sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Vigilantes do RJ, DF e Goiás confirmam criação da FEVIG

Sindicatos filiados à FEVIG – Federação Interestadual dos Vigilantes dos Estados do Rio de Janeiro, Goiás e o Distrito Federal realizaram a assembleia de ratificação de fundação na sede do Sindicato dos Vigilantes de Brasília, na manhã desta sexta-feira (30). A reunião cumpriu um protocolo do Ministério do Trabalho e Emprego conforme os ritos para publicação da entidade.

Representantes dos Sindicatos de Vigilantes de Brasília/DF, Niterói/RJ e região, Petrópolis/RJ e região, Duque de Caxias/RJ e Goiânia/GO confirmaram a criação da Federação que vai atuar de maneira mais incisiva na defesa dos vigilantes destes estados.

A FEVIG nasceu da vontade de representantes sindicais destes sindicatos de erguer uma entidade forte e verdadeiramente representativa. A missão é dar suporte aos Sindicatos filiados em questões com amplitudes macrorregionais que são de interesse da categoria, além de investir em formação.

“Cumprimos mais um protocolo do Ministério do Trabalho e passamos mais uma etapa. A FEVIG traz de volta a verdadeira luta dos trabalhadores. Existem muitas entidades por ai que não defendem os trabalhadores, mas sim, brigam apenas para defender o aparelhamento sindical de suas entidades. Nossos objetivos não são esses. Criamos a FEVIG para fazer o contraponto a essas pseudo-entidades sindicais. Não temos medo. Vamos enfrentar esses falsos sindicalistas e fazer o real confronto capital X trabalho para dar ao vigilante uma representatividade verdadeira e de fato. Vamos trabalhar em conjunto com os companheiros que compõem a FEVIG. Estou presidente da nossa federação para fazer um trabalho sério juntamente com as representações do Rio de Janeiro e Goiás”, afirma Moisés da Consolação, presidente da FEVIG e diretor Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal.


 “A assembleia de hoje foi para ratificar a criação da FEVIG a pedido do MTE pelos sindicatos fundadores. O objetivo é que essa federação venha servir aos trabalhadores nas regiões abrangidas por ela. A assembleia transcorreu tranquilamente com a presença de todos os sindicatos fundadores”, acrescenta Cláudio Vigilante, diretor da FEVIG e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região.

Imprensa Sindical - wmcnoticias@gmail.com

Trabalhadores vão às ruas do Rio para lutar em defesa dos direitos trabalhistas

Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e região se reuniram a centenas de ativistas e outros dirigentes sindicais em um grande ato organizado pelas centrais sindicais na Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro, na tarde de quarta-feira (28). A concentração fez parte do Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos que teve como bandeira a luta pela revogação das Medidas Provisórias 664 e 665 do governo federal.

Os sindicalistas aproveitaram o momento para esclarecer aos milhares de pessoas que transitam pelo local como as medidas podem afetar os direitos dos trabalhadores. A concentração reuniu dirigentes e militantes da CUT-RJ, CTB, UGT e CSB, além de sindicatos de diversas categorias que coloriram o local com bandeiras, faixas, balões, camisetas e bonés das centrais e dos sindicatos.

“Estamos cobrando os compromissos de campanha da presidenta Dilma. Da mesma forma que fomos para a rua e garantimos a reeleição da presidenta, não vamos aceitar a mudança no curso da política econômica, nem que o neoliberal ministro Joaquim Levy acabe com direitos da classe trabalhadora. Com a nossa mobilização, temos certeza de que o seguro-desemprego não vai cair. Também lutamos em defesa da Petrobras. Claro que corruptos devem ser punidos, mas não podemos aceitar que se destrua nem que se privatize a empresa, grande patrimônio do povo brasileiro, como deseja a oposição e a mídia golpista”, disse o presidente da CUT-RJ, Darby Igayara.
Saiba o que muda com as MPs 664 e 665

No dia 30 de dezembro de 2014, o Governo Federal anunciou duas Medidas Provisórias (MPs) - 664 e 665 – que estipulam uma série de alterações nas regras do Seguro-Desemprego, Abono Salarial, Seguro-Defeso, Pensão por Morte, Auxílio-Doença e Auxílio-Reclusão e devem causar impactos consideráveis sobre a vida de milhões de brasileiros. O anúncio gerou desconforto às Centrais Sindicais, que condenaram as Medidas e reivindicaram a sua revogação. Além das discordâncias em relação ao conteúdo das MPs, as Centrais declararam descontentamento pela ação do governo contrária ao compromisso assumido em não tocar em direitos trabalhistas, e por não terem sido chamadas a dialogar sobre os temas.

Cabe salientar que o Governo Federal justifica a adoção dessas Medidas no contexto de ajuste das contas públicas alegando que poderão gerar uma economia de gasto de R$ 18 bilhões. Deve-se registrar, no entanto, que as várias medidas de apoio e benefícios ao setor empresarial adotadas pelo próprio Governo nos últimos anos - como a redução de alíquotas de IPI e desonerações, entre outras - representaram cerca de R$ 200 bilhões a título de renúncia fiscal, ou seja, de recursos que o Tesouro Nacional deixou de receber. Não há como justificar, portanto, que o ajuste se inicie exatamente pela parcela mais vulnerável da população.

Com a MP 665, para ter direito ao primeiro acesso, é necessário que o trabalhador comprove ter trabalhado pelo menos 18 meses nos últimos 24 meses anteriores à dispensa. Tomando-se os mesmos dados da Rais 2013, observa-se que o contingente de trabalhadores que não teriam direito ao benefício do seguro-desemprego aumentaria para oito milhões, ou seja, 64,4% do total de desligados.

Ao limitar o direito ao Abono Salarial aos trabalhadores que mantiveram vínculos formais por pelo menos seis meses e pagar o restante de forma proporcional, a nova regra reduz seu público alvo, excluindo cerca de 9,94 milhões de trabalhadores desse direito constitucional e pagando ao restante um valor inferior ao que é pago atualmente.

Apenas os trabalhadores que se mantiveram no emprego pelo período dos 12 meses – o que corresponde a aproximadamente 35% do total daqueles que antes tinham esse direito - receberão o mesmo que anteriormente.

A redução dos gastos com o Abono Salarial terá impactos sobre a população mais vulnerável, que é a mais afetada por algumas das características mais perversas do mercado do trabalho brasileiro, como a rotatividade elevada e baixos salários. Para se ter uma ideia, 43,4% dos trabalhadores formais permanecem por menos de seis meses num mesmo emprego e mais da metade - 54,8% - ganhavam, em 2013, até dois salários mínimos.

A edição das Medidas contraria compromissos de campanha assumidos pela presidenta Dilma, que assegurou aos representantes dos trabalhadores que não haveria qualquer mexida nos direitos da classe trabalhadora.

Foi com a intenção de engrossar esse coro contra as MPs 664 e 665 que o diretor do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região participaram do grande ato. Estiveram presentes: o diretor Adriano Machado e o vigilante Alessandro de Oliveira. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Pressão sindical faz Dilma rever novo seguro-desemprego, diz jornal Folha de São Paulo

O governo já admite reservadamente que vai ceder às centrais sindicais e rever parte das mudanças nas regras do seguro-desemprego que endureceram o acesso ao benefício trabalhista.

Segundo a Folha apurou, a equipe da presidente Dilma chegou à conclusão de que, sem alterações, a medida provisória que restringiu o benefício não será aprovada no Congresso Nacional.

Assessores presidenciais disseram à reportagem que, diante da reação contrária de lideranças sindicais, a estratégia era fazer concessões durante a fase de tramitação da proposta no Legislativo.

Agora, após declarações do ministro Joaquim Levy (Fazenda) avaliadas pelo Palácio do Planalto como infelizes, a equipe de Dilma acredita que pode ser obrigada a sinalizar mais concretamente o que irá mudar na próxima reunião com as centrais sindicais, em 3 de fevereiro.

Na semana passada, em Davos (Suíça), Levy chamou de "ultrapassado" o modelo do seguro-desemprego, o que irritou sindicalistas e até assessores de Dilma.

Seu colega Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) divulgou nota no sábado (24) classificando o seguro-desemprego como "cláusula pétrea" dos direitos dos trabalhadores.

O próprio Levy reconheceu internamente no governo que não foi feliz em suas declarações. Ele defende mudanças no sistema, mas sem retirar direitos trabalhistas.

Jovens

Segundo a Folha apurou, o governo pode mudar o período de carência para concessão do benefício na primeira solicitação feita pelo trabalhador. As centrais sindicais consideram que essa regra prejudica principalmente jovens num período da economia em que deve haver alta de desemprego nesta faixa.

Pelas regras definidas pela equipe econômica, a carência subiria de 6 para 18 meses nos últimos 24 meses trabalhados na primeira solicitação do benefício. No segundo pedido, o prazo passou de 6 para 12 meses nos últimos 16 meses trabalhados. Na terceira, foi mantida a carência de seis meses.

O governo também propôs mudanças no abono salarial, no seguro-defeso (pago a pescadores no período de proibição da pesca) e na pensão pós-morte.
Lançado no fim de 2014, o pacote de mudanças em benefícios trabalhistas e previdenciários visa economizar R$ 18 bilhões neste ano para reequilibrar as contas públicas. São R$ 9 bilhões apenas com o seguro-desemprego.

Presidente da Força Sindical, Miguel Torres diz que mudar só a carência do seguro-desemprego não é "suficiente". Ele também defende ajustes no seguro-defeso e na pensão pós-morte.

Presidente da CUT, Vagner Freitas defende mudanças em todas as medidas.
As centrais estão organizando manifestações contra as propostas, classificadas por elas de conservadoras.


Fonte: Jornal Folha de São Paulo

sábado, 24 de janeiro de 2015

Linhares participa de Congresso da UGT para discutir Mobilidade Urbana

O presidente do Sindicato, Adriano Linhares, participou, na última sexta-feira (23), do 3º Congresso Ordinário da UGT - União Geral dos Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro, entidade a qual o sindicato é filiado. 

O evento serviu para discutir o quanto a mobilidade urbana pode interferir na qualidade de vida do trabalhador, ou seja, quanto mais tempo o cidadão passa nos transportes coletivos, por exemplo, menos tempo tem para o lazer, para a convivência social e familiar, para cuidar da educação e da saúde, expondo-se, ainda, a situações de insegurança, além do estresse.

Essa foi a principal abordagem do 3º Congresso Ordinário da União Geral dos Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro (UGT-RJ), cujo tema central foi “Mobilidade Urbana Carioca – Qualidade de Vida para o Trabalhador”.

Para discutir o assunto, a UGT-RJ convidou o advogado, vereador e ex-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público Coletivo na Câmara Municipal de Niterói, Bruno Lessa.


O congresso aconteceu no Windsor Guanabara Hotel, no Rio de Janeiro, e reuniu cerca de 300 líderes sindicais de todo o país. Na programação, ainda, Eleição e Posse dos membros da Executiva Estadual e do Conselho Fiscal da UGT e a discussão do tema “Assédio Moral e Discriminação da Mulher no Local de Trabalho” com a pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luciene Lacerda, membro do Instituto Búzios, organização social comprometida com a conquista de direitos e a afirmação da cidadania.

Fonte: Imprensa Sindical RJ - wmcnoticias@gmail.com / UGT/RJ

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Diretoria da CNTV renova a luta contra horista e pisos indecentes

Reunida no sábado (17) em Brasília, a diretoria executiva da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) reafirmou as decisões da Conferência Nacional da categoria, realizada em Novembro passado, em especial a luta contra a implantação de contratos de horistas e pisos salariais rebaixados.


Neste ano, em quase todas as mesas de negociação pelo país afora, o patronato tem insistido e até chantageado as lideranças da categoria, querendo usar as convenções coletivas para permitir a contratação de vigilantes sob o regime de horista. O horista trabalha algumas horas por dia e recebe por mês apenas o valor correspondente a estas horas. Em muitos casos, a remuneração não passa de R$ 600. No Rio Grande do Sul os vigilantes e os Sindicatos de luta combatem uma herança maldita que permitiu varias dessas anomalias. Em Minas Gerais, os sindicatos pautaram neste ano o combate aos abusos neste tipo de regime previsto na CCT há alguns anos. As convenções de São Paulo e Santa Catarina também permitem a figura do horista.


Os advogados da CNTV e dos Sindicatos já estudaram o tema, dizem que a CLT até permite este tipo de contratação, mas só em caráter muito excepcional, não para suprir reserva técnica, horário de almoço, etc. Mas se os Sindicatos permitirem, “pode tudo”.

Fonte: CNTV

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Carta da CNTV repudia instrução normativa do Secretario de Relações do Trabalho no apagar das luzes de 2014

Em 31 de dezembro de 2014, as entidades sindicais foram surpreendidas com a publicação da Instrução Normativa nº 19, que estabelece “os procedimentos administrativos de verificação periódica a ser realizada por esta Secretaria de Relações do Trabalho no que tange à manutenção, pelas entidades sindicais de grau superior, do número mínimo de entes filiados, nos termos dos artigos 534 e 535 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT”.

Diante do conteúdo da Instrução Normativa, o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) encaminhou uma carta ao Secretário de Relações do Trabalho, Manoel Messias, manifestando sua insatisfação com os equívocos, ilegalidades e abusos do texto. Sem questionar a competência legal do MTE de normatizar e registrar as entidades sindicais, a diretoria da CNTV acredita não se tratar de uma simples e corriqueira medida.

De acordo com os termos da Instrução, deixa de ser um mero ato administrativo quando o MTE toma para si o poder de normatizar, fiscalizar, sancionar e punir, sem base legal, uma vez que esta competência é do judiciário. O que seria um ato administrativo transforma-se em sanção motivada pela ansiedade ou sede punitiva.

A manutenção da regularidade sindical deixa de ter um ato saudável a partir do momento que o MTE desconhece os estatutos das entidades e ampara a verificação de regularidade apenas por uma eventual declaração ou informação apresentada diretamente sobre filiação e desfiliação. Em tempos democráticos, o Estado não pode atribuir para si a tarefa de receber os pedidos de filiação ou desfiliação das entidades sindicais ou dos trabalhadores com os sindicatos.

Na carta, a CNTV expressa ainda que é preciso preservar o diálogo, o respeito, a legalidade e a democracia - pilares que sustentam a luta da Classe Trabalhadora e que já nortearam a trajetória de vida do secretário Manoel Messias. Gera estranheza que um dirigente do Estado, oriundo da CUT, proponha uma norma contra os princípios fundamentais desta Central - liberdade e autonomia sindical, onde cabe somente aos trabalhadores estabelecer os meios de organização.


Fonte: CNTV

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Pagamento de adicional de periculosidade aos vigilantes

Já está regulamentado o pagamento do adicional de periculosidade aos vigilantes, e os empregadores que não cumprirem tal determinação, possivelmente serão acionados na Justiça do Trabalho, podendo eventualmente ser oficiados ao M.P.T.

Antes da publicação da Lei n° 12.740/12, as empresas de segurança patrimonial e/ou pessoal pagavam aos vigilantes um adicional de risco de vida seguindo a previsão das Normas Coletivas, e o percentual devido variava de região para região. Em São Paulo, por exemplo, este percentual girava em torno de 15%.

Tendo em vista que as Normas Coletivas eram esparsas e percentuais distintos de uma região para outra foi criada a Lei n° 12.740/12, que modificou o artigo 193 da CLT, inserindo o inciso II ao mesmo.

Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei no 12.740, de 2012).

I - inflamáveis explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei no 12.740, de 2012).

II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei no 12.740, de 2012).

§ 1o - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. (Incluído pela Lei no 6.514, de 22.12.1977)

§ 3o Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. (Incluído pela Lei no 12.740, de 2012)...

Com a publicação da Lei 12.740/12 em dezembro de 2012, nosso escritório defendeu ao longo do ano de 2013 inúmeras ações requerendo referido acréscimo salarial a título de adicional de periculosidade. Contudo, poucas ações destas obtiveram êxito neste período, uma vez que a referida lei dependia de regulamentação do Ministério do Trabalho.

Referida lei foi regulamentada pela Portaria no 1.885 do Ministério do Trabalho e Emprego e, entrou em vigor no dia 03/12/2013, concedendo à categoria dos vigilantes o direito à percepção do adicional de periculosidade, percentual de 30% do seu salário normativo.

A Portaria n° 1.885/13 previu o desconto ou compensação do adicional de outra espécie, mas da mesma natureza já concedidos aos vigilantes, de tal forma que a obrigação seria de pagar apenas o percentual a complementar os 30% concedidos a título de adicional de periculosidade.

Desta forma, já está regulamentado o pagamento do adicional de periculosidade aos vigilantes, e os empregadores que não cumprirem tal determinação, possivelmente serão acionados na Justiça do Trabalho, podendo eventualmente ser oficiados ao Ministério Público do Trabalho.

Fonte: Jus Navigandi

Fala CNTV

A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) encabeçou a luta pelo adicional de periculosidade e, junto com a mobilização dos vigilantes, garantiu esta conquista para a categoria.


A entidade relembra que, caso o trabalhador não esteja recebendo os valores referentes ao adicional, denuncie junto ao sindicato de sua região e à CNTV para que sejam adotadas medidas cabíveis.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Novas regras do seguro-desemprego podem trazer prejuízos, alega o Dieese

O coordenador de atendimento sindical do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Airton Santos, afirmou à Rádio Brasil Atual nesta quarta-feira (14) que as mudanças propostas pelo governo federal por meio das Medidas Provisórias 664 e 665, que abarcam uma série de temas relacionados à seguridade social e alteraram regras em relação à pensão por morte, auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, abono salarial e seguro-desemprego, entre outras, são preocupantes para os trabalhadores.
As medidas são justificadas pelo governo para se coibir desvios e fraudes que estariam onerando os cofres da Previdência Social. Em relação ao seguro-desemprego, a regra anterior previa que após seis meses de contribuição ao INSS, o trabalhador demitido sem justa causa teria direito de receber o beneficio. Agora, para ter acesso ao benefício, o trabalhador precisa estar empregado por no mínimo 18 meses.
O coordenador do Dieese chama a atenção para a alteração no seguro-desemprego em um contexto de alta rotatividade. "Em determinados setores e segmentos econômicos da produção, a rotatividade é de 100% ao ano. Na construção civil, por exemplo, é tremenda. Mesmo na indústria, a rotatividade é de pelo menos 30% ao ano. Nos serviços, é de 70%. Essa é uma característica perversa do mercado de trabalho brasileiro."
"Não é vontade do trabalhador ser dispensado antes dos 18 meses, ele é mandado embora", disse Santos, ressaltando que o jovem é o mais afetado, pois, além da dificuldade em conseguir se inserir no mercado, faz parte do grupo que mais roda.
"É uma parcela vulnerável nesse sentido. O seguro-desemprego acudia suas necessidades financeiras até conseguir colocação no mercado novamente. Isso não vai acontecer mais", lamenta, apontando para o risco social em se deixar os jovens sem a assistência. "Essa medida vem no sentido de economizar, mas é realizada às custas do sacrifício da pirâmide social. Parece que para o topo da pirâmide não sobrou nada ainda", alerta Airton.
Outro ponto destacado pelo coordenador é que as medidas não foram negociadas com os representantes dos trabalhadores. "Foram baixadas as medidas provisórias sem falar com as centrais sindicais, sem nenhum diálogo. Se existem abusos e malversação, que se fiscalize e se coíba de fato."
Santos apresenta ainda uma alternativa: "Pode-se eventualmente até aceitar essa medida, desde que o país acate a Convenção 158 da OIT, que versa sobre demissões imotivadas. Não seriam dispensados a torto e a direita, como ocorre".

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Campanha Salarial 2015/2016 - Calendário de Assembleias de montagem de pauta

A direção do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região, antenada com a campanha salarial 2015, já montou a agenda de assembleias gerais extraordinárias para a montagem da pauta de negociação salarial 2015/2016.

Fique atento para as datas das reuniões em sua cidade:

Dia 16/01 - 19:00hs - Três Rios (Local: Subsede do Sindicato na Praça da Autonomia, sala 501)
Dia 19/01 - 19:00hs - Teresópolis (Local: Sede do Sindicato dos Porteiros - Avenida Lúcio Meira, 330, sala 704)
Dia 20/01 - 19:00hs - Petrópolis (Local: Sede do Sindicato dos Vigilantes - Rua Paulo Barbosa, 233, centro)

Não deixe de comparecer e participar da construção de uma pauta de reivindicações que pode mudar o seu futuro. Sua presença é peça fundamental para contribuir com uma negociação mais fundamentada e forte. 

Imprensa Sindical RJ - wmcnoticias@gmail.com

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Multas da Polícia Federal contra bancos atingiram R$ 19 milhões em 2014


A Polícia Federal (PF) aplicou multas de R$ 19,062 milhões contra 20 bancos por falhas na segurança de agências e postos de atendimento bancário, durante as quatro reuniões ocorridas em 2014 da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. O montante significa um crescimento de 535,90% em relação a 2012, quando os bancos foram multados em R$ 3,557 milhões. 

O levantamento foi elaborado pelo Dieese, com dados da Contraf-CUT, que representa os bancários na CCASP. Também integram a CCASP representantes do governo e entidades dos vigilantes e dos empresários. A Febraban é a porta-voz dos bancos.

O Banco do Brasil foi bicampeão, com multas de R$ 5,089 milhões, seguido do Itaú com R$ 4,585 milhões, do Bradesco com R$ 3,449 milhões, do Santander com R$ 2,986 milhões, da Caixa Econômica Federal com R$ 1,593 milhão e do HSBC com R$ 557,61 mil.

O crescimento das multas é resultado do aumento da quantidade de reuniões da CCASP (em 2012 ocorreram somente três), o que representou o julgamento de maior número de processos contra bancos, abertos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp), por causa do descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e de portarias da Polícia Federal. 

As multas foram aplicadas em reuniões da CCASP, presididas pela delegada Silvana Helena Vieira Borges, titular da Coordenadoria-Geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP).

As principais irregularidades punidas foram o número insuficiente e a falta de rendição de vigilantes no horário de almoço, alarmes e portas giratórias inoperantes, transporte de valores feito ilegalmente por bancários, inauguração de agências sem plano de segurança aprovado pela PF e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outras.

Nas reuniões da CCASP houve também aplicação de multas e outras penalidades contra empresas de segurança, vigilância e transporte de valores e cursos de formação de vigilantes, igualmente por descumprimento da legislação federal e das normas da Polícia Federal. 

Bancos não priorizam segurança

"Essa aplicação de multas revela, por um lado, que melhorou o trabalho da Polícia Federal, e por outro que os bancos não priorizam a segurança dos estabelecimentos", avalia o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. 

"Os bancos ainda enxergam a segurança como custo, que pode ser reduzido para aumentar ainda mais os lucros, e por isso agem com negligência, em vez de respeitarem a legislação e fazerem mais investimentos para prevenir assaltos e sequestros e proteger a vida dos bancários, vigilantes e clientes", salienta Ademir.

"Essas multas comprovam que os bancos continuam atuando com descaso na segurança dos estabelecimentos. Todos esses recursos poderiam estar sendo investidos na preservação da segurança dos bancários, vigilantes, clientes e comunidade em geral", afirma o diretor da Fetrafi-RS e representante da Contraf-CUT nas últimas reuniões da CCASP, Lúcio Mauro Paz.

"Precisamos intensificar em 2015 as denúncias acerca do descumprimento da legislação federal de segurança bancária junto à Polícia Federal, a fim de ampliar a fiscalização para forçar os bancos a respeitarem essa lei que protege a vida de trabalhadores e clientes", defende Lúcio.

"Esperamos que em 2015 os bancos tratem a segurança com zelo e prioridade e façam mais investimentos, porque recursos financeiros não faltam para o setor que apresenta ano a ano lucros cada vez mais abundantes", enfatiza Ademir.

Conforme estudo do Dieese, com base nos balanços publicados, os cinco maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander) lucraram R$ 28,3 bilhões no primeiro semestre de 2014, enquanto as despesas de segurança e vigilância somaram R$ 2,4 bilhões, o que representa média de 8,6% em relação aos lucros auferidos.

A pesquisa nacional feita pela Contraf-CUT em parceria com a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) revelou que houve 32 mortes em assaltos envolvendo bancos no primeiro semestre deste ano, reforçando o descaso dos bancos com a segurança. "É inaceitável que tenhamos mortes, feridos e pessoas traumatizadas por falta de segurança nos bancos", ressalta Ademir.

"Além de mais investimentos dos bancos em segurança, esperamos que o segundo governo Dilma retome a análise do projeto de lei do estatuto de segurança privada, em elaboração no Ministério da Justiça. Queremos a atualização com avanços da lei nº 7.102/83, garantindo novos equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros e colocando a proteção da vida das pessoas em primeiro lugar", conclui o dirigente da Contraf-CUT.

A próxima reunião da CCASP em 2015 está agendada para o dia 4 de março.

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

Vigilantes da Prosegur ficam sem água e paralisam atividades

O ano já começou com registro de descaso da Prosegur. No Rio Grande do Norte, vigilantes foram empurrados pela empresa para uma paralisação na manhã desta segunda-feira (5).

O motivo foi a falta de água na sede da empresa. Desde domingo, quando a bomba que puxa a água para fazer o abastecimento do local quebrou, os patrões vinham enrolando para providenciar o conserto, penalizando os trabalhadores.Em resposta, o Sindicato dos Vigilantes de Transporte de Valores do Rio Grande do Norte (Sindforte-RN) se juntou aos funcionários da empresa em uma paralisação de advertência.

Segundo o presidente do Sindforte-RN, Tertuliano Santiago, os vigilantes foram obrigados a utilizar água do hidrante. “Se ocorresse um incêndio, todos ostrabalhadores estariam em risco. Não seria possível combater o fogo antes da chegada do Corpo de Bombeiros”, afirmou.

Mais uma vez, a mobilização dos trabalhadores surtiu efeito. Ao final da manhã, um caminhão pipa já havia chegado ao local, juntamente com uma nova bomba para que a troca fosse efetuada.

“Ainda assim, estamos todos indignados. Deixaram os trabalhadores sem água, em situação insalubre, usando água do hidrante”, disse Santiago. “Isso é Prosegur, a bela multinacional que temos no Brasil”, desabafou.


Fonte: CNTV