A Comissão de Assuntos Sociais
(CAS) retirou de pauta o substitutivo da Câmara ao projeto que o Estatuto da
Segurança Privada. A proposta (SCD 6/2016) era o primeiro item da pauta da comissão,
mas teve a votação adiada após as manifestações dos senadores Randolfe
Rodrigues (Rede-AP) e Paulo Paim (PT-RS).
Requerimento para a realização de
uma audiência pública sobre o tema no dia 13 de setembro foi lido na
quarta-feira (23) e deverá ser votado na próxima reunião da CAS. Paim e
Randolfe lembraram que o projeto saiu do Senado tratando da criação de um piso salarial
nacional para a categoria dos vigilantes profissionais. Porém durante a
tramitação na Câmara dos Deputados, recebeu mais de 70 emendas,
transformando-se na atual proposta de Estatuto da Segurança Privada.
"Não tem como nós votarmos uma
proposta desta complexidade sem um debate muito aprofundado antes. É bom
lembrarmos que o próprio piso dos vigilantes foi retirado pelos deputados, e
foram introduzidos dezenas de artigos sobre outros temas", reforçou Randolfe.
O acordo teve a participação da
presidente da CAS, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) e do relator da proposta,
senador Vicentinho Alves (PR-TO). Pelo requerimento, serão convidados para a
audiência pública o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, além de
representantes do Banco Central, da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban)
e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), entre outros.
A pedido de Vanessa Graziottin
(PCdoB-AM), também foi aprovada a realização de uma outra audiência pública com
o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
A data do encontro ainda será
definida, e na pauta constará a ampliação do déficit fiscal para os anos de
2017 e 2018, além das medidas anunciadas pelo governo federal que afetam os servidores
e o serviço público como um todo. A senadora lembrou que as medidas terão que
ser aprovadas pelo Congresso Nacional para que entrem em vigor.
"O governo está propondo adiar
reajustes, aumentar a alíquota previdenciária, diminuir pisos salariais e
cortar dezenas de milhares de cargos, transferindo a conta da crise pra esses trabalhadores" afirmou Vanessa durante a reunião.
Uber e subcomissão
Também foi aprovada, e terá a
data definida posteriormente, a realização de uma audiência pública para
discutir o projeto que regulamenta o transporte individual privado de
passageiros (PLS 726/2015 e PLS 530/2015 e PLC 28/2017, que tramitam em
conjunto). Participarão deste debate representantes da empresa Uber, do governo
e da categoria dos taxistas, dentre outros.
A pedido do senador Waldemir Moka
(PMDB-MS), também foi aprovada a criação da Subcomissão das Doenças Raras, que
funcionará até dezembro de 2018, com cinco senadores, e terá como missão propor
iniciativas visando a promoção e defesa dos direitos das pessoas com doenças
raras, aprimorando a legislação relacionada ao assunto.
Fonte: Agência Senado