sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Morte de vigilante expõe irregularidades na contratação pela empresa G4S

A morte de um vigilante da empresa G4S Vanguarda que tirava plantão no Bradesco, em Petrópolis, vítima de um Acidente Vascular Cerebral, expôs uma irregularidade preocupante ao Sindicato. A empresa não assinou a carteira do trabalhador que atuava no posto há oito meses.

Infelizmente, o Sindicato só descobriu o descumprimento da CLT no momento que precisou acionar o Benefício Social Familiar (BSF) para dar a assistência funeral à família do vigilante. O benefício não é extensivo a empregados sem CTPS, já que empresa não desconta a contribuição conforme consta na Convenção Coletiva. No entanto, após intervenção do Sindicato, o BSF acolheu o pedido da direção e prestou toda assistência aos familiares. O BSF deve cobrar da empresa os custos do funeral.

De acordo com presidente do Sindicato, Adriano Linhares, o sindicato vai colocar o departamento jurídico da entidade à disposição da família para providências judiciais.


“Neste momento queremos nos solidarizar com as famílias do companheiro vigilante. No entanto, temos que alertar toda categoria para que não se sujeite a trabalhar sem que a carteira seja assinada. Somente através da CTPS os direitos do trabalhador são garantidos. Repudiamos atitudes de empresas que descumprem a legislação brasileira. Quem se encontrar nessa situação deve denunciar ao Sindicato para que possamos tomar as atitudes cabíveis. É inadmissível uma situação dessas e a gente só descobrir na hora da morte de um companheiro. Denuncie!”, afirma Linhares.

Fonte: Imprensa SindVig Petrópolis

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Vigilante é morto em tentativa de assalto a banco na Tijuca e caixas eletrônicos explodidos em Niterói


Um vigilante foi baleado e morreu no início da tarde desta terça-feira (21) durante uma tentativa de assalto à agência do banco Santander da Tijuca, na Rua Haddock Lobo, no Rio. De acordo com informações da polícia, os suspeitos conseguiram fugir, sem levar nada. O banco emitiu nota confirmando o falecimento e lamentando o fato. Na nota o banco afirma, ainda, que está junto com a empresa de segurança está prestando apoio aos familiares.

De acordo com informações da Polícia Militar, sete homens chegaram ao local em motocicletas e anunciaram o assalto. Os suspeitos estavam com armas de brinquedo e renderam os três vigilantes. Após uma confusão, um dos seguranças do banco acabou sendo baleado e os assaltantes fugiram. A agência bancária que recebeu uma tentativa de assalto nesta terça-feira (21) foi fechada e os funcionários liberados por volta das 14h. Os outros dois vigilantes que participaram da ação foram levados para a DH para prestar depoimento.

Explosão de caixas eletrônicos em Niterói

A agência o Bradesco Largo da Batalha (antiga HSBC), na região Oceânica, em Niterói, voltou a ser alvo de bandidos na madrugada desta terça-feira (21/02). Caixas eletrônicos foram explodidos no interior da unidade destruindo boa parte do hall e do teto devido ao impacto da explosão. De acordo com o banco, nenhuma quantia foi levada. A agência também ficou fechada ao público para inspeção de técnicos e da perícia. 

Assalto a carro forte em Papucaia, distrito de Cachoeiras de Macacu/RJ

Ainda de acordo com relatos nas redes sociais, criminosos assaltaram um carro de transporte de valores que abastecia caixas eletrônicos na localidade. O Sindicato ainda busca informações mais detalhadas do ocorrido.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

“Ou a gente se conscientiza de que a luta é agora, ou o bonde vai passar e seremos derrotados”, afirma Berzoini durante 3º Congresso Extraordinário Nacional dos Vigilantes

O ex-deputado e ex-ministro Ricardo Berzoini alertou a classe trabalhadora do golpe que continua em curso no Brasil, que atinge outros países da América Latina e que, agora, atinge também os Estados Unidos. Durante o 3º Congresso Nacional Extraordinário dos Vigilantes, realizado pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) neste sábado (18), em Brasília, Berzoini apontou a organização dos trabalhadores como ferramenta para derrotar os golpistas.

No Brasil, segundo ele, a agenda do golpe tem cinco pontos: a derrota dos movimentos que lutam pela reforma agrária; a entrega da comunicação às grandes empresas da mídia; a reforma trabalhista e previdenciária; e a entrega do pré-sal para as multinacionais. “Ou a gente se conscientiza de que a luta é agora, ou o bonde vai passar e seremos derrotados”, alertou. “Existe uma ofensiva muito articulada entre grandes grupos de mídia e o grande empresariado para, inclusive, dar tranquilidade aos parlamentares”, completou.

O secretário de Formação Sindical da Fetec-CUT/CN, Jacy Afonso, afirmou que já começou a iniciativa de tentar desqualificar a atuação sindical, e isso vai se intensificar ainda mais no mês de março. “O que foi feito com a Dilma é repetido todos os dias nas comissões em pequenos golpes”, afirmou.

O deputado distrital e diretor da CNTV, Chico Vigilante avaliou que a maioria da população já percebe que aconteceu um golpe parlamentar-midiático no país. Na visão do parlamentar, o Brasil vive uma ditadura devido o controle do Congresso Nacional e do STF pelos partidos golpistas.“As pessoas não percebem que estão em uma ditadura”, afirma.

O presidente da CNTV, José Boaventura, alertou também sobre a tentativa de validar o negociado sobre o legislado, deixando os trabalhadores à mercê do que é acordado. “Desse jeito, os sindicatos poderão negociar intrajornada, jornada, deixando apenas 15 minutos de intervalo, por exemplo, e vendendo a ideia de que é melhor ganhar dinheiro do que comer, é melhor ganhar dinheiro do que cuidar da saúde. Precisamos ir para o enfrentamento porque o grau de desonestidade é muito grande”, afirmou.


Fonte: CNTV

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Proposta patronal de reajuste abaixo da inflação é rejeitada pelo Sindicato

Em nova rodada de negociações, ocorrida nesta terça-feira (14), entre o Sindicato e o Sindesp/RJ (patronal), os empresários apresentaram algumas contrapropostas. O Sindicato dos Viiglantes de Petrópolis recusou na mesa de negociação a proposta de reajuste salarial apresentada pelo patronal.

Na reunião anterior os patrões ofereceram 4%, proposta rejeitada na mesa. Na reunião desta terça-feira, os patrões ofereceram o percentual irrisório de 2% e, novamente, foi recusado pelo Sindicato.
Já no vale alimentação o reajuste apresentado foi de 5%, sem redução no desconto do PAT. A proposta também foi recusada pelo sindicato.

Sobre o plano de saúde, tanto almejado pela categoria, os empresários apresentaram uma proposta de co-participação para um plano de saúde completo. O valor seria de R$ 110,00 sendo que 50% seriam custeados pelo vigilante.

Os Sindicatos dos Trabalhadores fizeram uma contraproposta para um plano de saúde ambulatorial no valor de R$ 59,90 sendo custeado 100% pela empresa. Os patrões ficaram de apresentar a proposição dos trabalhadores na próxima assembleia dos empresários.

A cesta básica de R$ 75 já garantida na Convenção Coletiva passará por ajustes no dispositivo da cláusula para que o pagamento seja iniciado.

As discussões sobre a reciclagem serão analisadas para a confecção de uma redação que atenda os empregados e empresas.

Os patrões ainda fizeram uma proposta de retirar o triênio para os novos contratados. Todos aqueles trabalhadores que já possuem o benefício manteriam o benefício. A proposta foi recusada pelo sindicato de imediato. Em contrapartida, o Sindicato apresentou a proposta de anuênio. Os empresários ficaram de analisar.


As dificuldades enfrentadas nas mesas de negociação é reflexo de um discurso de crise argumentado pelos empresários. Acontece que as empresas apresentaram lucros nos últimos anos. A mobilização da categoria é essencial para fortalecer o sindicato nas discussões. Assim que for agendada nova reunião, o Sindicato passará todas as informações.

Fonte: Imprensa SindVigPetrópolis

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

CNTV participa da reunião do Conselho de Enlace da UNI Brasil


A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT) participa nesta quinta-feira (09) da reunião do Conselho de Enlace da UNI Brasil. O secretário de relações internacionais, Eliezer Gomes, coordena os trabalhos da reunião.

A Confederação ainda foi representada pelo coordenador da região sudeste, Antônio Carlos da Silva Filho, o secretário de juventude, Pedro Mamed e a secretária de mulheres, Paloma dos Santos. A jovem Uerlen Mythyan do Sindicato dos Empregados no Comércio de João Pessoa (Sinecom-JP), recém eleita para representar a juventude do comércio e serviços junto à UNI, também participou da atividade.

De acordo com Eliezer Gomes, o conselho de enlace é um fórum que reúne as entidades filiadas à UNI Brasil e é um espaço para discutir as ações desenvolvidas pela UNI assim como para planejar atividades em comum. “É um momento que a gente precisa de muita unidade por ser um momento difícil. E o conselho de enlace tem esse papel de aglutinar diversas entidades. Contamos com vocês para fazer esse belo trabalho.” ressaltou o secretário de relações internacionais da Contracs.

Durante os informes, a secretária de mulheres da Contracs, Paloma dos Santos, informou sobre a campanha de mulheres desenvolvida pela Contracs e pediu o engajamento das demais entidades na ação que pede o respeito às mulheres com a hashtag #ElasMerecemRespeito. Para acessar a campanha, clique aqui.

A primeira reunião do ano contou com a leitura e aprovação da ata da reunião anterior, debateu sobre os objetivos do Conselho de enlace UNI Brasil, debateu a criação de um fundo financeiro para a atuação do conselho, propôs a realização de uma expedição sindical/cultural internacional e tratou dos informes nacionais e internacionais das entidades participantes.

Durante os assuntos gerais, Eliezer ainda pontuou o pedido de solidariedade da UNI em favor dos trabalhadores em Bangladesh, que foram presos por serem dirigentes sindicais ou trabalhadores grevistas. A UNI está coordenando uma campanha, juntamente com as entidades IndustriALL e ITUC, para acabar com a repressão às entidades sindicais. Os presentes se comprometeram a encaminhar o ofício ao governo de Bangladesh pedindo fim da repressão bem como devem se organizar em mobilizações próximos às embaixadas.


Durante a parte da tarde, os participantes do conselho de enlace UNI Brasil assistiram a palestra sobre o E-Social, ministrada pelo auditor fiscal do trabalho no estado do Rio Grande do Norte, Luiz Antônio Medeiros de Araújo.

Fonte: Contrac

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Após denúncia do Sindicato, grupo Souza Lima promete providências sobre irregularidades no Museu da Bohemia

Após denúncia do Sindicato à Delegacia Regional do Trabalho de que o grupo Souza Lima Vigilância e Segurança prestadora de serviços ao museu da Bohemia, em Petrópolis, não vinha cumprindo a convenção coletiva e a Súmula 444, a empresa procurou o Sindicato e afirmou que já está providenciando o pagamento retroativo das horas em dobro trabalhadas nos finais de semana e que também vai providenciar locais adequados onde os vigilantes possam fazer suas refeições.

A denúncia foi encaminha à DRT de Petrópolis no dia 23 de janeiro. O Sindicato ainda solicitou que a empresa regularize as entregas dos contracheques. Já sobre o local das refeições o Sindicato acionou também o contratante, no caso, o museu da Bohemia, que se manteve inerte após várias investidas da entidade denunciando a precariedade do local.


“Descumprir a convenção coletiva e a legislação é infração grave. As empresas não podem prejudicar os trabalhadores. Por isso, denunciamos. Agora, vamos aguardar as providências prometidas pelos representantes do grupo que estiveram no Sindicato. Vamos continuar fiscalizando”, afirma Adriano Linhares, presidente do Sindicato.

Fonte: Imprensa SindVigPetrópolis

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Colocar trabalhador em risco é enriquecimento ilícito e gera indenização

Transferir o risco de uma atividade de trabalho para o funcionário resulta em enriquecimento ilícito da empresa, já que ela buscou economizar com segurança. Com esse entendimento, o juiz Marco Antônio Silveira, da Vara do Trabalho de Janaúba (MG), condenou um banco a indenizar um bancário que transportava em seu carro particular grandes quantias de dinheiro entre agências. O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região aumentou a indenização de R$ 20 mil para R$ 40 mil.  
No caso, um bancário transportava em seu veículo particular, pelo menos uma vez por mês, valores que variavam entre R$ 20 mil e R$ 50 mil das agências bancárias de Janaúba e Jaíba, destinadas ao Posto de Atendimento de Verdelândia (MG).
Para o juiz, essa prática resultava em enriquecimento ilícito do banco, que transferia ao empregado o risco de seu negócio ao deixar de contratar empresa especializada ou corpo de vigilantes próprios, na forma legalmente prevista. Na visão do magistrado, o bancário deve ser indenizado, não em razão do risco potencial, mas em razão do princípio da alteridade, segundo o qual os riscos do empreendimento devem ser suportados pelo empregador.
Concluindo que o banco transferiu o risco e custo do negócio para o empregado, e atento à teoria do dano punitivo como parâmetro para fixação da indenização dos danos, o juiz condenou o banco a indenizar o bancário. Essa condenação, segundo esclareceu, visa compensar a angústia a que o empregado foi submetido por transportar quantias consideráveis de dinheiro, sem nem sequer receber qualquer valor pela utilização de veículo próprio em benefício da empregadora. 
Fonte: Assessoria de Imprensa do TRT-3

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Projeto no Senado tenta barrar greve de vigilantes e bancários

Tramita na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado o projeto do estatuto da segurança privada que tenta frear o direito de greve dos bancários e define a segurança privada e a segurança nos bancos como “matéria de interesse nacional”. Os retrocessos foram aprovados na calada da noite de 29 de novembro no plenário da Câmara dos Deputados. Se aprovado no Senado, vai à sanção presidencial transformando-se definitivamente em lei.

O texto é oriundo do PLS 135/2010, do ex-senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que trata do piso nacional dos vigilantes, e que não atende a reivindicação da categoria. Na Câmara, o projeto foi remetido para uma comissão especial e o relator, deputado federal Wellington Roberto (PR-PB), apresentou o substitutivo PL 4238/2012 passando a instituir “o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras”.

Contraf-CUT, CNSB e o Coletivo Nacional de Segurança da Contraf-CUT farão reunião de planejamento nos dias 06 e 07 de fevereiro de 2017, em São Paulo, para discutir o projeto do estatuto de segurança e planejar as alternativos.

“Querem impedir o exercício do direito de greve”

O projeto aprovado regulamenta a profissão de vigilante e estabelece atribuições e competências aos profissionais da área, bem como prevê um regramento específico para a segurança nos bancos. O estatuto revoga a lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983.

No entanto, o texto projeto prevê, no artigo 31, intervenção no Direito do Trabalho mudando o modo de funcionamento das instituições financeiras considerando-os como “essenciais tanto os serviços por eles prestados para efeitos da lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989, quanto os inerentes à sua consecução”.

Já a lei nº 7.783 assegura o direito de greve e estabelece como um dos serviços essenciais a compensação bancária. Fica evidente a intenção de impedir o exercício da greve pela categoria. Para José Avelino, presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), a medida “tem as digitais dos bancos, os maiores beneficiados. É como aquela história do jabuti na árvore: ou foi enchente ou foi mão de gente”, afirma.

Querem barrar leis municipais e estaduais

Já no parágrafo único do artigo 1º, o novo projeto incluiu outra proposta que atende ao poderoso lobby dos bancos. “A segurança privada e a segurança das dependências das instituições financeiras são matérias de interesse nacional.”, diz o texto.

“Querem barrar leis municipais e estaduais que já salvaram milhares de vidas diante do descaso dos bancos”, protesta Eduardo Araújo, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília. “Aliás, medidas de segurança fixadas em várias leis municipais pelo Brasil afora são mais avançadas do que as previstas no projeto aprovado”, compara.

Araújo ressalta que já existem decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrotaram a tese dos banqueiros e garante a constitucionalidade das leis municipais, como a que obriga a instalação de portas giratórias nas agências.

A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) alerta que a expressão “interesse nacional” poderá fazer um estrago sem precedentes em outros campos do Direito, notadamente na seara trabalhista. “Não será difícil, por exemplo, que as entidades sindicais (bancários, vigilantes, etc.) serem coibidas no todo ou em parte de fazerem greves”, aponta o presidente da CNTV, José Boaventura.

Mobilização para evitar retrocessos

A Fetec-CUT/CN chama os sindicatos filiados e o Comando Nacional dos Bancários a fazer uma grande mobilização junto com a CNTV e demais entidades sindicais dos vigilantes após o recesso parlamentar, em fevereiro. O objetivo é dialogar e pressionar os senadores para barrar o projeto.

“Queremos atualizar a legislação, porém sem retrocessos e sem mexer no direito de greve dos trabalhadores, mas com avanços concretos e eficazes para trazer mais segurança e prevenir assaltos e sequestros”, conclui Avelino.

A CNTV e os sindicatos filiados também estão atentos e atuantes para defender todos os vigilantes. “Se a atual lei já regula a nossa atividade por 33 anos, este texto poderá regular nossa vida e profissão por mais 50 anos. O momento é de fazer história”, conclama Boaventura.


Fonte: Fetec-CUT/CN