Após reunião extraordinária dos membros de sua Executiva Nacional, nesta segunda, dia 24, a União Geral dos Trabalhadores - UGT, divulga documento no qual apoia a realização de um dia nacional de manifestação cidadã, com data ainda não definida.
A decisão foi tomada após intenso debate, onde os integrantes da direção nacional da UGT , avaliaram qual o posicionamento da central em relação a recente onda de protestos que tomou conta do país.
Para os dirigentes da central ficou claro que embora o estopim dos protestos, tenha sido a elevação do preço das tarifas do transporte coletivo, essa não foi a única causa que levou milhares de manifestantes às ruas.
Para o vice-presidente da UGT, Enilson Simões de Moura, o Alemão, que assim como outros dirigentes da central, participou das manifestações, os problemas estão na falta de Saúde pública, Educação, Segurança e Transporte público de qualidade. Os serviços essenciais para a população enfrentam uma situação de descalabro, onde praticamente não existe Estado. E é essa ausência do Estado que permite essas manifestações”, afirmou Alemão.
Os dirigentes da UGT lembraram que o sindicalismo cidadão tem sido uma das características marcantes na forma de atuação da central desde a sua origem, motivo pelo qual defendem a realização das manifestações e também sugerem a incorporação de bandeiras que compõem a pauta da classe trabalhadora.
No documento intitulado: “Trabalhadores Indignados!” a UGT elenca um conjunto de 11 propostas que incluem a melhoria imediata nos serviços básicos para a população como Saúde, Educação, Segurança e Transporte e sugere a realização de um dia nacional de manifestação cidadã.
Com relação a realização de uma possível greve geral, o presidente da UGT, Ricardo Patah , enfatizou que sua realização, é uma questão que deve ser tratada pelos sindicatos e centrais sindicais, não podendo ser convocada por movimentos sociais. (Veja abaixo a íntegra do documento).
Com relação a realização de uma possível greve geral, o presidente da UGT, Ricardo Patah , enfatizou que sua realização, é uma questão que deve ser tratada pelos sindicatos e centrais sindicais, não podendo ser convocada por movimentos sociais. (Veja abaixo a íntegra do documento).
Reunião com as centrais sindicais
Na terça-feira, dia 25, às 9h30 da manhã será realizada na sede nacional da UGT, na rua Aguiar de Barros, 144 em São Paulo, uma reunião com a participação de todas as centrais sindicais, assim como também entidades da sociedade civil para discutirem uma pauta conjunta para a classe trabalhadora.
Trabalhadores Indignados!
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) é solidária aos movimentos de cidadania que estão se expressando nas ruas e lutará para a criação de uma nova ordem social e política no Brasil, que faça avançar o processo democrático e garanta o bem estar social para o povo brasileiro.
UGT propõe à sociedade brasileira a realização do Dia Nacional de Manifestação Cidadã, em data a ser definida pelas centrais sindicais e movimentos sociais, em torno do seguinte conjunto de propostas:
UGT propõe à sociedade brasileira a realização do Dia Nacional de Manifestação Cidadã, em data a ser definida pelas centrais sindicais e movimentos sociais, em torno do seguinte conjunto de propostas:
1. Prioridade absoluta para a melhoria imediata dos serviços de saúde, educação, segurança pública e transportes.
a. Investimento maciço na formação e qualificação de novos professores, profissionais de saúde e policiais, com valorização salarial;
b. Construção de novos hospitais, escolas, sistemas de mobilidade urbana e estruturas policiais técnico-científicas, bem como a qualificação dos já existentes;
2. Fim do Fator Previdenciário, com a derrubada imediata do veto presidencial;
3. Atualização da tabela do Imposto de Renda (defasada em 70%);
4. Recuperação das Perdas do FGTS (roubado em 88,3%);
5. Redução imediata da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
6. Fim do Voto Secreto dos Parlamentares;
7. Fim do Foro Privilegiado;
8. Criação da Lei de Responsabilidade Política e Social, que obrigue os governantes a cumprirem seu programa de governo, sob pena de ficarem inelegíveis;
9. Por uma auditoria independente dos gastos públicos para a Copa e as Olimpíadas;
10. Garantir o término dentro dos prazos e orçamentos iniciais de todas as grandes obras de infraestrutura, com investigação de todas as denúncias de corrupção e desvios;
11. Não à PEC 37 (que restringe o papel investigativo do Ministério Público em casos de corrupção);
São Paulo, 25 de junho de 2013
Ricardo Patah
Presidente da
União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Ricardo Patah
Presidente da
União Geral dos Trabalhadores (UGT)