segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Patrões alegam crise para não dar reajuste. Dieese desmente empresários


Um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou para um crescimento do setor de segurança privada no ano de 2019.

O estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os que apresentaram o maior número de novos contratos de serviço de vigilância e criaram 1.173 e 1767 vagas de empregos, respectivamente.

A campanha salarial 2020 dos Vigilantes no Estado do Rio já começou e as rodadas de negociações com os patrões têm sido conturbadas. Os empresários alegam que os contratos diminuíram para negar reajuste salarial à categoria.

O estudo do Dieese prova o contrário. Houve crescimento no setor da segurança privada no Rio de Janeiro em 2019.

Além de negar reajuste salarial, os empresários ainda querem impor perdas de direitos aos vigilantes. Já foram realizadas três rodadas de negociações, nos dias 27 e 30 de janeiro, e no dia 03 de fevereiro, na sede do Sindesp/RJ (sindicato patronal) com a presença de vários sindicatos dos trabalhadores vigilantes.

Os patrões apresentaram uma contraproposta que prejudica a categoria. A proposta patronal traz sérios retrocessos. Veja algumas:

- tíquete refeição só para quem trabalha a partir da 8ª hora.
- horário de almoço reduzido de 30 minutos sem computo na jornada diária
- contratação pelo regime intermitente e;
- autorização para parcelamento do 13º salário;
- diminuição para 20% no valor da hora extra nas escalas 12x36;
- alterações nas regras do contrato parcial (as bases de Niterói e Região e Petrópolis não possuem o contrato parcial na CCT);
- contrato de experiência de 6 meses e;
- fim da entrega de atestado médico por meio eletrônico.

Já a pauta de reivindicações dos trabalhadores na campanha salarial desse ano é unificada entre todos os sindicatos que representam os vigilantes no Estado do Rio. A próxima reunião com os empresários será no dia 06/02, na sede do Sindesp/RJ.

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