segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PL 4330 poderá ser votado nas 5 próximas sessões da CCJC da Câmara


O nefasto Projeto de Lei nº 4330, de autoria do empresário e deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que permite a terceirização para todas as áreas das empresas, poderá ser votado nas próximas cinco sessões da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, conforme prevê despacho emitido nesta quinta-feira (26) pela mesa diretora da Câmara, presidida pelo deputado federal Henrique Alves (PMDB-RN). Após esse prazo, o PL 4330 deverá ser remetido para o plenário da Câmara.

Leia a íntegra da decisão da mesa da Câmara:

Despacho exarado no Requerimento n. 8.634/2013, conforme o seguinte teor: "Concedo o prazo adicional de cinco sessões à Comissão de Constituição, de Justiça e de Cidadania - CCJC para votar o parecer relativo ao Projeto de Lei n. 4.330/2004, após o quê deverá ser remetido ao Plenário, na forma do art. 52, § 6º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Publique-se. Oficie-se."

"Com essa decisão, precisamos intensificar ainda mais a luta contra o PL 4330, cuja aprovação tem sido barrada pela mobilização dos trabalhadores, com forte participação dos bancários", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

"Não podemos baixar a guarda contra o PL 4330. Cabe destacar que a greve dos bancários possibilita reforçar a mobilização na sociedade, buscando comprometer os deputados para que se posicionem contra esse projeto da terceirização que os banqueiros e empresários querem aprovar para reduzir os seus custos, precarizar o trabalho e turbinar os seus lucros", salienta Miguel.

Favela Fábrica

O vídeo Favela Fábrica retrata a crueldade do processo de terceirização com os trabalhadores, a partir da prestação de vários serviços terceirizados, desmascarando a especialização alegada pelos empresários.

Clique aqui para ver o vídeo.

Jornada Mundial pelo Trabalho Decente

No próximo dia 7 de outubro, a CUT e as centrais participam da Jornada Mundial pelo Trabalho, incluindo os pontos da Pauta da Classe Trabalhadora, especialmente a pressão contra a Terceirização.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, reunido nesta quinta-feira, em São Paulo, decidiu chamar os bancários a participar dessas atividades.

Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Bancários fecham 6.145 agências em todo o país

Os bancários fecharam pelo menos 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal ontem quinta-feira 19/09, primeiro dia da greve nacional da categoria por tempo indeterminado. São 1.013 unidades paralisadas a mais que no primeiro dia da greve do ano passado (5.132), um crescimento de 19,73%. Os bancários reivindicam 11,93% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.

Com base em dados enviados para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários, cerca de 95% dos 490 mil bancários do país aderiram a paralisação.

 Em Petrópolis, o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e o Bradesco, totalizando quinze agências, paralisaram suas atividades durante todo o dia de ontem (19/09). Cerca de 250 profissionais aderiram ao movimento. Com isso, todo serviço voltado para o atendimento interno ao público estiveram suspensos, tendo os clientes e usuários a opção apenas os caixas eletrônicos. Ainda não há previsão para que os bancários voltem às atividades.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Petrópolis

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Contraf-CUT e CNTV discutem segurança com prefeita de Angra de Reis

O assassinato do bancário Igor Henrique Batista Alves da Silva, de 22 anos, e da vigilante Verônica Soares, de 24, durante assalto no último dia 21 de agosto a um posto de atendimento do Santander, levou dirigentes sindicais das duas categorias a se reunirem em audiência nesta quinta-feira (12) com a prefeita de Angra dos Reis, Maria da Conceição Caldas Rabha. Os representantes solicitaram à chefe do executivo o envio de um projeto de lei para a Câmara de Vereadores, visando prevenir assaltos, sequestros e "saidinhas de banco", a fim de proteger a vida de trabalhadores e clientes. "Temos a obrigação de fazer", respondeu Conceição.

Pelos bancários, participaram o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, o diretor da Fetraf Rio de Janeiro e Espírito Santo, Paulo Roberto Garcez, e o presidente e o diretor do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis, Rogério Salvador e Jorge Valverde, respectivamente.

Os trabalhadores em segurança privada foram representados pelo presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura Santos, e os presidentes dos Sindicatos dos Vigilantes de Angra dos Reis, Maurício Conceição, e de Petrópolis, Adriano Linhares.

O desrespeito do banco com seus funcionários e clientes fica cada vez mais claro. Dessa vez, um documento da Polícia Federal, em posse do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis, afirma que o Posto não possuía plano de segurança aprovado. “É mais uma demonstração da falta de compromisso com a vida das pessoas e desrespeito das leis”, condenou Boaventura.

Prevenção contra a violência

A Contraf-CUT e a CNTV entregaram para a prefeita um modelo de projeto de lei, lançado em 2010, que vem sendo levado por sindicatos de bancários e vigilantes para executivos e legislativos em centenas de cidades brasileiras. Entre os equipamentos previstos estão portas giratórias, câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real, biombos, divisórias entre os caixas, guarda-volumes, vidros blindados e escudos com assentos para vigilantes.

"Muitas vidas já foram salvas graças a aprovação e a fiscalização dessas leis e o STF já consolidou a competência dos municípios em legislar sobre segurança, pois se trata de assunto de interesse local, conforme faculta o artigo 30 da Constituição Federal. E a segurança é hoje um tema que preocupa cada vez mais todas as comunidades", disse Ademir.

"Queremos que nenhum alvará de funcionamento seja concedido pela prefeitura para estabelecimento bancário que não cumpra as exigências de segurança", salientou Boaventura defendendo a importância de uma lei municipal para proteger a vida das pessoas.

Mãe de um funcionário de banco e ex-professora do presidente do Sindicato dos Bancários, a prefeita disse que ficou muito sensibilizada com as duas mortes e com a insegurança nos bancos. "Não há lei municipal que trata do assunto na cidade, que é muito procurada por turistas do Brasil e de outros países", destacou Rogério.

A administradora ficou chocada com as falhas cometidas pelo Santander que facilitaram o assalto. O posto se encontra fechado desde a tragédia. "O banco vê segurança como custo e por isso tem evitado despesas e reduzido até o número de vigilantes em várias agências, aumentando o risco de assaltos", salientaram Ademir e Garcez, que também são funcionários do Santander e já cobraram providências em negociações específicas com o banco espanhol.

O presidente do Sindicato dos Vigilantes denunciou que já é comum pessoas, principalmente idosos, saírem de agências em Angra dos Reis após fazerem saques e, minutos depois, voltarem assustadas, ou até chorando, por terem sido vítimas de "saidinhas de banco".

A vida acima do lucro

Ademir e Boaventura entregaram também as últimas pesquisas nacionais da Contraf-CUT e CNTV, com apoio do Dieese. Uma mostra que no primeiro semestre deste ano foram registradas 30 mortes em assaltos envolvendo bancos, uma média de seis por mês, sendo 21 clientes. A outra revela a ocorrência de 1.484 ataques a bancos nos primeiros seis meses de 2013, um crescimento de 17,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

A prefeita prometeu fazer um estudo do modelo de projeto de lei e outras legislações municipais existentes que tratam de segurança bancária e se comprometeu em elaborar um projeto e enviá-lo para a Câmara Municipal. "Vamos precisar do apoio dos bancários e dos vigilantes para dialogar com os vereadores e a sociedade, mostrando a importância de termos uma lei que traga segurança nos bancos da cidade", concluiu.

Os dirigentes sindicais se colocaram à disposição da prefeitura e dos vereadores, a fim de construir uma legislação municipal que coloque a vida das pessoas acima do lucro.

Fonte: Contraf-CUT e CNTV

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

CJF paga salários atrasados e vigilantes voltam ao trabalho

A empresa CJF de Vigilância efetuou o pagamento dos salários atrasados dos vigilantes que atuam nas agências do Banco do Brasil na cidade de Petrópolis. Com a medida, os bancos voltaram a funcionar normalmente nesta quinta-feira (12). 

Após uma paralisação de 24 horas da categoria, a empresa regularizou a situação dos trabalhadores. O Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis, responsável pelo organização da paralisação, não descarta de aplicar a multa à empresa prevista na Convenção Coletiva por atraso no pagamento de salários.

Segurança Bancária

O Presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis, Adriano Linhares, participou nesta quinta-feira (12) de uma reunião com autoridades do Estado do Rio, prefeitura e Câmara de Vereadores de Angra dos Reis, acompanhando o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes, José Boaventura, para discutir a segurança bancária no município e a criação de uma lei que obriga novos investimentos dos bancos para coibir a violência. O intuito é que as agências possuam biombos nos caixas de atendimento. A medida poderá diminuir os índices do crime conhecido por "saidinha de banco". 

A discussão foi puxada pelo Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis e região após, no mês passado, um bancário e uma vigilante terem sido mortos durante um assalto à agência do Santander da cidade. Participaram ainda, representantes da Federação dos Bancários do Espírito Santo e Rio de Janeiro, ContrafCut, poderes Executivo e Legislativo, além do sindicato da categoria local.

Imprensa SindVig Petrópolis

Sindicato é destaque nacional




quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Paralisação de vigilantes fecha agências do BB em Petrópolis com apoio do Sindicato



As três agências do Banco do Brasil no Centro de Petrópolis, Região Serrana do Rio, não abriram na manhã desta quarta-feira (11) por conta de uma paralisação dos cerca de 25 vigilantes que trabalham nas unidades. Segundo o presidente do Sindicado dos Vigilantes na região, Adriano Linhares, a medida foi tomada pelo atraso no pagamento dos salários, que já acontece há cerca de quatro meses. "Nós chegamos a conversar com a empresa, tentamos solucionar, mas, mais uma vez eles não depositaram o salário", explicou.

De acordo com Adriano, o pagamento deve acontecer no quinto dia útil do mês e há quatro meses tem atrasado cerca de cinco dias. "Falaram que iam pagar ontem e não fizeram. Falamos que se hoje o dinheiro estivesse lá, estava tudo bem. Mas, não pagaram", contou o presidente, ressaltanto que os vigilantes estão prontos para trabalharem, mas somente quando o salário for pago. "A hora que pagarem, eles voltam a trabalhar".

Procurada pelo G1, a empresa responsável pelo serviço, CJF Vigilância, de Juiz de Fora, confirmou o atraso e alegou que a empresa passa por uma dificuldade financeira no fluxo de caixa há cerca de seis meses. Segundo o presidente da empresa, Cláudio Muller, eles já solicitaram um reajuste ao Banco do Brasil, que ainda não repassou o valor. 


Conforme informou Cláudio, nesta terça-feira (10) a empresa fez uma reunião com o setor de contratos para expor a situação, mas, segundo ele, o Banco do Brasil explicou que o caso está em análise. O presidente informou, também, que uma equipe já está trabalhando para acionar a reserva da empresa para liberar, ainda na manhã desta quarta, o salário dos vigilantes para que eles possam voltar ao trabalho.


Por meio de nota, o Banco do Brasil informou que realizou reunião com a empresa nesta terça com o intuito de estabelecer a normalidade no funcionamento de suas agências com a maior brevidade possível.

Greve continua nesta quinta-feira (12)

Por volta das 17h desta quarta-feira (11), a equipe de reportagem do G1 voltou a entrar em contato com o Sindicato dos Vigilantes em Petrópolis e foi informada que, até o momento, a CJF Vigilância não deu nenhuma previsão sobre o pagamento. "Até agora o salário não foi pago e nem o sindicatto informado sobre previsão de pagamento. Então, amanhã, os vigilantes continuarão parados", afirmou Adriano Linhares, presidente do sincato no município.

Outros municípios

Em Niterói, região metropolitana do Rio, também poderá haver paralisação das atividades da categoria nesta quinta-feira. A empresa CJF também presta serviços ao Banco do Brasil na cidade e ainda não efetuou o pagamento dos trabalhadores.

Fonte: G1 e Imprensa SindVig Petrópolis

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Câmara dos Deputados confirma para dia 10 audiência pública para discutir o PL 4330

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), confirmou a realização de uma audiência pública na quarta-feira da próxima semana, dia 18, às 10h, no plenário da Casa, para discutir o Projeto de Lei (PL) 4330, do deputado Santo Mabel (PMDB-GO), que permite a terceirização em todas as áreas das empresas. 

O debate é resultado da criação de uma comissão geral da Câmara, anunciada por Henrique Alves na tarde da última quarta-feira, dia 4, durante reunião com representantes da CUT, demais centrais sindicais e deputados da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara. 

A princípio, o presidente da Casa havia definido que o projeto seria votado diretamente no plenário, a partir de um requerimento de urgência de líderes partidários, mas após discussão com as entidades sindicais e parlamentes ficou decidido aprofundar as discussões para depois ser resolvida a forma de tramitação do PL 4330. 

A audiência contará com a participação de trabalhadores, empregadores e instituições de Direito, como o Ministério Público e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), e será organizado pelo presidente da CCJC da Câmara, deputado Décio Lima (PT-SC).

"A criação da comissão foi fruto da intensa mobilização dos trabalhadores, com forte participação dos bancários, contra a votação da PL 4330. Agora é fundamental que estejamos novamente presentes dentro e fora da Câmara para convencer o conjunto dos deputados para que o projeto seja arquivado, na medida em que precariza o trabalho e representa uma tentativa disfarçada de reforma trabalhista e sindical", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. 

Nova mobilização

A Contraf-CUT orienta os sindicatos e as federações de bancários a organizar delegações para a nova mobilização contra o PL 4330 no dia 18, em Brasília. "Embora não haja previsão de votação, precisamos acompanhar a audiência pública e mostrar toda a indignação dos trabalhadores diante desse projeto nocivo que somente atende aos interesses dos empresários, sobretudo dos bancos, enquanto prejudica os empregos e direitos da classe trabalhadora", destaca o secretário de Organização do Ramo Financeiro, Miguel Pereira.

Por que lutar contra o PL 4330

De acordo com um estudo de 2011 da CUT e do Dieese, o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas a mais por semana e ganha 27% a menos. A cada 10 acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados.

Caso seja aprovado como está, o PL ampliará ainda mais as condições precárias de trabalho e colocará em risco todos os contratados com carteira assinada, já que permitirá a terceirização sem limites, em qualquer setor da empresa. Nos bancos, isso poderá significa a terceirização de caixas e gerentes.

Pronto para ser votado em maio na CCJC da Câmara em caráter terminativo, o projeto recebeu aval do relator Arthur Maia (PMDB-BA). Porém, a decisão foi adiada desde então por força da pressão da CUT e das demais centrais. 

Maioria dos ministros do TST contra o PL 4330

Em uma iniciativa histórica, 19 dos 26 ministros do TST enviaram carta ao presidente da CCJC da Câmara no dia 27 de agosto, alertando para os riscos do projeto que, segundo eles, aprofunda, generaliza e descontrola a terceirização no país.

Os ministros afirmam que a aprovação do PL 4330 "negligencia e abandona os limites à terceirização já sedimentados no Direito brasileiro". A carta destaca que o PL 4330 causará grande prejuízo aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários no país, com a provável "migração massiva de milhões de trabalhadores hoje enquadrados como efetivos das empresas e instituições tomadoras de serviços em direção a um novo enquadramento, como trabalhadores terceirizados, deflagrando impressionante redução de valores, direitos e garantias trabalhistas e sociais". 

Os magistrados ressaltam os prejuízos fiscais, previdenciários e à saúde pública do país e afirmam: "como se sabe que os direitos e garantias dos trabalhadores terceirizados são manifestamente inferiores aos dos empregados efetivos, o resultado será o profundo e rápido rebaixamento do valor social do trabalho na vida econômica e social brasileira, envolvendo potencialmente milhões de pessoas". Para eles, "com o decréscimo significativo da renda do trabalho ficará comprometida a pujança do mercado interno no Brasil". 

Anamatra divulga carta aberta contra o PL 4330

Entidade que representa mais de 3.500 juízes do Trabalho no país, a Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho) conclamou partidos políticos e parlamentares a rejeitarem o PL 4330, em carta aberta publicada na segunda-feira, dia 2. 

No documento, a entidade afirma que a "pretexto de regulamentar a terceirização no Brasil, na verdade expande essa prática ruinosa e precarizante para todas as atividades econômicas, com risco de causar sérios danos aos trabalhadores brasileiros, caso aprovado, pela ruptura da rede da proteção trabalhista que o constituinte consolidou em 1988". 

Para a Anamatra, entre os principais problemas do projeto estão a liberação da terceirização na atividade-fim da empresa e a ausência da responsabilidade solidária entre as empresas terceirizadas e contratante. Pontos que a CUT também condena. 

Segundo a entidade, a terceirização é usada pelas empresas para economizar em mão de obra, mas que isso traz custos sociais para o país: "(a tercerirização) constitui manobra econômica destinada a reduzir custos de pessoal na empresa, pelo rebaixamento de salários e de encargos sociais, que tem trazido uma elevada conta para o país, inclusive no que se refere aos acidentes de trabalho, uma vez que em determinados segmentos importantes da atividade econômica os índices de infortúnios são significativamente mais elevados". 

Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Regulamentação da lei do adicional dos vigilantes volta ao debate nesta terça

O Grupo de Trabalho Tripartite (GTT), formado por representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), centrais sindicais e entidades patronais, volta a se reunir nesta terça-feira (3), das 10h às 16h, em Brasília, para discutir a regulamentação da Lei nº 12.740/2012, que estabelece o pagamento do adicional de periculosidade/risco de vida de 30% para todos os vigilantes do país.

Trata-se da terceira reunião do GTT. A primeira foi realizada nos dias 23 e 24 de julho e a segunda, no dia 13 de agosto. O encontro ocorre no Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador, no MTE.

Patrões travam discussões

Até agora, os patrões, liderados pelo presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), Odair Conceição, e apoiados pelos representantes da Febraban, têm atuado no sentido de travar as discussões.

Eles têm apelado para absurdos como diferenciar os trabalhadores armados dos desarmados, parcelar o pagamento do adicional de 30% para quem ainda não conquistou o percentual integral e definir o que é risco acentuado e permanente como forma de empurrar os vigilantes para fazer perícia e atrasar o pagamento. Além disso, querem excluir vários segmentos de vigilantes, o que tem sido igualmente contestado pelos representantes dos trabalhadores.

A bancada das centrais sindicais, coordenada pelo presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, tem agido na direção de acelerar os debates, visando atender a grande expectativa da categoria.

“Nossa posição se aproxima daquilo que o Ministério do Trabalho e Emprego defende, que é garantir o adicional de 30% para todos os vigilantes, sem qualquer parcelamento, e considerar o risco para todo vigilante, independentemente de porte de arma, conforme o princípio da lei que considera inexistente o conceito de risco variável”, aponta Boaventura.

Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr ,”a bancada patronal revela que veio para ganhar tempo, jogando com os prazos máximos para os trabalhos, em vez de agilizar as discussões, respeitar e valorizar os trabalhadores”.

Como funciona o processo de regulamentação

A tarefa do GTT é produzir um texto para atualizar a Norma Regulamentadora (NR) nº 16, onde está previsto o adicional de periculosidade, conforme a lei. O prazo é de até 120 dias, que podem ser prorrogados por mais 60, caso seja necessário para concluir as negociações e apresentar a proposta de regulamentação à Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP).

Após a aprovação em reunião ordinária da CTPP, a formulação da NR será publicada pelo ministro do Trabalho e Emprego no Diário Oficial da União, tornando-se, assim, um texto legal, de observância obrigatória por parte de todos os setores econômicos.

Quem representa os trabalhadores

Além de Boaventura e Ademir, que são representantes da CUT, também integram a bancada das centrais sindicais: pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis; pela Nova Central (NCST), Fernando Bandeira, presidente da Federação dos Vigilantes no Estado do Rio de Janeiro; e pela Força Sindical, Pedro Araújo, presidente da Federação dos Vigilantes do Estado de São Paulo.


Fonte: Contraf-CUT com CNTV

Sob repressão policial e gás de pimenta, trabalhadores impedem votação do projeto da terceirização

A reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) desta terça-feira (3) foi cancelada a fim de evitar tumultos. Antes mesmo de a reunião começar, o Plenário 1 - onde são realizadas as reuniões do colegiado - havia sido tomado por manifestantes em protesto contra o projeto que regulamenta o trabalho terceirizado no Brasil (PL 4330/04).
A proposta não estava na pauta desta terça, mas os manifestantes entenderam que ela poderia ser votada a qualquer momento, atendendo aos interesses de empresários. Um manifestante chegou a ser contido pela segurança da Câmara.
O presidente da CCJ, deputado Décio Lima (PT-SC), disse que não colocará a matéria em votação, uma vez que não é de interesse da população brasileira neste momento. “Não é a voz rouca das ruas”, disse. “Enquanto eu for presidente, eu não pauto esta matéria, a não ser que ela reúna uma condição de acordo com as centrais sindicais dos trabalhadores”, prometeu.
Décio reconheceu, por outro lado, que a comissão pode aprovar um pedido de inclusão na pauta de matéria não prevista, como essa.
O presidente disse ainda que vai convocar líderes que atuam na comissão para estabelecer critérios para o funcionamento do colegiado.
Vitória
Os manifestantes, em sua maioria representantes de sindicatos, deixaram a CCJ depois que a reunião foi cancelada. O anúncio do cancelamento foi feito ao microfone pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas de Moraes, que considerou a decisão uma vitória.

“Nossa vitória é não ter sido colocado em votação (o projeto) e ter sido cancelada a sessão. Nossa proposta é que esse projeto seja arquivado. Ele é nocivo para a classe trabalhadora e para o Brasil”, disse o presidente da CUT. Ele ressaltou ainda que todas as pessoas presentes na comissão nesta terça-feira eram trabalhadores.
Fonte: Agência Câmara

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Nota do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região

O Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região, legítimo representante dos trabalhadores em carro forte vem a público repudiar notícia divulgada pelo SindiforteRJ e reafirmar seu compromisso com os trabalhadores:

A despeito do conteúdo divulgado pela entidade acima citada, a mesma faz referência aos demais representantes dos empregados em carro forte no Estado do Rio de Janeiro. A nota afirma que os sindicatos que não fazem parte do Sindiforte vêm incentivando a categoria a partir para um dissídio coletivo e com isso, provocar perdas em reajuste salarial para a categoria.

A direção do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região repudia e toma conhecimento da notícia com resignação e afirma ser tal discurso coisa muito parecida com o discurso patronal quando, através de ameaças, tentam diminuir nossa representatividade ou até mesmo coagir os representantes sindicais do interior a não lutar pelos seus direitos.

O Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região sempre age em suas negociações com prudência, responsabilidade e habilidades suficientes para defender os interesses da categoria que representa. As negociações que acontecem com os empresários sobre reajuste salarial para os vigilantes de carro forte do interior do Estado vem acontecendo com o respaldo jurídico e de forma bem democrática onde os sindicalistas apresentam suas demandas e algumas são aceitas e outras não pelo patronato. O direito à greve é constitucional e reservado a todo trabalhador que vise buscar a garantia dos seus direitos.

O Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região alerta, ainda, que em toda sua história não buscou opinião, muito menos intervenção de qualquer outra entidade para dirimir seus conflitos negociais em campanha salarial.

Todos as mesas de negociações tem a participação das entidades representativas legítimas da categoria. A participação da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) entidade máxima da categoria, participou de alguns encontros como mediadora das negociações, porém conferindo toda a liberdade de negociação às entidades locais.

Os representados pelo Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região reconhece sua entidade e respaldam o trabalho da diretoria como demonstrados nas inúmeras mensagens atribuídas ao Sindicato. Nossa diretoria foi eleita democraticamente para representar da melhor maneira possível os vigilantes da nossa base territorial e, é assim que se vem conduzindo os trabalhos nos últimos anos: com muita TRANSPARÊNCIA , RESPONSABILIDADE E PARTICIPAÇÃO dos trabalhadores em todas as tomadas de decisões.

Para terminar, vimos comunicar à categoria que as negociações permanecem e em momento algum pretendemos levar ao dissídio coletivo a nossa campanha salarial. O dissídio é o último recurso e só deve ser usado quando não mais houver um canal de diálogo entre trabalhadores e patrões. Buscamos um reajuste salarial que contemple a categoria e atenda aos anseios destes sérios trabalhadores e merecedores de uma representação à altura de entidade dos TRABALHADORES.

Por último, queremos convidar a todos para participar e se informar sobre os andamentos das negociações. Comunicamos ainda, que não cederemos às pressões impostas pelos empresários que surgem de todos os lados e muito menos precisamos de interlocutores que se acham acima de qualquer outra entidade.

O Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região tem lado. E esse lado é o dos Vigilantes.


A Diretoria