quinta-feira, 5 de junho de 2014

Presidente do Sindicato participa de Conferência Internacional sobre Segurança Privada

Os desafios enfrentados diariamente pelos trabalhadores do setor de serviços em todo o mundo foi tema do encontro anual realizado pela Uni Sindicato Global na terça e quarta (3 e 4), em Liverpool, na Inglaterra. Os participantes da Conferência Global de Serviços da Propriedade da UNI (UNI Property Services Global Meeting)  compartilharam experiências vivenciadas em cada país em relação à segurança, asseio e conservação. O presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e o secretário de Relações Internacionais da CNTV, Adriano Linhares, representaram o Brasil e, juntamente com companheiros do Chile, a América Latina.

A situação da segurança privada na América Latina foi abordada no segundo dia da Conferência. Os problemas recorrentes enfrentados pelos vigilantes da Prosegur, os ataques das empresas contra os trabalhadores e os sindicatos da Colômbia e do Paraguai, o enfrentamento dos vigilantes do Peru e as constantes lutas dos companheiros brasileiros foram destacados por Boaventura. Segundo ele, é fundamental que os sindicatos estejam focados na valorização dos trabalhadores.

“Um exemplo claro disso é a aprovação da lei da periculosidade, que reconhece nossa profissão como sendo de risco. Não existe nada nestes parâmetros em nenhum outro lugar do mundo, apenas no Brasil. Esta é apenas uma amostra do que é possível conquistar na questão de valorização do trabalhador”, defendeu.

A organização dos sindicatos também foi abordada por Boaventura. O relato apresentado por representantes do Quênia, que em dois anos conseguiram uma entidade forte e combativa, reforçou também a visão que o mundo tem dos sindicatos brasileiros.  Neste quesito, não deve ser levada em consideração apenas a questão salarial, mas diversos outros aspectos, demandas fortes da categoria como o combate à humilhação e discriminação, fim do calote, luta em defesa da própria vida. Para suscitar este debate, o presidente da CNTV propôs à uni a realização de um debate internacional sobre os limites e diretrizes para a segurança privada no mundo.

 “No Brasil, por exemplo, estamos muitos voltados para a defesa da vida, mas sabemos que em outras partes do mundo as demandas são diferentes. Em diversos países a segurança privada é vista como uma atividade paramilitar, de milícia. Não há parâmetros internacionais nem mesmo da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre este tema”, criticou Boaventura. “Somos referência para o mundo. Os companheiros do Quênia, por exemplo, ficaram muito interessados em conhecer as experiências e conquistas dos vigilantes brasileiros”, completou.

Brasil no Conselho Mundial da Uni

O companheiro José Moacyr Pereira, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação (Fenascon), foi indicado para integrar o conselho mundial da Uni Serviços da Propriedade, representando o setor de limpeza. A CNTV reconhece o trabalho que vem sendo realizado por Pereira e deseja que sua atuação seja de grande contribuição para os trabalhadores do setor.


Fonte: CNTV

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