A categoria de vigilantes de
Petrópolis e região aprovou em assembleia a paralisação por 24 horas das
atividades nesta sexta-feira, 01, em protesto pelo em favor do pagamento do
adicional de periculosidade. Com a adesão da paralisação nacional, bancos e prédios
públicos que possuem a prestação de serviços de segurança privada não deverão
funcionar. O adicional de periculosidade foi concedido pela Lei 12.740/2012
sancionada pela Presidência da República em dezembro.
Em vigor há mais de 30 dias, a
nova norma concede 30% de reajuste pelo perigo que a profissão oferece à vida
do trabalhador. Mesmo com a lei já sancionada, empresários da segurança se
negam a pagar o benefício alegando que o texto legal necessita de
regulamentação do Ministério do Trabalho para produzir seus efeitos.
Uma reunião emergencial foi
convocada pelo Ministro do Trabalho, Brizola Netto, para tratar o tema no dia
17 de janeiro. Uma comissão tripartite composta de governo, trabalhadores e
empresários foi criada para dar prosseguimento na regulamentação da norma. O
próprio Ministério admitiu que o pagamento dos 30% é uma deliberação entre
trabalhadores e patrões, não cabendo ao Ministério interferência no impasse.
A categoria vive um momento de euforia
pelo pagamento do adicional conquistado após anos de lutas e batalhas árduas com
o Congresso Nacional. Foram realizadas centenas de manifestações por todo país,
inclusive três grandes marchas que reuniu mais de 10 mil trabalhadores em
Brasília durante as negociações com deputados e senadores.
A Lei “Fernando Maia” nº
12.740/12 foi sancionada pela Presidência da República no dia 10 de dezembro do
ano passado. A vitória da categoria veio após o entendimento dos legisladores
de que os vigilantes são expostos, todo o tempo, a riscos na profissão.
O Sindicato dos Vigilantes de
Petrópolis organiza a paralisação.
“Tentamos resolver com conversas
com os patrões o impasse, mas não obtivemos êxito. A lei está aí para ser
cumprida. O trabalhador não pode esperar. Por isso, convocamos toda categoria
para fazer esse manifesto a exemplo de milhares de outras cidades pelo Brasil.
Em Petrópolis, Teresópolis e Três Rios vamos garantir uma paralisação forte e
ordeira. Contamos também com a sensibilidade da população e a segurança da
Polícia Militar e da Guarda Municipal”, afirma Adriano Linhares, presidente do
Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região.
Willian Chaves
Nenhum comentário:
Postar um comentário