segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Patronal apresenta contraproposta indecente às reivindicações dos vigilantes


Na última sexta-feira (18/01) a direção do Sindicato participou da mesa redonda com o patronal para discutir a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho para 2019/2020. Os representantes dos trabalhadores entregaram uma pauta de reivindicações aos empresários que foi aprovada em assembleias com a categoria realizadas pelo Sindicato.


Pauta dos vigilantes:

- Reajuste salarial (inflação do período + 100% de aumento real);

- Tíquete refeição no valor de R$ 25;

- Tíquete refeição nas férias;

- Cartela de 20 tíquetes na escala 12x36;

- Cartela de 30 tíquetes nas escalas 5x2 e 6x1;

- Volta do pagamento do feriado a 100% na escala 12x36;

- Plano de saúde;

- Participação nos Lucros e Resultados (PLR);

- Suspensão da reciclagem nos finais;

- Além da manutenção das cláusulas da CCT.


Sem mudar a postura dos anos anteriores, os empresários voltaram a endurecer as negociações negando todos os pedidos dos trabalhadores. “Estamos apenas iniciando as negociações. A reforma trabalhista tirou e flexibilizou muitos direitos, mas também deu poderes aos Sindicatos a criar cláusulas que agora têm força de lei”, afirma Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região.


Em contraponto às reivindicações dos vigilantes, os patrões apresentaram uma contraproposta descabida que foi rejeitada pelo Sindicato na mesa de negociação.


Propostas dos empresários:

- Reajuste salarial de apenas 50% da inflação do período;

- Reajuste de apenas 50% no tíquete refeição;

- Horário de almoço somente de 30 minutos, facultado ao vigilante ficar ou não no posto de serviço;

- Implantação do contrato intermitente com criação de regras que o facilitem sem a necessidade de Acordo Coletivo de Trabalho;

- Diminuir para 30 dias a estabilidade no retorno de licença médica;

- Horas extras de apenas 50% na escala 12x36;

- Contrato parcial: mudar o nome ‘part-time” e retirar o tíquete refeição do vigilante que trabalha 5h diárias;

- Parcelmento do 13º salários nos meses de outubro a dezembro.


“Essa negociação será muito complicada e é necessário o envolvimento da categoria nas assembleias. Não concordamos com nenhuma proposta patronal apresentada e vamos continuar lutando. Os vigilantes devem vir às nossas assembleias. Queremos a manutenção da CCT atual e queremos avançar em mais alguns direitos”, reforça Linhares.


A campanha salarial 2019 não está unificada em todo Estado do Rio. Apenas os Sindicatos de Petrópolis e região, Niterói e região, Duque de Caxias e Itaguaí e Seropédica unificaram a pauta de reivindicações. A divisão diminui a força da categoria nas negociações. “Com todo Estado unido, com certeza teríamos uma negociação melhor. Estamos sempre à disposição das demais entidades para unificação das campanhas”, completa Linhares.


Uma nova reunião foi marcada para o dia 25 de janeiro.

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