segunda-feira, 22 de junho de 2020

Patronal usa MP 936/20 para cancelar reunião da campanha salarial

O Sindesp/RJ, sindicato patronal, enviou comunicação na manhã desta segunda-feira(22/06) aos Sindicatos dos Vigilantes (laboral) de todo Estado cancelamento a reunião por videoconferência agendada anteriormente para o dia 23 de junho.

Os empresários usam a aprovação da MP 936/2020 como subterfúgio para a não realização da reunião que discutiria uma proposta de reajuste salarial da categoria.

A MP 936/2020 foi aprovada na última semana pelo Congresso Nacional. A Medida Provisória do governo Bolsonaro prejudica os trabalhadores e retira direitos, autorizando a suspensão dos contratos de trabalho e dos pagamentos de salários.

“Esperamos que as empresas nos tragam uma nova proposta ainda essa semana e que não venham com nenhuma tentativa de impor a MP 936. Nossa convenção já está atrasada por conta da pandemia e os trabalhadores não podem mais esperar para ter seus reajustes e a correção das perdas do período”, afirma Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

20 de junho - Dia do Vigilante - unidade e conquistas

Uma categoria muitas vezes incompreendida na sua atividade real. Vigilantes, sim. Vigilantes, trabalhadores em segurança privada, somos mais de dois milhões em todo Brasil.

Não exercemos uma atividade qualquer. Todos, sem exceção são cursados, com vida limpa e registrados na Polícia Federal.

Estamos presentes em todos os espaços da vida nacional, da maternidade ao cemitério, cuidando da vida de pessoas e do patrimônio, com histórico de lutas, conquistas e desafios.

Não aceitamos mais ser usados como moedas de troca ou instrumento político. Troca sim, troca de vigilantes por controlador de acesso, por vigia, por segurança comum.

Buscamos através dos nossos sindicato a valorização profissional e enfrentamos caciques empresariais que muitas vezes sugam nosso suor e não nos valorizam como deveria.

Mas somos incansáveis, com nossa organização e luta já tivemos algumas conquistas como a reblindagem dos carros-fortes, a jornada 12×36, os coletes balísticos como EPI, atuamos na Copa do Mundo, conquistamos o Adicional de Periculosidade e a lei anticalote.

Queremos muito mais. Queremos o Piso Nacional dos Vigilantes, a valorização da profissão e condições de trabalho melhor.

20 de junho é o nosso dia. Dia do Vigilante – data importante para comemorarmos, mas também para relembrar as conquistas e os desafios.

Parabéns Vigilantes!

Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Campanha Salarial 2020: Patronal insiste em reajuste zero e nova reunião é marcada para 23/06

Nesta quarta-feira (17/06), aconteceu mais uma reunião dos sindicatos dos trabalhadores vigilantes com o Sindesp/RJ, sindicato que representa as empresas de segurança e vigilância privada no estado do Rio.

Por conta da pandemia do novo coronavírus, a reunião foi novamente realizada por vídeo conferência.

Os patrões insistem em não dar nenhum reajuste nos salários e nos tíquetes de alimentação. Eles alegam que os clientes não aceitariam o repasse desses reajustes nos contratos alegando a crise por conta da pandemia da Covid-19.

No entanto, os Sindicatos dos trabalhadores reafirmaram que não vão aceitar reajuste zero e reivindicaram, pelo menos, a reposição da inflação do período para corrigir as perdas salariais do último ano. A correção também foi pedida para o tíquete alimentação.

“Afirmei na reunião e reafirmo que a categoria não aceita reajuste zero. O Sindicato não vai apresentar uma proposta absurda dessa em assembleia. A rejeição será certa”, disse Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região.

Diante do novo impasse, patronal e sindicatos dos trabalhadores marcaram uma nova reunião para o dia 23 de junho, a pedido do presidente do Sindesp/RJ para que o patronal apresente uma nova proposta.

“Esperamos que os empresários contemplem os pedidos da categoria. As empresas têm condições para isso”, conclui Linhares.

Reuniões não são secretas

Muitos vigilantes têm usado as redes sociais para criticar o sindicato afirmando que as reunião são feitas secretamente. No entanto, as acusações não procedem, uma vez que as entidades que representam os trabalhadores solicitaram a transmissão para toda categoria dos encontros.

Acontece que o Sindicato patronal encaminhou ofício a todos os sindicatos proibindo a transmissão ou gravação das reuniões. Veja o ofício encaminhado pelo patronal abaixo.


quarta-feira, 17 de junho de 2020

Câmara aprova medida que mexe em regras trabalhistas durante o período de pandemia

Com 332 votos a favor e 132 contra, o plenário da Câmara aprovou na tarde desta quarta-feira (17) o texto-base da Medida Provisória 927, que trata de regras trabalhistas durante o período de pandemia. Entre outras alterações, a MP, editada em 22 de março, permite antecipação de férias e de feriados, além de concessão de férias coletivas e teletrabalho, durante o estado de calamidade pública, que é válido até dezembro.

 

A sessão virtual de hoje teve divergências no plenário. Enquanto os deputados favoráveis afirmavam que a MP 927 dá “fôlego” aos empresários, parlamentares críticos à medida faziam restrições. “É uma nova reforma trabalhista, é fazer do emprego um trabalho escravo”, afirmou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), segundo a Agência Câmara.

 

Alguns deputados tentaram, inclusive, adiar a votação. “Vivemos um momento em que se busca um objetivo comum que se sobrepõe aos interesses individuais: a preservação de empresas e de empregos, sem abrir mão da proteção da saúde dos trabalhadores”, disse o relator do projeto de lei de conversão à MP, Celso Maldaner (MDB-SC).

 

Feriados e teletrabalho

 

Entre as emendas incluídas, está a que permite desconto, das verbas rescisórias, de férias antecipadas se no caso de pedido de demissão o período de aquisição não tiver sido cumprido. O relator também retirou a necessidade de concordância do empregado, por escrito, na antecipação de feriados religiosos. Compensação de período acumulado em banco de horas pode ser feita nos fins de semana.

 

O artigo 4º trata especificamente do chamado home office. E estabelecer que, durante o período de calamidade, “o empregador poderá, a seu critério, alterar o regime de trabalho presencial para o teletrabalho, o trabalho remoto ou outro tipo de trabalho a distância e determinar o retorno ao regime de trabalho presencial, independentemente da existência de acordos individuais ou coletivos”.

 

Outro item criticado pela oposição é que autoriza empresas a criar um banco de horas para que o empregado compense, em até 18 meses, o período não trabalhado durante a pandemia. “Isso vai obrigar o trabalhador a trabalhar aos feriados e domingos”, afirmou o deputado Rogério Correia (PT-MG).

Com informações da Agência Câmara

“Auxílio emergencial precisa ser estendido e no mesmo valor”, afirma Dieese

O auxílio emergencial precisa ser estendido por mais tempo e no mesmo valor de R$ 600. Na avaliação do diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, as famílias brasileiras dependem desse benefício atualmente, e continuarão precisando dele no pós-pandemia.

 

Na avaliação do especialista, é preciso vontade política da equipe econômica do governo Bolsonaro, porque o momento é fora do comum. “O auxílio precisa ser estendido e no mesmo valor. Na época, o governo propôs R$ 200 e os parlamentares colocaram em R$ 600. Porém, a gente viu, durante esses meses de pandemia, que o benefício é fundamental para garantir a sobrevivência de milhões de famílias”, afirmou, em sua coluna no Jornal Brasil Atual.

 

Na última quinta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro disse, em sua live semanal transmitida pelo Facebook, que irá vetar eventual decisão do Congresso Nacional de prorrogar o pagamento do auxílio emergencial. Ele se colocou contrário à manutenção do valor de R$ 600 por mais dois meses, além das três parcelas inicialmente previstas. Segundo a equipe econômica do governo, se o auxílio for mantido, o valor será pela metade.


Fausto critica a postura do governo de desassistência à população. “O governo retirou pessoas do Bolsa Família, acabou com a tentativa de melhorar a distribuição de renda e precisamos fazer esse debate novamente. Se o Estado parar de atender as famílias pobres, a desigualdade vai aumentar ainda mais, quando foi provado a eficácia dessas políticas sociais”, lamentou.


Em um ano, o governo Bolsonaro já excluiu do programa Bolsa Família 1 milhão de famílias. No primeiro semestre de 2019 eram 14,3 milhões, número que caiu para 13,5 milhões em setembro.


Fonte: Rede Brasil Atual

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Em nova reunião, Sindicatos reafirmam garantias de direitos da CCT e recomposição salarial

Aconteceu nesta terça-feira (09/06) uma nova reunião da Campanha Salarial 2020 dos vigilantes do Estado do Rio entre o sindicato patronal e os sindicatos que representam os trabalhadores.


Em pauta, a discussão de uma proposta para os vigilantes que estão com os contratos suspensos ou com a jornada reduzida e a extensão dos direitos das atuais Convenções Coletivas, conforme proposto pelo Ministério Público do Trabalho.

 

A reunião aconteceu por videoconferência conforme alinhado durante audiência pública no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no último dia 1º de junho.

 

O SINDESP/RJ, sindicato patronal, propôs a reabertura das negociações com objetivo de assinar uma nova Convenção Coletiva. Chegando a um acordo, se resolveria de vez as todos as questões de reivindicações e divergências.

 

A reabertura é válida e tanto que os Sindicatos que representam os trabalhadores, inclusive o Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região, apresentaram sugestões como a antecipação da próxima data-base para 1º de janeiro, antecipando em dois meses a próxima negociação e facilitando a composição dos retroativos.

 

O intuito foi deixar claro aos patrões que os Dirigentes Sindicais dos Vigilantes não aceitam a extensão da atual convenção coletiva até o dia 28 de fevereiro do próximo ano e o congelamento dos salários, conforme proposto pela patronal.

 

Não ficou descartado a assinatura de uma nova Convenção Coletiva que garanta os direitos e a recomposição salarial dos vigilantes. Uma nova reunião vai definir os próximos passos.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Chico Vigilante alerta a vigilantes terceirizados

O deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) divulgou um vídeo no qual lança um alerta aos vigilantes e trabalhadores terceirizados em geral. Segundo ele, é preciso que os trabalhadores se unam em torno dos seus sindicatos para lutar por seus empregos e sua sobrevivência, diante da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. 

“Estamos no meio da maior crise da nossa história, que a gente não sabe aonde vai dar, a única coisa que eu sei hoje é que vai ter muito desemprego, muito atraso de salário, certamente vai ter empresas quebrando e vamos ter que estar unidos para enfrentar o drama todo que virá pela frente, é uma situação muito difícil e de incertezas”, disse Chico. 

Segundo ele, a economia está parada, o PIB brasileiro – que é a soma de tudo que é produzido e dos serviços do país – deve cair por volta de 10%¨esse ano. Para piorar, “o presidente (Jair Bolsonaro) só sabe brigar com os outros poderes, desafiar os outros poderes” e não tem um programa para tirar o Brasil da crise. 

Lembrou que muitos não acreditaram quando avisou que a reforma trabalhista ia gerar desemprego e não geraria nenhum emprego. A mesma coisa quando falou que a reforma da Previdência ia gerar muito sofrimento para os trabalhadores e o resultado já se conhece: nenhum emprego a mais e ficou muito mais difícil de as pessoas se aposentarem. 

"O Chico Vigilante tem larga experiência na nossa área e conhece bem as movimentações políticas. Por isso, é sempre bom escutarmos seus alertas. A categoria precisa ficar atenta com o que está por vir neste pós pandemia. O Sindicato vai, como sempre, ficar ao lado do vigilante", afirma Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Levantamento aponta mais de 800 de vigilantes infectados pela COVID-19


Considerada uma categoria essencial para a segurança de bancos, hospitais, lojas, shoppings, supermercados, entre outros, os vigilantes não têm o reconhecimento devido, mas são esses profissionais que fazem o primeiro atendimento quando o paciente chega a estes locais.

Sem o devido reconhecimento mesmo estando na linha de frente em locais onde o risco de contágio é extremamente alto, nós, vigilantes, estamos sendo contaminados e morrendo por causa da COVID 19, mas ainda não vimos homenagem em nenhum órgão público, jornal impresso ou de televisão ou em nenhuma matéria paga, em agradecimento por participarmos desta batalha.

Apesar de invisível aos olhos de muita gente, o setor da segurança privada trava uma verdadeira guerra contra a COVID-19. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilantes (CNTV), em todo o país, mais de 800 vigilantes já foram vítimas da doença e, desses, 96 perderam a vida.

A CNTV se baseou em informações passadas por sindicatos filiados em todo o Brasil. Entretanto, o número pode ser bem maior por conta das subnotificações e dificuldades em acompanhar um dado que muda tão rapidamente.

“O número de infectados é mais difícil de ser mapeado por conta da falta de testes e pela precariedade das informações que chegam. Mesmo assim conseguimos reunir informações para mapear a doença de maneira satisfatória”, explica o presidente da CNTV, José Boaventura.

Segundo a CNTV, os sindicatos cruzaram informações das secretarias municipais de saúde e da imprensa com seus bancos de associados, além de informações passadas por familiares das vítimas.

De acordo o mapeamento feito pela CNTV, o Estado com mais casos de infecções é o Amazonas (186), seguido pelo Distrito Federal (135) e por Pernambuco (134). Na cidade Manauense já foram contabilizadas 13 mortes, perdendo neste quesito para o Estado do Rio de Janeiro, onde foram contabilizadas 15 mortes.

“Alguns Estados não entram na contagem porque não foi possível confirmar as informações”, diz Boaventura.