terça-feira, 3 de setembro de 2013

Sob repressão policial e gás de pimenta, trabalhadores impedem votação do projeto da terceirização

A reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) desta terça-feira (3) foi cancelada a fim de evitar tumultos. Antes mesmo de a reunião começar, o Plenário 1 - onde são realizadas as reuniões do colegiado - havia sido tomado por manifestantes em protesto contra o projeto que regulamenta o trabalho terceirizado no Brasil (PL 4330/04).
A proposta não estava na pauta desta terça, mas os manifestantes entenderam que ela poderia ser votada a qualquer momento, atendendo aos interesses de empresários. Um manifestante chegou a ser contido pela segurança da Câmara.
O presidente da CCJ, deputado Décio Lima (PT-SC), disse que não colocará a matéria em votação, uma vez que não é de interesse da população brasileira neste momento. “Não é a voz rouca das ruas”, disse. “Enquanto eu for presidente, eu não pauto esta matéria, a não ser que ela reúna uma condição de acordo com as centrais sindicais dos trabalhadores”, prometeu.
Décio reconheceu, por outro lado, que a comissão pode aprovar um pedido de inclusão na pauta de matéria não prevista, como essa.
O presidente disse ainda que vai convocar líderes que atuam na comissão para estabelecer critérios para o funcionamento do colegiado.
Vitória
Os manifestantes, em sua maioria representantes de sindicatos, deixaram a CCJ depois que a reunião foi cancelada. O anúncio do cancelamento foi feito ao microfone pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas de Moraes, que considerou a decisão uma vitória.

“Nossa vitória é não ter sido colocado em votação (o projeto) e ter sido cancelada a sessão. Nossa proposta é que esse projeto seja arquivado. Ele é nocivo para a classe trabalhadora e para o Brasil”, disse o presidente da CUT. Ele ressaltou ainda que todas as pessoas presentes na comissão nesta terça-feira eram trabalhadores.
Fonte: Agência Câmara

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