os trabalhadores.
A GP demitiu todos os vigilantes e ainda não
marcou as datas para as rescisões contratuais nem ao menos pagou as verbas
trabalhistas e/ou os acertos com os trabalhadores. Em contato realizado pelo
Sindicato, o funcionário chefe do RH informou que os vigilantes que não fizeram
o acordo na Câmara Arbitral teriam que entrar já Justiça para buscar seus
direitos. Ele alega que a empresa não tem caixa suficiente para pagar todas as rescisões.
“A GP está fazendo uma canalhice com os
trabalhadores. Os empresários não pensam sequer nas famílias dos vigilantes.
Não pagar os direitos é um absurdo que não vamos tolerar. Vamos entrar na
Justiça contra a GP e contra o banco Itaú que foi avisado pelo Sindicato da
safadeza, inclusive pedimos a retenção de fatura para garantir os pagamentos, e
nada foi feito pela gerência de segurança do banco”, afirma Adriano Linhares,
presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região.
Com a perda do contrato com o Banco Itaú, a empresa
GP Guarda Patrimonial queria fazer as homologações dos trabalhadores dentro da
própria empresa retirando alguns direitos ou negociando valores de verbas
trabalhistas.
À época, os Sindicatos de Niterói e Petrópolis cobraram do Sindesp/RJ
(sindicato patronal) uma posição sobre a contratação da Câmara Cível pela GP
para fazer acordo trabalhista dentro da empresa.
A
prática não está prevista na CCT/2018 que exige a presença do Sindicato laboral
na análise dos Termos de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT) e conferência
dos valores a serem pagos aos trabalhadores.
A
atitude da GP descumpre a Convenção assinada pelo Sindicato patronal sem
respeitar os acordos, já que a GP é filiada ao Sindesp/RJ. Nestas homologações
sem valor, o Sindicato recebeu denúncias de que a GP paga o valor de R$ 150 por
cada acordo feito à Câmara Arbitral transformando a realização dos acordos em
negócio financeiro.
A GP é
uma empresa conhecida no mercado da segurança privada. No entanto, não respeita
trabalhador. O deboche e a negativa em pagar os direitos vão de encontro ao que
discursa o presidente da empresa que também preside a ABREVIS – Associação
Brasileira de Empresas de Segurança e Vigilância.
Os
Sindicatos de Petrópolis orienta os vigilantes a não assinarem quaisquer
documentos da GP sem a presença do Sindicato ou de um advogado. Os
trabalhadores devem fazer a pergunta a todo tempo: por que a GP não quer a
presença do Sindicato para acompanhar a realização dos acordos?
Vale lembrar
que a garantia de todos os direitos dos vigilantes da GP já está sendo pedida
na Justiça pelo Sindicato.
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