quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Câmara dos Deputados aprova Estatuto da Segurança Privada

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o Estatuto da Segurança Privada, que regulamenta a atuação das empresas de segurança privada e de transporte de valores e disciplina os aspectos da segurança em bancos. O texto aprovado pelos deputados segue ao Senado Federal para votação.

Para o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), a matéria aprovada pela Câmara significa um avanço para a categoria e garante a mobilização junto aos senadores pela aprovação.

“Nós vamos batalhar no Senado para melhorar o projeto e aprová-lo porque abre a possibilidade de colocar na legalidade cerca de 2 milhões de trabalhadores que estão na segurança privada de maneira informal e clandestina”, avalia o parlamentar.

O Estatuto da Segurança Privada estabelece normas que deverão ser seguidas pelas empresas de segurança, remetendo à Polícia Federal a atribuição de autorizar seu funcionamento e de controlar e fiscalizar a atuação delas com a cobrança de taxas.

O texto também define e estabelece as normas de funcionamento de empresas de monitoramento de sistema eletrônico de segurança. A proposta prevê que o Ministério da Justiça poderá instituir um conselho nacional de segurança privada, de caráter consultivo, com o objetivo de assessorar o ministro da Justiça em assuntos de segurança privada e elaborar políticas para o setor.

Deputado distrital CHICO VIGILANTE, PT-DF

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Seminário sobre segurança bancária em Niterói/RJ apresenta propostas


 O 1º seminário sobre Segurança Bancária realizado pelo Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região (SVNIT) no último dia 26/11 reuniu dezenas de participantes na Câmara de Vereadores de Niterói. Os Sindicatos dos Bancários de Niterói e região e dos Vigilantes de Duque de Caxias, Itaguaí e Petrópolis/RJ participaram dos debates. Foi aprovada uma pauta com propostas que serão levadas à Polícia Federal e aos bancos. 



O presidente do SVNIT, Cláudio José de Oliveira, destacou a importância do evento idealizado a partir de reivindicações dos trabalhadores. “Em muitas das nossas visitas às agências bancárias da nossa base detectamos que os vigilantes enfrentam muitos problemas não só nas condições de trabalho, mas também no relacionamento com alguns gerentes. O desvio de função também foi muito lembrado. A partir disso fizemos esse seminário que foi muito rico e elencou uma série de propostas que vamos levar a todos os órgãos competentes”, avaliou.

Representando o Sindicato dos Bancários de Niterói, Jorge Antônio Oliveira (Porkinho), lembrou a parceria entre o SVNIT e os Bancários e reforçou a confiança no trabalho da direção. “Me orgulho de ter contribuído para essa forte parceria. O SVNIT é uma entidade séria e de companheiros sérios. O Sindicato dos Bancários de Niterói estará sempre à disposição dos vigilantes para lutarmos juntos”, disse. Porkinho ainda falou sobre a necessidade de unificar as campanhas salariais das duas categorias. “Sonho com o dia em que teremos uma campanha salarial unificada entre vigilantes e bancários. Só assim teremos força capaz de enfrentar o poderio dos banqueiros e das empresas. Tenho também a certeza que a categoria vai conquistar o piso salarial único nacional como nós conquistamos após anos de muita luta. Hoje, um bancário do norte do país tem o mesmo salário que o bancário do sul”, relatou.

Carlos Gil, presidente do Sindicato de Duque de Caxias e diretor da CNTV, representou a Confederação Nacional no evento. Gil cobrou a participação dos trabalhadores nas demandas dos sindicatos e anunciou que vários sindicatos no Estado do Rio irão “apresentar uma proposta conjunta para a campanha salarial de 2017”.

A vigilante e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Itaguaí e Seropédica/RJ, Vânia Lima, falou das perseguições que vem sofrendo e reafirmou o compromisso com a categoria. “Com ou sem ameaças estou pronta para defender e lutar pelos interesses da categoria”, afirmou.

A mesa dos debates ainda foi composta pelos representantes: Nilson Araújo (Sindicato Petrópolis) e George Almeida (Sindicato Duque de Caxias). 

Os Sindicatos ainda foram orientados a fiscalizar as agências bancárias para verificar os locais onde os vigilantes almoçam e trocam de roupas.

As propostas aprovadas por unanimidade pelos trabalhadores foram: 

- Intensificar a luta para acabar com horistas (já esta em andamento processo judicial).

- Fim do almoço nas agências apenas às 09h e 16h horas (SVNIT já acionou a justiça)

- Implantar vigilantes 24 horas nas agências bancárias (Projeto será apresentado nas Câmaras de Vereadores da região)

- Implantar vigilantes nos autoatendimentos

- Dialogar com os bancos sobre desvio de função dos vigilantes como abordagem de clientes no interior da agência

- Pedir fim da liberação de clientes após o fechamento das agências por gerentes

- Horas extras para os vigilantes que ficarem nas agências após o horário de expediente a pedido dos gerentes


- Manutenção permanente nas portas giratórias que apresentam problemas constantemente

Fonte: Imprensa SVNIT
Fotos: Willian Chaves


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

1º Seminário de Gestão Sindical reuniu mais de 200 dirigentes em Petrópolis


Dirigentes sindicais de diversas categorias participaram, em Petrópolis, do I Seminário de Gestão Sindical organizado pelo Movimento Sindical de Petrópolis. Os vigilantes foram representados pelos diretores Adriano Machado, Nilson Araújo, Luis Marcos, Esthon Charles e Leonardo Júlio. Os vigilantes Emerson Rosa e Valmir Fontes também acompanharam as palestra à convite do Sindicato. O evento aconteceu no último dia 19/11 no Instituto Teológico Franciscano e contou com a participação de mais de 200 representantes dos trabalhadores de 25 entidades sindicais. Os advogados do Sindicato, Dr João e Dr Cláudio, também acompanharam o evento.
O seminário teve como objetivo preparar o sindicalista para questões gerais na administração das entidades e contou com a palestra do assessor jurídico da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), José Geraldo Santana.
Fonte: Imprensa SindVigPetrópolis






Vigilantes realizam neste sábado o I Seminário de Segurança Bancária em Niterói

No próximo sábado, 26, a partir das 9h, o Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis, entidade sindical filiada à União Geral dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (UGT-RJ), participará do I Seminário sobre Segurança Bancária de Niterói.

Promovido pelo Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e Regiões (SVNIT) e pela  Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), o evento acontecerá na Câmara de Vereadores daquele município.

O objetivo, segundo os organizadores, é "ouvir da categoria sugestões e relatos sobre problemas enfrentados no dia a dia da vigilância bancária".

Fonte: UGT Rio

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

CNTV completa 24 anos: muitas conquistas a comemorar, apesar do ataque dos inimigos

A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) chega aos 24 anos de existência contabilizando vitórias determinantes para os mais de 2 milhões de vigilantes do Brasil. Foi Piso, risco de vida, 30% de periculosidade, o colete como EPI (primeiro no carro-forte, depois no patrimonial), reblindagem e a manutenção dos rádios nos carros-fortes, defesa e o reconhecimento legal da jornada 12x36, Dia Nacional do Vigilante (20 de junho), entre outras importantes conquistas.

Ninguém pode negar que estas conquistas foram articuladas, coordenadas nacionalmente, conduzidas por uma entidade criada, bancada e sustentada por sindicatos de luta. O próprio processo de regulamentação da lei da periculosidade foi um exemplo disso, quando num grupo tripartite (governo, patrões e trabalhares) foi a CNTV que unificou a posição da bancada dos trabalhadores (de cinco), onde alguns defendiam parcelar os 30% até 2017 ou até deixar de fora os vigilantes desarmados, ou mesmo na luta contra o fim da 12x36, quando não aceitamos negociar outras escalas, enquanto alguns já negociavam escalas diversas, tipo a 4x4x4.

Uma Confederação que unificava os Sindicatos (mesmo os amarelos ou pelegos), que liderou a conquista dos 30%, a reblindagem e não aceitava o fim da 12x36 e tinha a ousadia de já iniciar uma nova campanha pelo Piso de R$ 3 mil, o combate e a denuncia contra as empresas estrangeiras que escravizam os trabalhadores era uma “carreta desgovernada” e tinha de ser parada.

A ideia dos patrões retrógrados, reacionários e antissindicais foi buscar num grupo de sindicalistas “cordeiros”, “amigos” e “dóceis” os aliados para dividir os trabalhadores e “parar a carreta desgovernada”. Neste grupo tem os que defendem que o vigilante “pague o curso de reciclagem”, os que são contra o Piso Salarial de R$ 3 mil e os que fazem sindicato como “negócio de família, negócio particular ou meio de ostentação”. Nunca a defesa dos interesses dos trabalhadores.

Nosso aniversário de 24 anos é motivo de muita comemoração. Muitas e determinantes conquistas. Mas também é motivo de reafirmar que só temos UM lado: o lado dos trabalhadores, o lado das e dos vigilantes. Não acendemos uma vela para Deus e outra para o diabo. Não traímos os vigilantes, não fazemos sindicato como meio de enriquecimento, não misturamos sindicato com negócios. Não baixaremos a guarda para patrão ladrão de direitos, caloteiro e explorador.

Nossas posições são claras:

Piso Salarial de R$ 3 mil;

Não abrir mão da 12x36;

Abertura ampla, geral e irrestrita para capital estrangeiro;

Melhor armamento;

Lei anticalote para todos;

Plano de segurança para todos os postos e proteção a vida dos vigilantes.

Conquistamos, avançamos e resistiremos aos patrões, aos ladrões de direitos dos vigilantes, aos caloteiros, pelegos e traidores dos vigilantes.


José Boaventura – Presidente da CNTV 22 de novembro de 2016

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Votação do PL que trata do Estatuto da Segurança Privada é adiada a pedido da CNTV


Insatisfeita com o conteúdo do Projeto de Lei 4238/2012, a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com ajuda de deputados parceiros dos trabalhadores, conseguiu articular para que a votação fosse retirada da pauta do Plenário da Câmara dos Deputados da última quarta-feira (16). Ainda não há data para o PL ser apreciado, mas a CNTV continuará trabalhando incansavelmente para que sejam feitas as alterações necessárias para que os vigilantes não sejam prejudicados. 

Para a deputada Federal Erika Kokay (PTDF), a hora é de mobilização da categoria. “Com a retirada do PL de pauta conseguimos ganhar tempo para discutir mais sobre os pontos que de alguma forma podem prejudicar os trabalhadores. Agora, vamos continuar trabalhando para que a categoria saia beneficiada e que o PL de fato atenda às reivindicações dos vigilantes, e não dos empresários, como querem fazer”, afirmou. 

Histórico do PL na Câmara dos Deputados 

Em setembro de 2015 a Comissão Especial da Câmara dos Deputados instituída para apreciar o PL 4238/2012 aprovou relatório e substitutivo do deputado Wellington Roberto (PR-PB). O texto instituiu o Estatuto da Segurança Privada e excluiu o Piso Nacional dos Vigilantes do texto. Existiam 122 propostas tramitando na Câmara dos Deputados que instituem o Estatuto da Segurança Privada. O texto aprovado era uma alternativa a todos estes outros e é dividido em 11 capítulos que tratam da segurança privada; das penalidades administrativas; dos prestadores de serviço; da segurança privada em instituições financeiras; dos profissionais e sua formação; dos crimes e das taxas do setor.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, não há acordo com a votação do PL do jeito que está. Segundo ele, o relatório substitutivo não atende a várias demandas da categoria e exclui a questão do piso nacional, que era o fundamento do projeto. Também não melhora a qualidade das armas no tocante à necessidade de defesa dos trabalhadores. 

Além disso, traz outras propostas descabidas como enquadrar a segurança como assunto de interesse nacional, transformar instrumentos de segurança bancária como itens opcionais, não definir de forma clara a diferença entre segurança exercida por vigilantes com a devida formação e registro junto à Polícia Federal de trabalhadores contratados como porteiros e vigias, por exemplo, mas que acabam exercendo atividades da segurança privada. “Tudo isso é contrário aos interesses da nossa categoria e precisa ser revisto”, afirmou. 

A CNTV alerta sindicatos e federações de luta que fiquem atentos quanto à votação e convoca todos os trabalhadores a se unirem em mais esta luta em defesa dos direitos da categoria. “Nós vamos para dentro do Congresso para impedir que o PL seja aprovado no formato que se encontra hoje”, afirmou o deputado distrital e secretário de Assuntos Parlamentares da CNTV, Chico Vigilante. 

“Queremos que seja reaberta a negociação para que nós possamos melhorar o projeto”, completou. Como o substitutivo foi aprovado em um ambiente com o então presidente da Casa Eduardo Cunha fazendo acordos com empresários de setores como o bancário, acabou contendo ali a posição dos empresários. Não bastasse isso, Cunha confiou da presidência à relatoria a empresários que fariam de tudo para proteger seus interesses. 

“Nenhum deputado que estava ali tinha histórico de diálogo com os trabalhadores. O presidente era empresário, o relator era empresário, todos trabalhando para privilegiar os outros deputados que também são empresários”, denunciou Boaventura. 

Fonte: CNTV

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Convites para festa de fim do ano já podem ser retirados no Sindicato

Já estão disponíveis os convites da grande festa de fim de ano organizada pelo Sindicato. Os associados podem retirá-los na sede do Sindicato (Rua Paulo Barbosa, 233 - sala 02, Petrópolis), no horário de 08:30h às 12:30h e de 14h às 18h, de segunda à sexta-feira.

A tradicional festa de confraternização organizada pelo Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis vai acontecer no dia 18/12, com início às 12h e encerramento previsto para 18h. O local será a quadra da SISEP, (antiga Caempe), em Petrópolis.

Poderá participar do evento quem tiver de posse dos convites e apresentar documento de identificação com foto. Os trabalhadores também receberão uma caneca personalizada de brinde na entrada do evento. O tradicional sorteio de brindes também está garantido. O Sindicato também vai organizar transporte para os vigilantes dos demais municípios como Três Rios e Teresópolis.
Fonte: Imprensa SindVigPetrópolis





quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Suicídio de trabalhadores e Gestão irresponsável: uma ligação direta

O modo de gestão ao qual os vigilantes estão sendo submetidos e que inclui humilhação, ofensa, cerceamento da liberdade, péssimas condições de trabalho, entre tantos outros problemas, tem impacto profundo na saúde mental dos trabalhadores. Segundo o doutor em Psicologia Carlos Carrusca, não é possível desconsiderar essa realidade quando se trata dos problemas psicológicos desenvolvidos e que frequentemente têm levado ao suicídio.

As afirmações foram feitas durante a 14ª Conferência Nacional dos Vigilantes realizada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) nos dias 3 e 4 de novembro, e contou também com a participação do Procurador Geral do Trabalho e membro do Conselho Nacional do Ministério Público do Trabalho Dr. Otávio Brito Lopes.

Carrusca afirmou que é comum atribuir a depressão a problemas enfrentados em casa e ignorar completamente a realidade laboral – maior parte no dia dos trabalhadores. Os problemas enfrentados diariamente pelos vigilantes os levam ao limite e isso não pode ser desconsiderado nas análises do trabalho. “Não é possível, no contexto de trabalho, desvincular o suicídio do controle de gestão das atividades exercidas”, afirmou.

Isso tudo porque tanto o estresse póstraumático – que é um transtorno crônico e deve ser tratado – quanto o suicídio acontecem de forma progressiva e são muito comuns na categoria de vigilantes. Segundo Carrusca é preciso avaliar também, no caso de suicídio, o que a pessoa estava vivendo antes de consumar o ato, incluindo contexto da vida em geral e do trabalho.

Psicotécnico não deve ser apenas para reprovar ou aprovar vigilantes

A forma como os testes psicotécnicos vêm sendo utilizados atualmente também gerou críticas. Carrusca afirmou que eles não devem ter a mera função de aprovar ou reprovar vigilantes em exames psicológicos, mas de identificar situações de sofrimento e dar o encaminhamento necessário.

“Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maior parte dos suicídios pode ser prevenida se as pessoas receberem apoio” argumentou. Além disso, para evitar o autoextermínio é fundamental que se cuide das condições de trabalho. “Isso seria capaz de evitar atos extremos por um simples motivo: esses trabalhadores vivem em realidades extremas que lhes negam o direito de viver com dignidade. É preciso mudar essa realidade, e isso inclui também melhoras as condições de trabalho”, afirmou.

Combate à precarização nas condições de trabalho

Para o Procurador Geral do Trabalho e membro do Conselho Nacional do Ministério Público do Trabalho Dr. Otávio Brito Lopes o que gera proteção aos trabalhadores não é apenas a lei, mas também a fiscalização. “E isso é feito pelo Estado, pelo Ministério Público do Trabalho, pelos sindicatos. Infelizmente esse sistema começa a ficar capenga, e como ficará o trabalhador?”, argumentou.

Lopes alertou para a tendência que o Supremo Tribunal Federal (STF) vem tendo de dificultar a vida do trabalhador. “Antigamente, quando o trabalhador sabia que tinha a Súmula 277 a seu favor ele negociava, esperava, voltava a negociar, porque na pior das hipóteses continuaria valendo as regras da convenção anterior. Agora, não”, afirmou.

“O ideal agora é começar a negociação seis meses antes da data-base. Isso porque vencido o prazo de vigência da convenção, a categoria de um dia para o outro não tem mais nada, não tem piso, não tem seguro nem todas aquelas garantias inseridas no acordo coletivo”, explicou. “E isso tudo influencia diretamente nas condições de trabalho, que estão se precarizando e penalizando os trabalhadores cada dia mais”, afirmou.

Sindicatos devem atuar na prevenção do suicídio e cuidado da saúde mental dos vigilantes

Para o presidente da CNTV, José Boaventura, o tema não é secundário e deve receber atenção dos sindicatos. “Fizemos questão de trazer esse tema porque o adoecimento mental tem atingido trabalhadores de todas as idades. É comum ver vigilantes de 30, 28, 33 anos precisando de remédio para dormir”, contou.

Isso é resultado, segundo Boaventura, do estresse, da pressão no trabalho e das fatalidades como assaltos e mortes que são riscos no exercício da profissão. “As entidades precisam estar atentas ao que vem acontecendo na vida dos vigilantes e deve buscar meios para oferecer apoio e evitar que o número de suicídios seja cada vez maior”, orientou.


Fonte: CNTV

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

“Só se enxerga uma coisa como possibilidade de sair da crise: mexer nos direitos dos trabalhadores”, diz vice-presidente da ABRAT

Os tempos difíceis que estão por ser enfrentados pela classe trabalhadora brasileira podem ser agravados ainda mais pela irresponsabilidade com os trabalhadores. Segundo a vice-presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (ABRAT), Dra. Alessandra Camarano, em qualquer momento de crise é o trabalhador quem precisa contribuir para melhorar o cenário. O debate na 14ª Conferência Nacional dos Vigilantes realizado pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) ocorreu nos dias 3 e 4 de novembro e contou também com a participação dos desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho do DF (TRT 10) Mario Caron e Grijalbo Fernandes Coutinho. 

“Estamos vivendo em uma época onde só se enxerga uma coisa como possibilidade de sair da crise: mexer nos direitos dos trabalhadores, na jornada de trabalho. Querem mexer nos salários, em questões que são caras para os trabalhadores”, afirmou. O agravante, segundo ela, é a postura que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem adotado e quem vem, pouco a pouco, massacrando os trabalhadores e enfraquecendo suas lutas. 

Somente no último mês foram três liminares do STF que representam um verdadeiro desmonte aos direitos dos trabalhadores. “Essas decisões vêm ganhando muita força e vêm sem nenhum tipo de pudor na hora de acabar com questões trabalhistas dentro dos tribunais”, afirmou Camarano. 

Querem acabar com a CLT 

Sindicatos de luta de todo o país vêm alertando a classe trabalhadora sobre as investidas do Congresso Nacional para acabar com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Segundo Camarano, as decisões do STF já estão facilitando esse trabalho. Prova disso são as alterações na Súmula 277, “que agora é uma pedra no sapato das negociações coletivas e um dificultador absurdo”, avaliou. 

Além disso, o Ministro Dias Toffoli autorizou o desconto de dias parados nas greves dos servidores públicos. “O Congresso não vai precisar ter esse desgaste com seus eleitores porque o Supremo já está fazendo a flexibilização. Este é o cenário que os sindicatos vão enfrentar nas próximas negociações coletivas e é preciso estar muito claro como vai ser feito, o que vai ser feito, como vão se posicionar”, alertou Camarano. 

Segundo ela, a primeira solução que se vê na crise é demissão em massa, aumento da jornada e redução salarial. Isso tudo caminha na contramão da história, que sempre preservou o emprego.

Para o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do DF (TRT 10) Grijalbo Fernandes Coutinho os trabalhadores organizados precisam formalizar as melhores convenções possíveis. 

“Por pior que fosse, antigamente ainda era possível conseguir algum ganho na Justiça. Hoje, se os sindicatos negociarem uma convenção reduzindo direitos, não tenham a ilusão de que no judiciário vocês vão conseguir mudar essa situação, porque não tem sido essa a postura adotada atualmente”, lamentou.. 

Mobilização é a solução 

“Estamos vendo todos os dias um ataque sistemático à Constituição Federal. A resposta é mobilização nacional com toda a classe trabalhadora, não apenas por categorias”, observou Camarano.

No mesmo sentido, o também desembargador do TRT 10 Mário Caron alertou para o conservadorismo da Justiça do Trabalho. Segundo ele, este sempre foi o cenário, mas agora tem se agravado. 

“Nós não vivemos mais em um Estado Democrático de Direito, nós vivemos num Estado de Exceção. Nós vivemos uma hipocrisia. Estado de exceção é quando está tudo bonitinho, tudo funcionando, mas na prática é tudo para os interesses de alguns, de uma elite”, afirmou. Segundo ele, este é uma das dificuldades enfrentadas quando o assunto é a negociação em tempos de crise. 

Caron se juntou à vice-presidente da ABRAT e afirmou: somente os trabalhadores serão capazes de mudar o país. “O movimento tem que ser dos trabalhadores, não tem outra forma. Tem que haver reação. Eu não consigo entender como ainda não pararam esse país”. 

Fonte: CNTV

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Alerta contra retrocesso nos direitos trabalhistas domina conferência de vigilantes


Autoridades e especialistas avaliam com pessimismo a possibilidade de avanços na política trabalhista do governo federal. A análise foi feita durante a abertura da 14ª Conferência Nacional dos Vigilantes, nesta quinta-feira (3), em Brasília.

O deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) avalia que a batalha em andamento neste momento é para evitar a retirada de direitos trabalhistas com os rumos adotados pelo novo governo. O parlamentar também alertou para a necessidade de mobilização da categoria. “Para que a gente possa voltar a sonhar com liberdade e conquista de direitos”, afirmou.

Para o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, a conjuntura atual é muito negativa com a derrota dos partidos de esquerda nas eleições municipais e com o avanço de pautas conservadoras. “A minha visão é pessimista em relação aos avanços dos direitos dos trabalhadores e sociais”, avalia.

O ex-ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, há um processo internacional para fazer retroceder uma série de conquistas sociais e retomar um papel de predominância dos EUA na América Latina. “Os desafios que temos pela frente são enormes”, aponta o ex-ministro.


A 14ª Conferência Nacional dos Vigilantes reúne profissionais de todo o país, no Hotel Nacional, em Brasília. O tema desta edição aborda a Campanha Salarial de 2017.

Fonte: CNTV

terça-feira, 1 de novembro de 2016

14ª Conferência Nacional dos Vigilantes acontece essa semana em Brasília

Representantes de luta dos vigilantes dos mais diversos locais do país se reunirão nos dias 3 e 4 de novembro no Hotel Nacional, em Brasília, para definir diretrizes para as negociações salariais de 2017. Durante a 14ª Conferência Nacional dos Vigilantes, realizada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), os dirigentes debaterão ainda sobre as negociações salarias deste ano e analisar o cenário socioeconômico e político tanto nacional quanto internacional. O Sindicato vai participar da Conferência.

Com a crise se apresentando no Brasil, a previsão é de que 2017 requererá mais mobilização e concentração de esforços, principalmente na luta por manutenção de direitos já conquistados. “Em 2016 nos deparamos com incertezas na economia brasileira, um verdadeiro desafio na Encontro ocorrerá em Brasília nos dias 3 e 4 do próximo mês mesa de negociação, mas apesar disso tivemos um ano vitorioso considerando as conquistas nas Convenções Coletivas”, afirmou o presidente da CNTV, José Boaventura. 


Mesmo com o cenário de retração da economia em 2017, a mobilização da categoria é o diferencial necessário para arrancar conquistas das mãos dos patrões. “Não bastasse toda dificuldade que está pela frente, ainda teremos um governo golpista tentando destruir os trabalhadores a todo custo”, completou Boaventura.

Fonte: CNTV