sábado, 30 de abril de 2022

Dia do Trabalhador - 1º de Maio de muitas homenagens, mas também de reflexão e luta

Muitos ainda perguntam se é Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador. Entretanto, a afirmação é correta pelo Dia do Trabalhador que nasceu na luta pela jornada de oito horas, marcada em 1886 por uma greve geral nos Estados Unidos, onde o trabalho chegava a 17 horas por dia.

No 1º de Maio, a classe trabalhadora se mobiliza para exigir seus direitos em todo o mundo.

No Brasil, o movimento dos trabalhadores ganhou impulso no começo do século passado, com os imigrantes europeus, em especial italianos e espanhóis, que vieram trabalhar nas fábricas. Em 1917, com esse novo perfil da força de trabalho, aconteceu a primeira grande greve no país. Pressionado pelo operariado em franco crescimento, que cobrava garantias trabalhistas, em 1925, o então presidente Arthur Bernardes decretou feriado no Dia do Trabalhador.

Getúlio Vargas transformou a data em uma festa que celebrava o Estado Novo como protetor dos trabalhadores. Para suavizar a pressão social que continuava a crescer, Getúlio investiu numa política paternalista, que controlou os sindicatos, mas também trouxe garantias. Ele instituiu o salário mínimo em 1940, mas sua medida mais importante foi a Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, em 1943.

Era a primeira vez que o trabalhador, de fato, conquistava proteção, com a legalização do turno de oito horas, férias, previdência e direitos específicos para a mulher e pessoas com monos de 18 anos, entre outros.

As conquistas duraram até 1964, quando a ditadura militar passou a massacrar os movimentos populares. Centenas de sindicatos sofreram intervenção e milhares de seus líderes foram cassados e presos.

E você ainda acha que todas as conquistas de salários, vales alimentação, colete a prova de bala, Adicional de Periculosidade e outras conquistas foram gentilmente dadas pelos patrões? ENGANA-SE quem pensa assim.

Todas essas conquistas são frutos de lutas históricas do movimento sindical, do seu Sindicato.

Este 1º de Maio é simbólico, no pós pandemia continuamos a conviver alto desemprego, inflação alta e demissões que não cessam. Mas é também o momento de mobilização, de gritar e exigir a manutenção dos direitos.

Somos vencedores e resilientes, mas devemos ter a ciência do nosso papel e lado, o lado da classe trabalhadora que sustenta o país com o seu suor.

O projeto do atual governo brasileiro é destruir os sindicatos. Por isso, o desafio deste Primeiro de Maio é mostrar que somos fortes.

O mundo produtivo está diferente, cada vez mais mecanizado e digital. O que não muda é que eles continuam a tirar dos trabalhadores para concentrar a riqueza nas mãos dos mais ricos. Por isso, mobilização e unidade tornaram-se palavra de ordem, para a classe trabalhadora reconquistar o protagonismo político e reconduzir o Brasil para o futuro que a gente quer.

Não espere perder seus direitos para acordar. Siga as orientações do Sindicato e participe sempre das mobilizações.

Feliz Dia do Trabalhador! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário