quinta-feira, 30 de maio de 2019

STF: é inconstitucional item da ‘reforma’ trabalhista que permite grávidas em atividades insalubres

Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (29) que é inconstitucional o item da “reforma” trabalhista que permite a trabalhadoras grávidas e lactantes atuarem em atividades consideradas insalubres. Esse foi um dos itens mais polêmicos do projeto aprovado em 2017, que se tornou a Lei 13.467.

Com a decisão, o plenário referendou liminar dada há um mês pelo relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.938, ministro Alexandre de Moraes, que suspendia incisos do artigo 394 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) alterados pela “reforma”. Para Moraes, trata-se não só de “salvaguarda da mulher, mas também total proteção ao recém-nascido, possibilitando convivência com a mãe de maneira harmônica, sem os perigos do ambiente insalubre”.

A ação foi apresentada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), ligada à Força Sindical. Pela lei aprovada ainda na gestão Temer, trabalhadores podem exercer atividades insalubres em grau médio ou mínimo e lactantes, em qualquer grau, a não ser que apresentem atestado de saúde que recomende o afastamento. O único voto contrário foi o do ministro Marco Aurélio Mello.

Segundo a CNTM, “se trata de flagrante violação aos fundamentos da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho, princípios norteadores da República Federativa do Brasil, bem como o objetivo fundamental da república de erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais e regionais”. A entidade afirma que o ato representa uma inconstitucionalidade “cristalina”, além de ser um retrocesso social. “O STF corrigiu uma grande maldade da reforma trabalhista”, declarou o presidente da confederação e da Força, Miguel Torres. “Prevaleceu a justiça e o humanismo em proteção à maternidade, às mulheres e às crianças.”

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, já havia se manifestado pela procedência do pedido. “A (suposta) proteção – ou melhor, desproteção – que encerra não atende à urgência reclamada pela situação de vulnerabilidade da trabalhadora gestante ou lactante, nem condiz com a relevância dos bens jurídicos em questão (vida, saúde, maternidade, infância e trabalho digno e seguro)”, afirmou em parecer. “Registre-se, por fim, que a norma impugnada contraria também o princípio constitucional da isonomia.”

terça-feira, 28 de maio de 2019

Convenção Coletiva Vigilantes 2019/2020


CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2019/2020



NÚMERO DE REGISTRO NO MTE:                            RJ000531/2019

DATA DE REGISTRO NO MTE:                    02/04/2019

NÚMERO DA SOLICITAÇÃO:                       MR015048/2019

NÚMERO DO PROCESSO:                            46666.000793/2019-52

DATA DO PROTOCOLO:                22/03/2019

segunda-feira, 20 de maio de 2019

PF limita uso de poliuretano em cofres de carros de TV e base


Portaria publicada pela Polícia Federal no último dia 08 de março deu um importante passo para a saúde e segurança dos vigilantes. O Delegado Chefe da CGCSP publicou a Portaria 34.383, de 25/02/2019, que “estabelece normas e procedimentos para utilização de elemento adicional de segurança (injetor de poliuretano) no interior de veículos especiais e bases das empresas de transporte de valores”.
A portaria regula, assim, a utilização de poliuretano nos veículos de transporte de valores e bases das empresas. O produto é altamente inflamável e agressivo à saúde dos trabalhadores.
A portaria, no entanto, carece de fixação quanto à obrigação da empresa de fornecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os trabalhadores que acessam os cofres, tanto nas bases, quanto nos carros fortes.
O uso é facultativo a cada empresa de transporte de valores. No interior dos veículos de transporte de valores é limitada aos cofres, sem acesso ou contato com a cabine do veículo ou com a guarnição dos vigilantes.
Já nas bases das empresas, a utilização somente poderá ocorrer no interior dos cofres destinados a guarda de numerário.
Caso a empresa utilize o material, ela fica responsável pela elaboração do plano de evacuação, o qual deverá ser aprovado pela Polícia Federal (DELESP ou CV).
Nos cofres onde for utilizado o poliuretano, é vedado a contagem de dinheiro. O ingresso dos profissionais é permitido apenas para guarda ou retirada de malotes.
A edição da portaria significa um avanço para a categoria. O combate ao uso do produto químico é uma luta antiga da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) em parcerias com seus sindicatos.
Várias denúncias foram feitas desde 2017 sobre os riscos com a utilização do material expondo a saúde e a segurança dos vigilantes sem qualquer proteção dos empregados.
Há registros de acionamentos acidentais que levaram, inclusive à morte, uma trabalhadora de São Paulo resultante do contato com o produto.
Nunca é tarde para lembrar das vítimas da boate Kiss, em Santa Maria/RS, que morreram após a casa de festas pegar fogo e as chamas se alastrarem rapidamente por conta da utilização do poliuretano no revestimento das paredes, além do recente caso do CT do Flamengo que vitimou 10 jovens jogadores.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Vigilantes apresentam emenda para manter aposentadoria especial

Uma emenda à PEC 06/2019, que trata da reforma da Previdência, garantindo a aposentadoria especial dos vigilantes, foi elaborada por representantes da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e diversos sindicatos, e está sendo entregue aos deputados federais, em Brasília, por lideranças da categoria. 
A emenda precisa da assinatura de pelo menos 171 parlamentares para ser acatada na Comissão Especial que examina a proposta do governo Bolsonaro que pode acabar com o direito dos vigilantes.
Na última semana, aconteceram dois encontros em Brasília, promovidos pela CNTV e pelo deputado distrital Chico Vigilante para discussão da reforma e elaboração da emenda. 
Na proposta apresentada pelo governo Federal, os vigilantes perdem sua aposentadoria especial e serão enquadrados nas mesmas condições dos demais trabalhadores. 
Isso obrigaria os vigilantes a trabalhar até os 65 anos (homem) ou 62 (mulheres), tendo de contribuir por 40 anos ou mais para se aposentar e receber o valor integral do benefício.
A emenda que está sendo levada aos deputados propõe que a aposentadoria especial seja destinada aos trabalhadores e às trabalhadoras expostos a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, ou ocupação e também ao enquadramento por periculosidade. Isso manteria os vigilantes entre os casos de aposentadoria especial.
O deputado Chico Vigilante e outros representantes da categoria buscaram o apoio do deputado Wellington Roberto (PR-PB), um dos líderes do Centrão, bloco de parlamentares com grande força na casa.
A participação de toda categoria pressionando os parlamentares de sua região é importante para a inclusão da emenda na reforma e garantir a permanência da aposentadoria especial para os vigilantes. 
É bom lembrar aos parlamentares que é impossível um vigilante completar 25 anos de contribuição e no exercício de uma atividade que é de alta periculosidade, aos 50 anos, por exemplo. Além de ter de trabalhar mais 15 anos para chegar aos 65 anos exigidos na proposta da PEC 06/2019 como quer Bolsonaro. 
Como esse trabalhador sobreviverá nessa atividade de elevado risco? Possivelmente não conseguirá se manter na profissão, inviabilizando sua aposentadoria.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Falta de vigilante 24 horas nos bancos impede até trabalho da polícia após tentativa de assalto

A ousadia da bandidagem está cada vez mais evidente. No último fim de semana, a Caixa Econômica do centro de Petrópolis, sofreu uma tentativa de arrombamento. 

A investida foi feita pelo estacionamento da Rua Paulo Barbosa. Eles conseguiram cerrar uma das grades da janela que dá acesso à área do cofre. O alarme da agência foi disparado e os assaltantes acabaram fugindo sem levar nada.

A polícia foi acionada, mas não conseguiram acessar o local por não haver vigilante noturno para fazer a abertura da unidade. 

Apenas após a tentativa de assalto, a direção da Caixa resolver colocar um vigilante noturno para "quebrar o galho". O Sindicato quer saber é até quando a medida paliativa vai durar, já que vem cobrando dos bancos a permanência do vigilante 24 horas nas agências desde que entrou em vigor a lei municipal em Petrópolis.

Foto: Diário de Petrópolis

terça-feira, 7 de maio de 2019

Reforma da Previdência começa a ser debatida na Comissão Especial da Câmara


A reforma da Previdência 2019 volta a tramitar na Câmara dos Deputados esta semana. Nesta terça-feira (7), a Comissão Especial da Câmara que vai analisar o mérito da Proposta de Emenda à Constituição 6/2019, a PEC da Previdência fará a primeira reunião, a partir das 14h30. Estão previstas 11 audiências públicas com cerca de 60 convidados para debater a tentativa de "reforma" da Previdência do governo Jair Bolsonaro.
O presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), afirma trabalhar para aprovar o texto da reforma na comissão e entregar análise ao plenário da Câmara até julho, onde são necessários 308 votos (três quintos dos 513 votos) para a aprovação da medida, por se tratar de uma alteração da Constituição.
A proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro quer trazer para o Brasil um sistema que levou os aposentados à falência em muitos países: a capitalização.
O regime, implantado no Chile em 1981, determina que cada trabalhador seja responsável por fazer a própria poupança, depositada em uma conta individual, que servirá como aposentadoria no futuro. Não há contribuições por parte dos empregadores nem do Estado. O sistema financeiro administra essas contas e está de olho nos lucros que podem advir dessa capitalização.
Se o trabalhador não tiver como poupar, mesmo que por um período, será cada vez mais difícil aposentar.
Reportagem da CUT informa que os trabalhadores chilenos são obrigados a depositar ao menos 10% do salário por no mínimo 20 anos para se aposentar. “Após 37 anos da implantação do modelo de capitalização, apenas metade dos trabalhadores e trabalhadoras chilenos conseguiram se aposentar. E como a maioria ganhava salários baixos e ficou grandes períodos desempregada ou não conseguiu fazer uma poupança com recursos suficientes, aproximadamente 91% dos aposentados recebem benefícios de cerca de meio salário mínimo do país”.
Crueldade
O texto da reforma da Previdência prevê o corte de 50% no valor da pensão por morte de cônjuges e órfãos. Além disso, o governo Jair Bolsonaro quer impedir que o viúvo ou a viúva receba aposentadoria e pensão. Em alguns casos, o valor do segundo benefício poderá ficar abaixo de um salário mínimo.
Idosos carentes terão de completar 70 anos para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) no valor de um salário mínimo. Atualmente recebem a partir dos 65 anos. A PEC da Previdência reduz o valor para R$ 400 pagos a partir dos 60 anos de idade. Pessoas com deficiência continuariam com os valores da regra atual, mas teriam a aposentadoria dificultada.
Apesar da dupla e até tripla jornada, as mulheres também perdem o direito à aposentadoria por tempo de contribuição e terão de trabalhar no mínimo até os 62 anos de idade e 20 anos de contribuição. Se quiser o valor do benefício de aposentadoria integral, serão pelo menos 40 anos de contribuição.
Os negros, que em média vivem menos que os brancos, começam a trabalhar mais cedo e são muitas vezes forçados à informalidade, serão duplamente prejudicados pela proposta de reforma de Bolsonaro.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Sindicato tem nova diretoria

No último dia 26 de abril, os  vigilantes de Petrópolis e região elegeram a nova direção do Sindicato para uma gestão de mais quatro anos (2019/2023). A frente da presidência, permanece Adriano Linhares, escolhido pela categoria coroando a gestão à frente da entidade nos últimos anos.

O trabalho de combate a empresas ruins e descumpridoras da convenção coletiva na região é a marca da direção do sindicato. E também o que promete a nova gestão de Linhares que garante que a combatividade e a fiscalização no cumprimento das leis será ainda mais frequente nos próximos anos.

A posse deverá acontecer no dia 01 de junho.

A nova direção tem a seguinte composição.


CARGOS
NOME DOS CANDIDATOS
EMPRESA

Presidente
ADRIANO LINHARES DA SILVA
1
INVERNADA


Vice Presidente
ALESSANDRA MARCELO CORDEIRO
2
GP DE SÃO PAULO

Secretário Geral
ALEXANDRE MOREIRA SOARES
3
GOCIL

Secretario Finanças
NILSON DE ARAUJO JUNIOR
4
JUIZ DE FORA

Diretor Coord. Base
JOÃO CARLOS MARINHO
5
JUIZ DE FORA

Diretor Executivo
LUIZ CLAUDIO CALSAVARA
6
PROTEGE

Dir. Esporte e Lazer
ESTHON CHARLES BEZERRA
7
PROTEGE

Dir. Social Pts
LEONARDO JULIO
8
MAX SEG.MAXIMA

Dir. Social T.R.
ALMIR MARTINS DA SILVA
9
ANGEL´S

Dir. Social Ter.
MARCO LUIZ DOS SANTOS
10
GRUPO PRO-SEG

Suplente de Diretoria
JOÃO ANTONIO DA ROCHA
11
GRABER GPS

Suplente de Diretoria
ROMULO JOSE DO AMARAL
12
SEGURIDADE

Suplente de Diretoria
ALAN CARLOS GONÇALVES
13
SUNSET

Suplente de Diretoria
ANDRÉ LUIS ROSA CHRISOSTOMO
14
SEGURPRO

Suplente de Diretoria
LUZANIR SILVA DOS ANJOS
15
SEGIL

Suplente de Diretoria
RICARDO ALEXANDRE DE SOUZA
16
FENIXX

Conselho Fiscal
LUIS MARCOS DOS SANTOS
17
ANGEL´S

Conselho Fiscal
AGUINALDO ALMEIDA DA SILVA
18
TRANSEGUR

Conselho Fiscal
WELLINGTON BRANCO SOARES
19
HERCULES

Conselho Fiscal
MARCOS LUCIANO CORREA
20
VIGBAN

Conselho Fiscal
DAMIÃO DO NASCIMENTO RODRIGUES
21
SEGURIDADE

Supl. Cons. Fiscal
PAULO ROBERTO DOS SANTOS
22
JUIZ DE FORA