Os Correios anunciaram que as atividades de correspondente bancário por meio de seu Banco Postal devem ser encerradas a partir de 11 de outubro. Serviços como pagamento de contas, abertura de contas, empréstimos e recebimento de aposentadorias e pensões deixarão de existir em todas as 1.836 unidades, presentes em 12 estados.
A empresa alega que custos de manutenção das operações, em especial o cumprimento de medidas de segurança – com vigilantes armados e portas giratórias –, motivou o fechamento dos pontos de atendimento do Banco Postal.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) repassados ao jornal Valor Econômico, mais de 137 mil aposentados e pensionistas do INSS devem ser afetados pelo fim dos serviços, com a transferência de pagamentos para outras agências e, até mesmo, para outros municípios.
Pelo menos 1.231 pessoas terão de se descolar para outras cidades para retirar pagamentos. Aposentados e pensionistas dos estados da Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará serão os mais afetados. Os demais deverão receber o que lhes é de direito nas agências do Banco do Brasil e outros bancos, em casos determinados.
Em audiência pública, no Senado, em junho, o presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), Guilherme Campos, reconheceu que o fechamento do Banco Postal atinge diretamente as populações de pequenos municípios que não têm agências bancárias, mas afirmou que não poderiam custear as operações em localidades que não fossem lucrativas.
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