sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Desconto ilegal: sindicato cobra fim de irregularidades da empresa Seguridade


A direção do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região se reuniu na quinta-feira (10/10) na sede do Sindesp/RJ com representantes do Sindicato Patronal para discussão da Comissão Paritária sobre descontos indevidos dos vigilantes por conta do ponto eletrônico na empresa Seguridade Serviços de Segurança LTDA, que foi representada pelo Sr. Mário Martins.

O Sindicato notificou a empresa sobre o descumprimento da Cláusula 44ª da CCT que trata sobre jornada de trabalho. O presidente do Sindicato, Adriano Linhares, apresentou fatos sobre o não pagamento de horas extras e o controle do ponto.

O que acontece é que a empresa vem descontando do contracheque do trabalhador minutos de entrada e saída nos postos de trabalho. Isso ocorre durante todo o mês de trabalho.

No entanto, o Sindicato tem provas de que a demora no acionamento do ponto na entrada muitas vezes vem acontecendo devido a atrasos dos gerentes das agências. Em outros casos, há o registro do ponto antes do horário final do expediente por conta do fechamento das unidades realizados pelos gerentes que saem mais cedo, ou seja, antes de completar a jornada de trabalho do vigilante.

A empresa tentou se defender alegando que só realiza o desconto do vigilante que deixar de fazer o registro do ponto. Mas, na verdade, não é bem o que vem acontecendo. Em alguns casos, a empresa assedia os trabalhadores com ameaças ou até mesmo demissão quando as irregularidade cometidas pelo patrão são denunciadas.

“Nós dos Sindicato agora teremos que fazer o papel do supervisor e começar a ir nos postos de trabalho para orientar sobre os procedimentos do registro de ponto na entrada e saída”, afirma Adriano Linhares.

Segundo a empresa Seguridade, caso os vigilantes esqueçam de registrar o ponto, deve ser feita uma notificação com o registro em livro de ocorrência para, aí sim, ser analisada a restituição do desconto.

Mas, essa não é bem a realidade dos postos de trabalho, já que os livros de ocorrências não existem.

Por fim, o Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis concedeu um prazo até o mês de novembro que para a empresa apresente documento e argumentação cabível provando que os descontos não são ilegais.

“Temos a sensação que a Comissão Paritária defende apenas a empresa e não os trabalhadores. Parece uma briga sempre do laboral contra o empresário e não uma forma de resolver atritos e acabar com irregularidades”, questiona linhares.

Também participou da reunião a vice-presidente do Sindicato, Alessandra Marcelo.

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