quarta-feira, 17 de julho de 2013

Demorou: vem aí limitação de reeleições nos sindicatos para acabar com o neo peleguismo

Ao lado de tantas reformas anunciadas e prometidas, após as manifestações rua, uma delas vem inquietando os meios sindicais nos principais centros do País. Trata-se da limitação das reeleições que, primeiramente, seria aplicado ao Poder Legislativo, numa eventual reforma política. O que se comenta em São Paulo e Rio de Janeiro é fixar o mesmo critério aplicado para reeleição de  presidente da República, Governadores e Prefeitos, ou seja, um mandato e apenas uma releeição. No caso das entidades representativas de todos os níveis, haveria um tratamento mais rigoroso, ao impedir que um dirigente sindical apenas trocasse de função, para fugir da proibição. Ele só poderia voltar a um cargo executivo após vencido o prazo de seis, oito ou dez anos, conforme cada entidade prevê em seu estatuto. Tem-se como certo também a volta da unificação dos mandatos sindicais: tanto nos órgãos de representação econômica e como no de profissionais pode ser fixado período de quatro anos. 

A idéia ora pretendida não é nova. Em 1964, com o golpe militar, tentou-se desarticular o sindicalismo comuno-petebista quando, via Ato Institucional n.º 1 (de 9/4/64) do Comando Supremo da Revolução, 40 sindicalistas, entre os quais Clodesmith Riani, Dante Pellacani e Hércules Corrêa, diretores da CNTI e líderes do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) tiveram seus direitos políticos cassados. 

Em contrapartida, causando grande estupefato, Joaquim dos Santos Andrade, o Joaquinzão, que era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, foi nomeado como interventor, logo ele que era tido como um "serviçal" do regime. 

A truculência do governo militar provocou - afirma Almir Pazzianoto, advogado trabalhista e ex- ministro - a substituição dos protagonistas da promiscuidade. Em vez de sindicalistas ligados à denominada esquerda progressista, o que se observou foi a brusca ascensão de elementos das oposições na chefia de sindicatos, federações e confederações, em íntima colaboração com o Ministério do Trabalho, que lhes garantia sucessivas reeleições e os alimentava com o Imposto Sindical. 

Em Santa Catarina, um dos exemplo mais gritantes é o do presidente da Federação dos Comerciários - FECESC -, onde Francisco Alano se "pendurou" na entidade há diversas décadas, representando hoje a face do pior do sindicalismo.

Fonte: Mundo do Trabalho e Previdenciário


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