terça-feira, 2 de outubro de 2018

Sindicato e CNTV vão a São Paulo para se reunir com o Itaú e garantir direitos na saída da empresa GP

A empresa GP (Guarda Patrimonial São Paulo) não será mais a detentora dos contratos de vigilância do banco Itaú no Estado do Rio. Na última sexta-feira (28/09), dirigentes da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), e dos Sindicatos dos Vigilantes de Petrópolis e região e Niterói e região (SVNIT) se reuniram em São Paulo na superintendência do banco para discutir a saída da empresa e o pagamento das verbas trabalhistas dos vigilantes.

Participaram da reunião o presidente da CNTV e do Sindicato da Bahia, José Boaventura, o Secretário Geral da CNTV e presidente do SVNIT, Cláudio Vigilante, acompanhado do vice Paulo Henrique, o Secretário de Relações Internacionais da CNTV e presidente do Sindicato de Petrópolis, Adriano Linhares, e representantes do Sindicato dos Vigilantes de Barueri/SP, Amaro Pereira que também é Secretário de Assuntos Jurídicos da CNTV, acompanhado do corpo jurídico do sindicato.

Os dirigentes apresentaram ao Superintendente de Segurança do Itaú, Sr. Donizete, a preocupação com a saída da Empresa GP, já que após análises de vários extratos analíticos dos trabalhadores ficou constatado que a empresa não vem recolhendo o FGTS, nem o INSS dos vigilantes que prestam serviço ao banco.

Foram apresentados ao responsável do Itaú, Sr. Donizete, documentos que comprovam a prática da empresa GP. Um Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT) de um funcionário demonstrava irregularidades como descontos abusivos indevidos, parcelamento de refinanciamento de FGTS e o acautelamento de chaves de agências feito por vigilantes. A prática do refinanciamento do FGTS serve apenas para empresa obter novamente a certidão negativa de débitos para participar de novos contratos. Com isso, ela paga apenas as primeiras parcelas não cumprindo o refinanciamento em sua totalidade e os trabalhadores voltando a ser prejudicados. Sobre as chaves, o superintendente afirmou que a medida é incorreta, já que as chaves das agências são de responsabilidade da empresa e não do vigilante.

Diante disso, a CNTV solicitou ao banco Itaú a retenção dos valores da última fatura da empresa para garantir o pagamento dos recolhimentos e a quitação total das indenizações trabalhistas.

Outra questão questionada pelos dirigentes é o fato da empresa GP propor aos vigilantes um acordo onde os trabalhadores abrem mão de 20% da multa do FGTS e, com isso, receber 80% do valor que tem depositado sob o argumento que os trabalhadores seriam recontratados pela nova empresa que irá fornecer os serviços de vigilância para o banco.

No entanto, os sindicatos e o próprio Itaú já solicitaram à nova detentora do contrato, que será a Seguridade Empresa de Segurança, a recontratação da mão de obra já atuante nos postos de serviço. A jogada da GP é apenas para não pagar as indenizações corretas aos trabalhadores.

Os dirigentes avaliaram ainda que essa prática da GP não de uma “arapuca para os trabalhadores”, já que muitos que serão reaproveitados ficarão com receio de acionar judicialmente o Itaú no processo para cobrar o pagamento das indenizações como corresponsável com medo de demitido do posto.

Medidas para assegurar o pagamento das verbas trabalhistas

Os vigilantes empregados da GP devem entregar junto aos seus sindicato (Niterói, São Gonçalo e região e Petrópolis e região) até o dia 08/10/18 as cópias dos extratos analíticos para que os diretores analisem e apresentem ao banco Itaú para averiguar as irregularidades. Um nova reunião será agendada entre a GP, o Itaú e os Sindicatos para análise destes documentos e garantias do pagamento integral das indenizações.

Os dirigentes reforçaram mais uma vez o apoio irrestrito à categoria, mostrando como os Sindicatos ficam sempre do lado do trabalhador.

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