Os trabalhadores de carros fortes
do Espírito Santo, em greve desde o dia 29 de abril, realizaram nesta quarta-feira
(8) mais uma assembleia organizativa em frente à Brinks. Logo após, seguiram em
passeata em direção ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde está agendada
para as 14h uma audiência de conciliação. Os diretores da Confederação Nacional
dos Vigilantes, Cláudio Vigilantes, do Sindicato de Niterói, e Adriano
Linhares, do Sindicato de Petrópolis, ambos do Estado do Rio de Janeiro, estão
na capital capixaba para auxiliar nas negociações e no controle da greve.
Segundo o presidente do
Sindfortes-ES, Wildson Damacena, mais de 400 vigilantes estão participando das
atividades realizadas pelo Sindicato.
“Hoje mesmo, novamente, os trabalhadores
que se concentravam em frente à Prosegur saíram de seus postos para participar
da assembleia realizada na porta da Brinks”, afirmou.
A greve tem adesão de 100% da categoria.
A paralisação dos vigilantes teve início como uma manifestação para exigir
negociações, já que há dois anos isso não acontecia. Sem resposta do patronato,
os trabalhadores foram empurrados para a greve e buscam, de forma legítima,
garantir seus direitos.
Vigilantes do ES participarão de
conciliação no TST
Além da equiparação salarial com
os vigilantes do Rio de Janeiro, há também a luta por melhores condições de trabalho,
entre outros.
Os trabalhadores do ES estão recebendo
apoio de dirigentes sindicais de todo o país. “Diariamente recebemos ligações
de companheiros do Brasil todo para manifestar apoio à nossa paralisação. É
muito importante sabermos que não estamos sozinhos nessa luta”, destacou Damacena.
Práticas Antissindicais
Trabalhadores de todo o país
devem denunciar as práticas antissindicais das empresas na tentativa de enfraquecer
o movimento paredista ou suprimir direitos. Na greve do Espírito Santo, por
exemplo, além das constantes ameaças, as empresas estão convocando vigilantes
de outros Estados para furar a greve.
“Um companheiro abaixou o vidro do
carro e me disse que não sabia que estava vindo para furar a greve. As empresas
estão mentindo para os seus funcionários dizendo que eles vêm apenas para
ocupar postos novos. Estão sendo enganados para frustrar o nosso movimento”, denunciou
Damacena.
“Nós, trabalhadores, repudiamos essa
prática das empresas. Ao invés de concentrar forças para negociar, usam do
poder econômico para tentar enfraquecer nosso movimento, envolvendo
companheiros de outros Estados. Não vamos nos intimidar! A greve continua!”,
declarou Damacena.
Fonte: CNTV
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