A empresa GP (Guarda Patrimonial São
Paulo) não será mais a detentora dos contratos de vigilância do banco Itaú no
Estado do Rio. Na última sexta-feira (28/09), dirigentes da Confederação
Nacional dos Vigilantes (CNTV), e dos Sindicatos dos Vigilantes de Petrópolis e
região e Niterói e região (SVNIT) se reuniram em São Paulo na superintendência
do banco para discutir a saída da empresa e o pagamento das verbas trabalhistas
dos vigilantes.
Participaram da reunião o presidente
da CNTV e do Sindicato da Bahia, José Boaventura, o Secretário Geral da CNTV e
presidente do SVNIT, Cláudio Vigilante, acompanhado do vice Paulo Henrique, o
Secretário de Relações Internacionais da CNTV e presidente do Sindicato de
Petrópolis, Adriano Linhares, e representantes do Sindicato dos Vigilantes de
Barueri/SP, Amaro Pereira que também é Secretário de Assuntos Jurídicos da
CNTV, acompanhado do corpo jurídico do sindicato.
Os dirigentes apresentaram ao Superintendente
de Segurança do Itaú, Sr. Donizete, a preocupação com a saída da Empresa GP, já
que após análises de vários extratos analíticos dos trabalhadores ficou
constatado que a empresa não vem recolhendo o FGTS, nem o INSS dos vigilantes
que prestam serviço ao banco.
Foram apresentados ao responsável do
Itaú, Sr. Donizete, documentos que comprovam a prática da empresa GP. Um Termo
de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT) de um funcionário demonstrava
irregularidades como descontos abusivos indevidos, parcelamento de
refinanciamento de FGTS e o acautelamento de chaves de agências feito por
vigilantes. A prática do refinanciamento do FGTS serve apenas para empresa
obter novamente a certidão negativa de débitos para participar de novos
contratos. Com isso, ela paga apenas as primeiras parcelas não cumprindo o refinanciamento
em sua totalidade e os trabalhadores voltando a ser prejudicados. Sobre as
chaves, o superintendente afirmou que a medida é incorreta, já que as chaves
das agências são de responsabilidade da empresa e não do vigilante.
Diante disso, a CNTV solicitou ao
banco Itaú a retenção dos valores da última fatura da empresa para garantir o
pagamento dos recolhimentos e a quitação total das indenizações trabalhistas.
Outra questão questionada pelos dirigentes
é o fato da empresa GP propor aos vigilantes um acordo onde os trabalhadores
abrem mão de 20% da multa do FGTS e, com isso, receber 80% do valor que tem
depositado sob o argumento que os trabalhadores seriam recontratados pela nova
empresa que irá fornecer os serviços de vigilância para o banco.
No entanto, os sindicatos e o próprio
Itaú já solicitaram à nova detentora do contrato, que será a Seguridade Empresa
de Segurança, a recontratação da mão de obra já atuante nos postos de serviço.
A jogada da GP é apenas para não pagar as indenizações corretas aos
trabalhadores.
Os dirigentes avaliaram ainda que essa
prática da GP não de uma “arapuca para os trabalhadores”, já que muitos que serão
reaproveitados ficarão com receio de acionar judicialmente o Itaú no processo
para cobrar o pagamento das indenizações como corresponsável com medo de demitido
do posto.
Medidas para assegurar o pagamento das
verbas trabalhistas
Os vigilantes empregados da GP devem
entregar junto aos seus sindicato (Niterói, São Gonçalo e região e Petrópolis e
região) até o dia 08/10/18 as cópias dos extratos analíticos para que os
diretores analisem e apresentem ao banco Itaú para averiguar as
irregularidades. Um nova reunião será agendada entre a GP, o Itaú e os
Sindicatos para análise destes documentos e garantias do pagamento integral das
indenizações.
Os dirigentes
reforçaram mais uma vez o apoio irrestrito à categoria, mostrando como os
Sindicatos ficam sempre do lado do trabalhador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário