Os acontecimentos envolvendo as negociações da campanha salarial 2013 serão informados pelo site do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e Maricá. O objetivo é manter a categoria atenta a cada passo das negociações.
No dia 21 de Janeiro de 2013, os 15 Sindicatos de Vigilantes do Estado do Rio de Janeiro apresentaram ao Sindicato Patronal as reivindicações da categoria, onde incluía alguns itens como, por exemplo: 10% de reajuste salarial, cumprimento da Lei 12.740 que garante a categoria os 30% de periculosidade, redução da carga horária, redução do desconto dos 20% sobre o valor do tíquete refeição recebido, inserir na Convenção Coletiva a Súmula nº 444 que garante aos vigilantes que trabalharem nos feriados na escala 12x36 o direito a receber como horas extras, mudar a redação na CCT da cláusula que trata da entrega de atestados médicos, possibilitando a entrega nos postos de serviço, proibir que as empresas coloquem, durante as folgas e nos finais de semana, o vigilante para fazer a reciclagem, criar uma multa para as empresas que efetuarem o pagamento dos salários e férias fora do prazo e a multa sendo revertida para o vigilante para suprir o prejuízo dos juros cobrados pelo atraso no pagamento de suas contas, entre outros intens.
Para o presidente Sindicato SVNIT, Cláudio Vigilante, os empresários usaram de malícia ao ajuizarem ação no TRT de dissídio coletivo no dia 1º de Fevereiro de 2013. A alegação do patronal é de a categoria estaria em greve. “Foi uma grande mentira perante o juízo. Eles levaram para a Justiça um problema que eles tem que resolver, mas não querem, prejudicando o processo de negociações”, disse.
Mesmo diante da atitude irresponsável dos patrões, Cláudio Vigilante e Adriano Linhares, presidente dos Sindicatos de Niterói e Petrópolis, respectivamente, enviaram um ofício solicitando uma reunião para negociar. Finalmente, nesta segunda-feira, 11/03, aconteceu um encontro na sede do Sindicato Patronal onde os patrões pela primeira vez apresentaram informalmente a sua proposta.
A proposta apresentada não foi o que esperava. Os empresários afirmaram que os índices apresentados eram o que poderiam oferecer. Na proposta os patrões ofereceram completar os 30%, cumprindo assim a Lei 12.740, mais apenas 50% da inflação, sem discussão de nenhuma outra cláusula social da CCT.
Foi aberto o debate onde estavam presentes também o Presidente da Federação dos Vigilantes, Fernando Bandeira, e o vice presidente do Sindicato do Município do Rio, Antônio Carlos, que juntamente com Cláudio Vigilante e o vice-presidente do SVNIT, Paulo Henrique, rechaçaram a proposta patronal.
De acordo com Cláudio Vigilante, a proposta era inaceitável, pois desvalorizava a categoria. “Os vigilantes passaram o ano todo trabalhando nos postos de serviço dando lucros para as empresas e algumas delas nos tratam como “escravos” quando não efetuam o pagamento do salário em dia e nem as férias. Chegamos, às vezes, esperar 60 dias para receber as férias, é uma espécie de “escravidão light”, onde a categoria trabalha e não sabe se vai receber. Infelizmente, isso acontece pela impunidade ou demora da justiça brasileira”, revela Cláudio.
Após os entraves nos debates, um novo encontro ficou agendado para o dia 15 de março onde estarão presentes todos os Sindicatos do Estado do Rio. Essa reunião irá definir os rumos das negociações. Caso não haja consenso nas propostas, a categoria deverá ser convocada a entrar em estado de greve, onde os sindicatos cumprirão todos os requisitos para instaurar o instituto da greve como convocação de assembleias, publicações avisos que devem ser cumpridos anteriormente.
O SVNIT avisa ainda que algumas empresas tem propagado uma mentira de que, no próximo pagamento, efetuarão o pagamento dos 30% e a reposição integral da inflação. Essa não é a proposta Patronal.
Essas são as informações a respeito da campanha salarial 2013. O SVNIT vai continuar a informar todos os passos e acontecimentos com exclusividade para que os vigilantes acompanhem as negociações. Essa foi a primeira proposta apresentada pelos patrões.
A união de toda a categoria neste momento é fundamental. Caso não haja nova proposta, os vigilantes deverão demonstrar muita força aos empresários para buscar suas reivindicações.
Fonte: SVNIT