quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Paralisação de 24 horas dos Vigilantes nesta sexta-feira, 01


A categoria de vigilantes de Petrópolis e região aprovou em assembleia a paralisação por 24 horas das atividades nesta sexta-feira, 01, em protesto pelo em favor do pagamento do adicional de periculosidade. Com a adesão da paralisação nacional, bancos e prédios públicos que possuem a prestação de serviços de segurança privada não deverão funcionar. O adicional de periculosidade foi concedido pela Lei 12.740/2012 sancionada pela Presidência da República em dezembro.

Em vigor há mais de 30 dias, a nova norma concede 30% de reajuste pelo perigo que a profissão oferece à vida do trabalhador. Mesmo com a lei já sancionada, empresários da segurança se negam a pagar o benefício alegando que o texto legal necessita de regulamentação do Ministério do Trabalho para produzir seus efeitos.

Uma reunião emergencial foi convocada pelo Ministro do Trabalho, Brizola Netto, para tratar o tema no dia 17 de janeiro. Uma comissão tripartite composta de governo, trabalhadores e empresários foi criada para dar prosseguimento na regulamentação da norma. O próprio Ministério admitiu que o pagamento dos 30% é uma deliberação entre trabalhadores e patrões, não cabendo ao Ministério interferência no impasse.

A categoria vive um momento de euforia pelo pagamento do adicional conquistado após anos de lutas e batalhas árduas com o Congresso Nacional. Foram realizadas centenas de manifestações por todo país, inclusive três grandes marchas que reuniu mais de 10 mil trabalhadores em Brasília durante as negociações com deputados e senadores.

A Lei “Fernando Maia” nº 12.740/12 foi sancionada pela Presidência da República no dia 10 de dezembro do ano passado. A vitória da categoria veio após o entendimento dos legisladores de que os vigilantes são expostos, todo o tempo, a riscos na profissão.

O Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis organiza a paralisação.

“Tentamos resolver com conversas com os patrões o impasse, mas não obtivemos êxito. A lei está aí para ser cumprida. O trabalhador não pode esperar. Por isso, convocamos toda categoria para fazer esse manifesto a exemplo de milhares de outras cidades pelo Brasil. Em Petrópolis, Teresópolis e Três Rios vamos garantir uma paralisação forte e ordeira. Contamos também com a sensibilidade da população e a segurança da Polícia Militar e da Guarda Municipal”, afirma Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região.

Willian Chaves

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