sexta-feira, 23 de outubro de 2015

PF apreende R$ 85 milhões e prende gerente de empresa no Recife

O gerente da Brinks, uma empresa de transporte e segurança no Recife foi preso e foi apreendido um total de R$ 85 milhões durante uma operação da Polícia Federal. A ação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (22), mas a prisão ocorreu na quarta (21). O suspeito pagou fiança e foi liberado.
A prisão e a apreensão foram realizadas dentro da segunda fase da operação 'Grande Truque', cuja etapa inicial foi realizada em abril de 2014. Na época, R$ 22 milhões foram apreendidos. 
Já na quarta (21), a Polícia Federal apreendeu R$ 85 milhões, sendo 25 milhões em reais e o equivalente a R$ 60 milhões em moedas estrangeiras. Dentre elas havia dólares americanos, australianos e canadenses, francos suíços, libras esterlinas, euros, ienes, pesos argentinos, chilenos, mexicanos, colombianos e uruguaios, além de randezar, iuans e coroas norueguesas, dinamarqueses e suecas.
A operação investiga uma organização criminosa internacional de doleiros. De acordo com a PF, são investigados os crimes de caixa dois, instituição financeira clandestina e lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, as investigações constataram que a empresa de segurança e transporte de valores envolvida na operação, estava atuando além dos limites legais, realizando operações de câmbio a pedido de instituições financeiras do Brasil.
Agora, a corporação investiga se essas operações estão registradas oficialmente e se a empresa continua desenvolvendo as atividades sem autorização do Banco Central do Brasil. A empresa em questão foi autuada por conduta ilícita, com pena de encerramento das atividades no estado.
Na sede da Brinks, que fica no bairro da Estância, na Zona Oeste do Recife, o gerente foi preso em flagrante. O homem, de 46 anos, é carioca e mora em Boa Viagem, na Zona Sul da capital. Ele foi autuado pela prática de instituição financeira clandestina, pagou fiança e vai responder ao processo em liberdade.
Por meio de nota, a Brinks informou que "cumpre todas as exigências legais na operação de transporte e custódia de valores no país, não realizando nenhum tipo de operação que envolva moedas nacional ou estrangeira além das mencionadas". A empresa explicou ainda que presta serviços para instituições financeiras, não realizando qualquer operação com pessoa física", destacando que as operações são devidamente registradas e identificadas de acordo com a legislação.
Fonte: G1

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Empresa que convoca para treinamento fora da escala de trabalho tem que pagar hora extra

A empresa de segurança JF, prestadores de serviços ao Banco do Brasil, está convocando seus funcionários para um treinamento no dia 14 de novembro em Petrópolis.O Sindicato esclarece que o comparecimento não é obrigatório uma vez que a empresa não efetua o pagamento de horas extras, vales alimentação e transporte, já que o dia da convocação é folga dos trabalhadores. Os vigilantes fazem plantão na escala 5x2 e o sábado é o dia de folga. 

Se a empresa afirmar que o comparecimento é obrigatório, ela terá que pagar todos os benefícios conquistados na Convenção Coletiva de Trabalho como horas extras, alimentação e transportes.




quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Presidente Adriano Linhares participa de audiência pública sobre a escala 12x36 em Barueri/SP


Na última sexta-feira, 9/10, a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), Sindicato dos Vigilantes de Barueri, demais entidades de base participaram de Audiência Pública na Câmara Municipal de São Paulo, a convite da vereadora Juliana Cardoso, com o intuito de discutirem com o Legislativo interesses da categoria, que ainda não foram atendidos pelo patronal, e são fundamentais para o avanço do segmento no estado de São Paulo. O secretário Geral da CNTV, Cláudio José; o secretário de Transporte de Valores, Cícero Ferreira; e o secretário de Relações Internacionais da CNTV e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região, Adriano Linhares participaram do debate e também representaram a Confederação no evento.

Entre os temas discutidos no dia, destacaram-se a necessidade de modificação de alguns itens do Projeto de Lei 4238/2012, que será enviado ao Senado e institui o Estatuto da Segurança Privada, e a importância da luta pelo Piso Nacional da categoria, que foi excluído do relatório final do PL.

"O Piso Nacional seja ele de R$ 3 mil ou, do Dieese, de R$ 3.200, não é só uma questão numérica, mas uma questão de valorização profissional. Quanto vale a minha vida? Somos a linha de frente de diversos setores da economia desse país", declarou, durante pronunciamento no plenário, o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri e diretor de assuntos jurídicos da CNTV, Amaro Pereira.

O debate sobre a regulamentação da jornada 12x36, que está contemplada dentro do PL, também ganhou força na Audiência, principalmente, em relação à conquista de um acordo com as empresas de vigilância para o pagamento das intrajornadas ou intervalos aos trabalhadores, que está amparado pela Convenção Coletiva.

“A segurança privada não está em crise, já que é um dos segmentos que mais lucram com o suor do nosso trabalho. Então, não entendo esta manobra do patronal, que com apoio de algumas federações e sindicatos, vêm lutando pelo fim desta jornada que faz a diferença no orçamento final de tantas famílias no país”, ressaltou Amaro Pereira.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

13ª Conferência Nacional dos Vigilantes aprova carta compromisso e plano de lutas para 2016

Vigilantes de todo o país permanecerão firmes na luta pelo Piso Nacional de R$ 3 mil. Esta foi uma das deliberações dos participantes da 13ª Conferência Nacional dos Vigilantes realizada na sexta e sábado (2 e 3), em Maceió (AL). Ao final do evento, os presentes aprovaram uma carta compromisso para guiar a atuação das Federações, Sindicatos e da categoria de modo geral. Além da luta pelo Piso, também constam no documento a orientação de, em hipótese alguma, assinar qualquer tipo de Acordo ou Convenção que reduza o salário dos trabalhadores.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, o plano de lutas reflete o desejo da categoria em avançar cada vez mais nos mais diversos assuntos. “Algo que está claro para todos nós é que negociar salário não é suficiente. Nós, vigilantes, queremos sim salários dignos, mas também queremos condições dignas de trabalho, reconhecimento profissional, saúde, entre tantos outros itens importantes”, avaliou.

A carta compromisso contempla a construção de negociação coletiva nacional unificada, com data-base única, priorizando piso único, alimentação, plano de saúde e proteção à saúde física e mental dos vigilantes. Melhoria das condições de trabalho e segurança independentemente do segmento em que atuam também estão no plano de lutas.

Além disso, os vigilantes se comprometeram a buscar, além dos ganhos salariais, outros benefícios de interesse dos trabalhadores, como a efetiva implantação e ampliação do colete a prova de balas, cesta básica, Participação nos Lucros (PL – Participação nos Lucros), conforme facultado pela legislação vigente, entre outros; e ampliação dos valores referenciais do seguro de vida e a sua cobertura integral.

No plano da defesa da profissionalização os vigilantes decidiram promover uma campanha de valorização e melhoria da autoestima dos vigilantes, combatendo as condições inseguras, indignas, humilhante, precárias e todas as formas de agressão à dignidade da pessoa humana.

Sobre legislação, segurança e cidadania, ficou decidido lutar pela inclusão dos trabalhadores que atuam na ilegalidade e clandestinidade no mercado de trabalho da segurança privada; propor multas e outras penalidades, bem como a criminalização de quem contrata segurança irregular.

O documento aprovado pelos vigilantes contém 82 itens e tratam de ações a serem executadas tanto local quanto nacionalmente.

 “Entre tantos outros temas, nós reafirmamos aqui nosso compromisso com a jornada 12x36, Piso Nacional de R$ 3 mil, mais segurança, mais dignidade, mais valorização profissional para a categoria. Portanto, na campanha salarial de 2016, os patrões nos esperem. Vão encontrar uma categoria unida, mobilizada e, se precisar, que vai partir para a greve nacional”, avisou Boaventura.

Veja alguns dos itens presentes na carta.

Combater a realização de Horas Extras em quaisquer circunstâncias e, quando realizadas, pleitear o seu pagamento sempre com o acréscimo acima de 100%;

1.       Proibir todas as formas de banco de horas ou sistemas equivalentes;

2.       Lutar pelo efetivo cumprimento do intervalo intrajornada fixado no art. 71 da CLT, bem como, na Súmula 437 do TST, em todos os contratos de trabalho dos vigilantes, sem alterar as jornadas de trabalho, lembrando que no caso do TV, existem particularidades nas jornadas.

3.       Unificar conquistas e normas de procedimentos para os segmentos:

* Escolta armada

* Transporte de Valores;

* Segurança Eletrônica;

* Segurança pessoal;

* Bombeiros/brigadistas civis.

* Outros

4.       Lutar pela efetiva conquista da aposentadoria especial e o fim do fator previdenciário, negociar com o governo a regulamentação desse direito, com a consolidação do reconhecimento da mesma pelo INSS, acabando com as intermináveis demandas judiciais;


5.       Apoio Psicológico imediato: obrigar as empresas de vigilância a prestar atendimento psicológico aos vigilantes vítimas de violência ou qualquer outro trauma no ambiente de trabalho imediatamente após sua ocorrência. Obrigar as empresas de segurança a custear o atendimento e tratamento por profissional a livre escolha do trabalhador.  

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Escala 12x36: jornada é inegociável e não vamos ceder às chantagens dos patrões


Um dos assuntos mais comentados em todas as rodas de vigilantes é o possível fim da jornada 12x36. O presidente da CNTV – Confederação Nacional dos Vigilantes, José Boaventura, afirmou que não haverá negociação sobre o tema.

“Eles querem discutir conosco uma pauta nojenta. Fizemos um dia nacional de protesto denunciando a chantagem patronal. No dia 14 de setembro, o presidente da Fenavist afirmou, durante uma reunião no sul do país, que nunca quis acabar com a escala 12x36. Nós da CNTV fizemos o seguinte diagnóstico, o fim da 12x36 é uma chantagem”, disse Boaventura.

Para o advogado da CNTV e do Sindicato dos Vigilantes de Brasília, Dr Jonas Duarte, o que os patrões querem é resolver o problema do pagamento do intervalo que o vigilante tem direito. Os patrões se recusam a pagar o tempo do intervalo e atacam a jornada 12x36.

“A escala 12x36 não incomoda os empresários. O que eles querem é que os trabalhadores resolvam a questão do intervalo, que eles não querem pagar”, declara Jonas.

“Isso é uma discussão jurídica. É uma marginalidade econômica a tentativa de furtar o direito a receber pelo intervalo que é um direito do trabalhador”, acrescenta Dr Fragoso, advogado do Sindicato dos Vigilantes de Pernambuco.

A jornada 12x36 surgiu em 1979 durante uma greve em plena ditadura militar que considerava crime o movimento paredista. A nova jornada possibilitou o trabalhador a ter mais de um emprego. A escala não está expressa em lei, mas é regulamentada através das convenções coletivas e reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego e a Justiça do Trabalho.

Outras questões que também estão nos corredores de boatos são as possíveis escalas de 8 horas, 6 horas e, até mesmo, 4 por 4 horas, que significaria que o vigilante que trabalhasse de 08:00hs da manhã às 12:00hs, folgaria as próximas quatro horas e retornaria ao trabalho às 16:00hs para uma jornada até as 20:00hs. Isso é totalmente rechaçado pela CNTV, federações e sindicatos filiados.


“Acabar com a 12x36 somente se tiver dirigente sindical sem vergonha. Não pode ser uma decisão unilateral. O trabalhador não quer jornada de 8 horas, de seis horas, muito menos de 4horas em 4 horas”, afiança Boaventura.

Fonte: CNTV

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

13° CONFERÊNCIA DOS VIGILANTES

“Cenário para negociações coletivas em 2016 é desafiador”, analisa economista do Dieese

A economista do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Fiorella Macchiavello, traçou o Perfil dos Trabalhadores Vigilantes e da Atividade de Segurança Privada na primeira mesa temática da 13ª Conferência Nacional dos Vigilantes da CNTV - Confederação Nacional dos Vigilantes que acontece em Maceió, estado de Alagoas.

Em pauta, as discussões sobre a atual conjuntura econômica do país e o crescimento dos últimos anos. De acordo com o estudo do Dieese, o INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que serve de parâmetro para as negociações coletivas, deve fechar o ano de 2015 acima dos dois dígitos. A expectativa é de que chegue a 10,04%. O número dá a dimensão das batalhas que serão travadas em 2016 nas campanhas salariais que buscarão a reposição e ganho real para a categoria.

“2016 será mais um ano de desafios. A economia ainda não vai voltar a crescer. As expectativas são de desempenho no nível da faixa de -0,9%. Porém, a inflação vai diminuir consideravelmente, devendo ficar abaixo de 6%. Portanto, como as negociações coletivas dos trabalhadores recuperam o desempenho de 2015, pode ser que teremos um cenário bem desafiador”, afirma Fiorella Macchiavello.

O estudo trouxe ainda outros dados sobre a taxa de desemprego. Entre dezembro de 2014 e julho de 2015, as taxas de desemprego nas regiões metropolitanas aumentaram significativamente: de 4,3% para 7,5%, de acordo com o PME - Pesquisa Mensal do Emprego, e de 9,9% para 13,7%, segundo a PED – Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese.

Negociações Coletivas

No primeiro semestre de 2015, mesmo com um cenário de recessão da economia, a maior parte das negociações coletivas conquistou ganhos reais. Porém, nos últimos oito anos o aumento real médio apresentou menor valor.

“74% da renda familiar no Brasil vem do trabalho, por isso é importante que se mantenha o ganho real nas negociações”, conclui MAcchiavello.

Em 2015, os empresários da segurança privada esperam lucrar R$ 50 bilhões. Segundo dados do Ministério de Trabalho e Emprego, entre 2006 e 2013 o contingente empregado com contratos formais no setor de segurança e vigilância privada passou de 417.914 para 697.814 trabalhadores, crescimento de 67%.

Nos últimos dez anos, os pisos salariais dos vigilantes patrimoniais e transporte de valores apresentaram um crescimento acima da inflação acumulada no período.

Economia Nacional


Apesar da crise econômica do país, em 2015, das 60 empresas da Bolsa de Valores - Ibovespa, 33 aumentaram seus lucros. Outras 27 tiveram o lucro diminuído, mas obtiveram lucro, e apenas 5 empresas tiveram prejuízo.

Willian Chaves - Imprensa SindVig Petrópolis