sexta-feira, 29 de abril de 2016

Senado adia audiência púbica sobre Piso Nacional dos Vigilantes

O Sindicato e a CNTV receberam um comunicado do Senado Federal no fim da tarde desta sexta-feira (29) informando o adiamento da audiência pública sobre o Piso Nacional dos Vigilantes que aconteceria no próximo dia 09 de maio em Brasília. No mesmo dia, acontecerá o início da votação do processo de impeachment da Presidente da República o que pode ter sido crucial para o adiamento.

A nova data para o lançamento do Piso Nacional dos Vigilantes no Senado Federal será em 06 de junho.


Um terço das armas roubadas de firmas de segurança no Rio em 2015 pertencia a empresa de ex-comandante do Bope

As empresas de segurança que atuam no Estado do Rio foram alvo, em 2015, de 417 roubos, furtos ou extravios de armas — média de mais de um armamento perdido por dia, portanto. Desses casos, mais de um terço (35%) dizem respeito à firma Solidez Segurança e Vigilância, que tem como sócios os irmãos Fernando Príncipe Martins, coronel reformado da Polícia Militar, e Marcelo Príncipe Martins. Os dados, obtidos com exclusividade pelo EXTRA, foram remetidos há uma semana pela Polícia Federal (PF) à CPI das Armas, em curso na Assembleia Legislativa do Rio .

O levantamento aponta ainda que foram perdidos 138 coletes e 4.361 balas ao longo do ano, por um total de 48 empresas. Mais uma vez, a Solidez concentra 44,5% e 39,6% dos casos, respectivamente, muito à frente das outras firmas do setor — veja mais no infográfico abaixo.

Os documentos enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito incluem também um número considerado “alarmante” pelo presidente da CPI, o deputado estadual Carlos Minc (sem partido). Segundo a Divisão de Controle Operacional de Fiscalização da PF, há, hoje, um total de 17.662 armas de fogo vinculadas a empresas de segurança privada na situação “roubada, furtada ou perdida”.

— Eu fiquei estarrecido. Ainda que não sejam fuzis, mas em maioria pistolas, revólveres e carabinas, a maior parte dessas armas vai parar nas mãos de bandidos. Sem tratar de nenhum caso específico, suspeitamos fortemente de que algumas dessas firmas, ainda que poucas, possam ser uma fachada para o tráfico de armas — afirmou Minc.

Ex-comandante do Bope

Ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e conhecido pela linha dura, Fernando Príncipe coleciona polêmicas em sua trajetória. Em 2012, parado na Lei Seca guiando um Porsche de R$ 650 mil, negou-se a fazer o teste do bafômetro e acabou multado.

Fuzil com traficantes

No ano seguinte, um fuzil registrado no nome do coronel foi apreendido com traficantes da Serrinha, em Madureira. Na época, Príncipe alegou ser colecionador e disse ter repassado informalmente as armas a um capitão da PM.

Autorização da PF

Uma portaria de 2012 prevê punições para a empresa de segurança que alienar “arma, munição ou outros produtos controlados”, sem autorização da PF. As firmas também não podem armazenar o material em “local inadequado”.

Prazo de 24 horas

As empresas têm, ainda, a obrigação de comunicar furtos, roubos ou extravios em no máximo 24 horas. Elas, contudo, só podem sofrer sanções se ficar “configurada negligência” durante a ocorrência em questão.

Resposta da PM

Questionada sobre a fala de Fernando Príncipe, a Polícia Militar informou que “realiza a ‘Operação Carga Segura’ para coibir o roubo de cargas na Avenida Brasil, na região de Guadalupe, de Acari e de acessos às principais rodovias”.

‘O que há é um apequenamento do estado’

Entrevista com Fernando Príncipe, coronel reformado da PM e sócio da firma Solidez

O que a Solidez tem a dizer?

A nossa empresa lamenta muito essa situação, porque está no mercado numa atividade comercial que é legalizada. De um tempo pra cá, a gente acabou verificando o apequenamento da capacidade do estado em combater esse tipo de crime (roubo de carga). A minha firma, por exemplo, prestava serviço para a Souza Cruz até janeiro. Todos esses casos são referentes à escolta armada que fazíamos para essa empresa, com 18 carros por dia.

Como reduzir esses casos?

Mudamos os nossos procedimentos. Informamos à Souza Cruz que só faríamos a escolta em áreas como São Gonçalo e Pedreira se pudéssemos adotar um modelo com mais de um veículo e dois vigilantes, para termos um emparelhamento numérico com os criminosos, mas a empresa não concordou. Nosso prejuízo estava muito elevado.

Como você vê os dados da CPI?

Fico ansioso para ser convocado e poder verificar esses dados pessoalmente, além de pedir providências ao poder público. A origem do problema não está na segurança privada, mas no estado, que é incompetente.
Fonte: Jornal Extra

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Com participação do Sindicato, UGT realiza seminário sobre os trabalhadores e a crise em São Paulo


A crise econômica e política que o Brasil vem enfrentando nos dias atuais tem refletido diretamente no trabalhador. Diminuição de investimentos, demissões de funcionários, impostos mais caros, inflação em alta são apenas alguns problemas enfrentados pela classe atualmente. Como lidar com esse momento? O que fazer para enfrentar a crise? Pensando no trabalhador, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), em parceria com o Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realiza o Seminário Trabalhadores e Trabalhadoras em Tempos de Crise: Construindo Alternativas, que acontece dias 25 e 26 de abril, em São Paulo, como parte da programação do Dia Internacional do Trabalho, 1º de Maio. Também como parte das festividades será realizada a exposição fotográfica “Os Trabalhadores e os 100 Anos do Samba”, que ficará em cartaz na Avenida Paulista, um dos principais cartões postais da cidade de São Paulo.

O Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região participa do Seminário representado pelos diretores Adriano Linhares (presidente) e Luiz Calsavara. 

A UGT pretende com o seminário fazer um convite à reflexão sobre o momento que o Brasil vem passando, fazendo com que o trabalhador analise o seu papel nessa conjuntura. “Ao contrário de outras centrais sindicais, nós iremos focar na crise social, política e econômica e situar o trabalhador nesse meio. Nossa pauta de discussões incluirá três momentos que o país vem vivenciando: crise política e econômica; centenário do samba; e as Olimpíadas Rio 2016, temas que estão relacionados diretamente ao problema do emprego e das condições de trabalho. Será bem interesse e contamos com a participação de todos os trabalhadores”, diz Ricardo Patah, presidente da União geral dos Trabalhadores (UGT).


Programação

Os temas que serão discutidos no Seminário já estão definidos. No primeiro dia, 25 de abril, a primeira mesa do dia será sobre Crise Política e Econômica Brasileira e o Cenário Internacional – Diagnóstico da crise política e econômica: Quais as bases de um projeto de desenvolvimento inclusivo e sustentável, com Luiz Gonzaga Belluzzo, economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Faculdade de Campinas (Facamp); Waldir José de Quadros, economista e professor da Facamp; Luiz Alberto de Souza Aranha Machado, vice-diretor e professor, da Fundação Armando Álvares Penteado; e Alberto Aggio, historiador e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A segunda mesa do dia, às 14h30, terá como tema Trabalho e Esporte: os impactos das Olimpíadas, com o jornalista Juca Kfouri e Marcelo W. Proni, professor da Unicamp. A terceira mesa, que acontece às 16h30, será sobre Trabalho e Cultura: Centenário do Samba – Letras que cantam a luta dos trabalhadores, com Valéria Lima Guimarães, historiadora e professora.

No segundo dia, às 8h30, na primeira mesa do dia será debatido Desemprego, Trabalho Escravo, Direitos Trabalhistas, Previdência, Crise e Futuro do Sindicalismo, com Anselmo Luis dos Santos, José Dari Krein e Armando Boito, todos professores da Unicamp; Lena Lavinas, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e João Carlos Teixeira, procurador e coordenador da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis).

Fonte: UGT

terça-feira, 19 de abril de 2016

Superintendente do Trabalho no Rio recebe dirigentes sindicais de Petrópolis


Nesta terça-feira (19), o Superintendente Regional do Trabalho no Rio de Janeiro, Robson Leite, recebeu uma comitiva do Movimento Sindical de Petrópolis onde foram apresentados várias denúncias sobre irregularidades cometidas por empregadores. O Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região foi representado pelo diretor Luiz Calsavara.

Calsavara apresentou ao Superintendente uma lista de empresas que estão constantemente descumprimento a CLT com atrasos de salários, tíquetes alimentação, 13º salário fora do prazo e também aquelas empresas que estão empregando vigilantes horistas, descumprindo a Convenção Coletiva.

Segundo Calsavara, o representante do Ministério do Trabalho e Emprego, Robson Leite, garantiu investigar todas as denúncias e tomar providências contra os infratores. O Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis tem diversas denúncias protocoladas na Delegacia Regional de Petrópolis sobre as irregularidades cometidas pelas empresas de segurança.

Imprensa SindVigPetrópolis

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Vigilantes da Caixa terão assentos nas agências

A pedido dos Sindicatos dos Vigilantes de Petrópolis e região, Niterói e região e Duque de Caxias a Caixa Econômica Federal informou que vai iniciar a implantação do assento para os vigilantes nas agências a partir do mês de maio. A notícia foi comunicada pelo Gerente de Segurança da CEF no Rio de Janeiro – GISEG, José Guilherme Nóbrega de Almeida, em reunião com os presidentes dos Sindicatos na manhã desta quinta-feira (14/04).

Inicialmente serão contempladas as agências de Niterói e São Gonçalo e, em seguida, Petrópolis, Três Rios, Teresópolis e Duque de Caxias. O assento é uma reivindicação antiga dos vigilantes que reclamavam de dores por ficarem em pé por muitas horas.

“Foi uma conquista muito importante. Nós levamos a reivindicação dos trabalhadores para as reuniões da CCASP em Brasília e com isso sensibilizamos a Caixa Econômica para atender nosso pedido. O assento vai possibilitar que os vigilantes se revezem nas agências após longo período em pé. Os Sindicatos de Niterói, Caxias e Petrópolis trabalham unidos em prol da categoria. O Guilherme também já nos adiantou que vai estender a medida para todo o Estado do Rio. Mais vigilantes serão beneficiados”, avalia Cláudio José, presidente do SVNIT.

A medida atende também à regulamentação da NR-17 que visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados também ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

“Os municípios abrangidos pelos Sindicatos de Petrópolis, Caixas e Niterói serão os primeiros a serem beneficiados com a implantação dos assentos nas agências. Isso é o resultado do trabalho sério que realizamos junto com a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV). Agora, vamos levar essa reivindicação para os demais bancos”, acrescenta Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis.

A Gerência de Segurança da Caixa no Rio de Janeiro tem sido parceira dos Sindicatos nas questões que melhoram as condições de trabalho para os vigilantes e, consequentemente, a qualidade do serviço prestado.


“Esse diálogo aberto com GISEG da Caixa nos permite melhorar ainda mais as condições de trabalho para os vigilantes. Hoje, conseguimos atender a uma reivindicação antiga dos trabalhadores. Esse é o papel do sindicato”, afirma Carlos Gil, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Duque de Caxias.



Willian Chaves
WMC Comunicação

terça-feira, 12 de abril de 2016

Cerco está fechando: PF combate empresas clandestinas


Coletes não balísticos apropriados ao acondicionamento de armas de fogo, rádios transmissores, distintivos e camisetas de identificação de empresas que não teriam autorização para fazer a segurança de empreendimentos privados foram apreendidos, ontem, por agentes da Polícia Federal (PF), em Maceió e Arapiraca. Há suspeitas de que os negócios tenham como responsáveis indiretos agentes da Segurança Pública estadual.

O confisco do material e a notificação das empresas, que receberam prazo de dez dias úteis para contestar o flagrante de ilegalidade e comprovar legalidade, resultam da primeira fase da Operação Securitas (alusão à deusa da segurança e da estabilidade), deflagrada na última terça-feira, 5, com objetivo de combater o exercício ilegal da segurança particular nos municípios de Alagoas.

“Não vamos tolerar o exercício ilegal da segurança privada de jeito nenhum. São muitas as denúncias de clandestinidade na prestação desse serviço. Estamos investigando a atuação dos que insistem no exercício ilegal dessa atividade, na capital e no interior”, avisou, em entrevista coletiva na sede da PF, no bairro de Jaraguá, o delegado André Costa, titular da Delegacia de Controle da Segurança Privada.

EXPLICAÇÕES

Das oito empresas denunciadas à Polícia Federal em Alagoas, houve comprovação de ilegalidades em três delas: Apoio Security, do bairro de Mangabeiras, em Maceió, Sistema Alvo e Delta Segurança, ambas situadas em Arapiraca, na região metropolitana do Agreste. 

Os donos das empresas têm até dez dias para comprovar se têm ou não autorização para funcionar.

“Num condomínio (Aroeira) de Arapiraca, por exemplo, flagramos dois vigilantes exercendo ilegalmente a atividade. Eles foram presos e responderão pelo trabalho irregular”, disse o delegado André Costa, segundo o qual os síndicos do residencial receberam notificação para comparecer à PF e explicar por que razão contrataram serviço clandestino.

Os vigilantes flagrados no exercício ilegal da profissão tiveram equipamentos de trabalho confiscados. A maioria dos produtos apreendidos pertence à empresa Delta Segurança, ou Delta Limpeza. Tudo foi apresentado à imprensa, na tarde de ontem, na sede da Polícia Federal, em Maceió.

Fonte: Gazeta de Alagoas

segunda-feira, 11 de abril de 2016

CNTV participa de reunião sobre terceirização no MTE

A possibilidade de estender a terceirização para qualquer atividade das empresas, prevista no Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 30/2015, e o impacto disso para os trabalhadores foram debatidos nesta quarta-feira (9), com o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto. A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) foi representada pelos diretores Moisés Alves da Consolação e Elenilde Ilorca. Também participaram representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), do Dieese e de entidades sindicais.

As maiores conquistas dos vigilantes se deram nos governos petistas

Eu e a maioria dos vigilantes da velha guarda apoiamos Lula e o Partido dos Trabalhadores. Por quê? Porque crescemos juntos na luta por melhores direitos para os trabalhadores brasileiros.

Em 1979, quando nós, vigilantes, fizemos a primeira greve em Brasília, o Lula veio de São Bernardo do Campo apoiar. Naquele tempo era difícil ter alguém disposto a apoiar trabalhadores. Ainda vivíamos sob a égide da ditadura militar.

Depois disso, ele nunca se distanciou da gente. Sempre nos apoiou e em seu governo os vigilantes tiveram avanços extraordinários.

O colete a prova de balas como equipamento obrigatório individual foi um destes avanços, garantidos quando o sindicalista Ricardo Berzoini era Ministro do Trabalho, do governo Lula.

Isso foi um grande passo para a segurança da categoria, garantia que nem a polícia tem. Na Polícia Militar e na Polícia Civil os policiais chegam à delegacia, tem um monte de coletes lá numa pilha e o policial pega qualquer um se quiser usar. No caso dos vigilantes, cada um tem o seu próprio e pode pessoalmente garantir sua manutenção.

Outra conquista importante na vida profissional do vigilante, conseguida após 17 anos de luta nossa junto à categoria, ao Congresso Nacional e ao Executivo, foi a questão do Risco de Vida que tramitou e foi vitoriosa também durante os governos Lula e Dilma.

Um passo decisivo em defesa dos vigilantes foi dado logo no início do primeiro governo Lula. Ele barrou vários projetos draconianos no Congresso, a exemplo do que determinava que o negociado devia prevalecer sobre o legislado, acabava com férias, acabava com o décimo terceiro salário, dentre outras vantagens.

Lula mandou retirar um projeto encaminhado anteriormente por FHC, que já havia tramitado na Câmara e estava pronto no Senado para ir à votação.

É fácil verificar o quanto a situação do vigilante melhorou durante os governos Lula e Dilma. Quantos vigilantes que não tinham dinheiro nem para comprar uma bicicleta e hoje tem casa, tem carro, tudo conquistado com a política de valorização do salário mínimo e as conquistas específicas alcançadas na nossa luta pela categoria.

Vivemos hoje um momento de dificuldade econômica, onde o mundo todo está em crise. Na Espanha, um terço dos trabalhadores está desempregado, na Itália quase 50% deles está sem emprego e aqui no Brasil também está tendo desemprego.

Diante de tudo isso, no entanto, o que é importante ter em mente? Que toda essa valorização da profissão do vigilante que aconteceu nos governos Lula e Dilma pode cair por terra se a direita voltar ao poder.

Quem fica criticando o apoio ao Lula neste momento é porque certamente não é trabalhador consciente, são aqueles que estão a serviço dos exploradores e da elite deste país.

É importante neste momento que os vigilantes entendam o histórico da tramitação dos projetos de interesse da categoria no Congresso Nacional e participem dos próximos passos de nossa luta.

Como havia mais de 100 projetos tratando da questão da segurança privada no Congresso, negociamos em vários encontros com deputados e senadores a formação de uma comissão especial na Câmara para unificá-los no projeto do Estatuto da Segurança Privada.

Como o piso salarial ficou fora desta proposta, após ouvir nossas sugestões, o senador Paulo Paim elaborou um projeto, instituindo o piso salarial do vigilante de R$3 mil.

Temos atualmente dois projetos fundamentais a serem acompanhados no Congresso Nacional:

1- Projeto de criação do Estatuto da Segurança Privada, em tramitação na Câmara Federal;

A aprovação do Estatuto é fundamental porque com ele vamos colocar três milhões de vigilantes que estão ilegais, na legalidade, fortalecendo a categoria.

2- Projeto de instituição do Piso Salarial de R$3 mil, em tramitação no Senado Federal.

Convido os vigilantes de todo o país para debater sobre o projeto de criação do Piso Salarial, em Audiência Pública, a ser realizada dia 9 de maio, na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.

Para que este projeto seja aprovado necessitamos da união e do apoio de todos os vigilantes. Alguns acham que estamos pedindo muito, mas eu não acho R$ 3 mil muito para trabalhadores que colocam em risco diariamente suas vidas para garantir a propriedade alheia.

Se algum vigilante acha que R$ 3 mil é muito é porque ele não se valoriza. Eu acho que seu trabalho vale mais, muito mais.

Quero alertar a todos que a aprovação do Piso não depende só dos sindicatos, dos dirigentes sindicais, mas também das bases.

O que é um sindicato? Não são as paredes do prédio, os móveis, o sindicato é a massa trabalhadora unida.

Quero fazer aqui um chamamento aos trabalhadores vigilantes do Brasil inteiro para se unificarem como fizemos anteriormente na luta pelo Risco de Vida.

Vejo muitos vigilantes ficarem no whatsapp criticando os dirigentes sindicais mas não se integram na luta. Lanço aqui um desafio: quero todos os vigilantes unidos, discutindo o piso nacional e transformando este um assunto em pauta. Nós só vamos conquistar o piso nacional com muita luta, muita batalha e muita determinação.

Chamo a atenção dos vigilantes porque tem entre eles os que criticam Dilma. Estou convencido de que só fazem isso porque não entendem efetivamente o que representa para a categoria as consequências nefastas de um governo de direita no Brasil.

Espero que quando conseguirmos aprovar o Estatuto e o Piso Salarial, o governo que esteja no Planalto seja um governo de esquerda, que tenha compromisso conosco, porque se for de direita vai fazer o jogo dos empresários e vai ser uma verdadeira guerra para conseguirmos fazer passar.

·         Chico Vigilante é diretor da CNTV, do Sindesv-DF e deputado distrital


Fonte: Brasil 247