Para garantir mais segurança aos
trabalhadores da segurança privada que vêm sendo vítimas frequentes de ataques
com explosões a carros-fortes, agências bancárias, caixas eletrônicos, entre
outros, a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) defendeu, durante o II
Simpósio de Controle e Rastreamento de Explosivos, a contratação de vigilantes
e elaboração de plano de segurança para pedreiras, além da exigência de
comprovação de antecedentes criminais para todos os que manuseiam os
explosivos. O Simpósio ocorreu nesta terça e quarta-feira (16 e 17), na
Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), em Brasília.
Única representante dos
trabalhadores vigilantes, de transporte de valores e escolta armada, a CNTV
defendeu junto à DFPC – Divisão do Exército Brasileiro responsável, entre
outros, pelo controle de explosivos – que a contratação de vigilantes para as
pedreiras é fundamental em decorrência do risco do local, além da grande
quantidade de explosivos (alvo constante de bandidos).
“Entendemos que é, sim, questão
de segurança. Hoje, boa parte das pedreiras não contrata vigilante. Colocam lá
qualquer pessoa para cuidar de tudo, sem qualquer qualificação, tornando fácil
para os ladrões conseguir o instrumento utilizado para crimes ainda maiores e
que vem ceifando a vida de centenas de trabalhadores – os ataques a carro-forte
e a bancos em geral”, avaliou o secretário Geral da CNTV, Cláudio José.
Sobre o plano de segurança, a
CNTV argumentou que, para contratar vigilantes, é fundamental saber a real
necessidade do local. “O plano de segurança daria esse norte e evitaria que as
empresas contratassem vigilantes só por contratar, sem colocar no lugar correto,
sem seguir procedimentos determinados. Também defendemos que o trabalho dos
trabalhadores seja complementado por câmeras de monitoramento, para diminuir
ainda mais o risco de roubos a explosivos”, esclareceu o presidente da CNTV,
José Boaventura.
Além disso, a CNTV quer também
que os trabalhadores que manuseiam explosivos comprovem que são “ficha limpa”.
Assim como os vigilantes não podem ter antecedentes criminais, o entendimento
da Confederação é que, por questões de segurança, a exigência seja estendida
aos que trabalham com explosivos.
Exército quis ouvir membros da
CCASP
Com as alterações na Portaria nº
03 – Colog, de 10 de maio de 2012, que aprovou as Normas Relativas às
Atividades com Explosivos e seus Acessórios, a DFPC convidou os membros da
CCASP para participarem do Simpósio. Segundo entendimento da Diretoria, esta
seria uma oportunidade para prestar esclarecimentos e debater possíveis
sugestões para as alterações do texto.
Além da CNTV, participaram do
evento representantes da ABTV e Febraban. A Polícia Federal (PF) justificou
ausência em virtude do envolvimento com os Jogos Olímpicos. Também estiveram
presentes representantes de pedreiras e de empresas que trabalham com venda e
fabricação de explosivos.
As propostas apresentadas no
Simpósio serão analisadas pelo Exército e encaminhadas para a área competente
realizar possíveis alterações.
“Ficamos satisfeitos com a
participação da CNTV. Por representar a categoria de vigilantes, Transporte de
Valores e Escolta Armada, buscamos apresentar propostas que evitem que os
explosivos cheguem às mãos dos bandidos. Fizemos questão de participar do
Simpósio porque a preocupação com os vigilantes é real, e trabalhamos
incansavelmente para garantir sua segurança”, afirmou Cláudio.
Fonte: CNTV