Na última sexta-feira (18/01) a
direção do Sindicato participou da mesa redonda com o patronal para discutir a
renovação da Convenção Coletiva de Trabalho para 2019/2020. Os representantes
dos trabalhadores entregaram uma pauta de reivindicações aos empresários que
foi aprovada em assembleias com a categoria realizadas pelo Sindicato.
Pauta dos vigilantes:
- Reajuste salarial (inflação do
período + 100% de aumento real);
- Tíquete refeição no valor de R$
25;
- Tíquete refeição nas férias;
- Cartela de 20 tíquetes na
escala 12x36;
- Cartela de 30 tíquetes nas
escalas 5x2 e 6x1;
- Volta do pagamento do feriado a
100% na escala 12x36;
- Plano de saúde;
- Participação nos Lucros e
Resultados (PLR);
- Suspensão da reciclagem nos
finais;
- Além da manutenção das cláusulas
da CCT.
Sem mudar a postura dos anos
anteriores, os empresários voltaram a endurecer as negociações negando todos os
pedidos dos trabalhadores. “Estamos apenas iniciando as negociações. A reforma
trabalhista tirou e flexibilizou muitos direitos, mas também deu poderes aos
Sindicatos a criar cláusulas que agora têm força de lei”, afirma Adriano
Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região.
Em contraponto às reivindicações
dos vigilantes, os patrões apresentaram uma contraproposta descabida que foi
rejeitada pelo Sindicato na mesa de negociação.
Propostas dos empresários:
- Reajuste salarial de apenas 50%
da inflação do período;
- Reajuste de apenas 50% no tíquete
refeição;
- Horário de almoço somente de 30
minutos, facultado ao vigilante ficar ou não no posto de serviço;
- Implantação do contrato intermitente
com criação de regras que o facilitem sem a necessidade de Acordo Coletivo de
Trabalho;
- Diminuir para 30 dias a estabilidade
no retorno de licença médica;
- Horas extras de apenas 50% na
escala 12x36;
- Contrato parcial: mudar o nome ‘part-time”
e retirar o tíquete refeição do vigilante que trabalha 5h diárias;
- Parcelmento do 13º salários nos
meses de outubro a dezembro.
“Essa negociação será muito
complicada e é necessário o envolvimento da categoria nas assembleias. Não
concordamos com nenhuma proposta patronal apresentada e vamos continuar
lutando. Os vigilantes devem vir às nossas assembleias. Queremos a manutenção
da CCT atual e queremos avançar em mais alguns direitos”, reforça Linhares.
A campanha salarial 2019 não está
unificada em todo Estado do Rio. Apenas os Sindicatos de Petrópolis e região,
Niterói e região, Duque de Caxias e Itaguaí e Seropédica unificaram a pauta de
reivindicações. A divisão diminui a força da categoria nas negociações. “Com
todo Estado unido, com certeza teríamos uma negociação melhor. Estamos sempre à
disposição das demais entidades para unificação das campanhas”, completa
Linhares.
Uma nova reunião foi marcada para
o dia 25 de janeiro.